Resenhado por Ygor Nogueira.
Vindos de Caixias do Sul e com uma música encorpada de uma sonoridade pesada, tendo o thrash metal como o pilar fundamental e mesclando vertentes do Heavy Metal, o grupo - ainda que prematuro - estreia com o lançamento do seu primeiro disco "All Quiet, All Dead".
Lançado no último dia 13 de Novembro, o primogênito da Keep Them Blind, que tem entre os seus integrantes o baterista Thiago Caurio (Astafix) e Benhur Lima (Hibria) trazendo toda técnica e vigor à banda é marcante logo de cara.
O trabalho contou com a produção do próprio Caurio, estreando com o pé direito no ramo, pois temos um disco demasiadamente pesado e ganchudo, com 13 faixas muito bem niveladas e recheadas com gosto com muito peso, mais muito peso. É perceptível aquela pegada do thrash metal clássico sendo incrementado por muita melodia e harmonia. Além disso, instrumentos nada comuns pro estilo, são acrescentados como violoncelo e viola, dando vida a diferentes e dinâmicas atmosferas, e isso cria uma identidade autêntica e nada datada.
Uma rítmica raçuda e nada prasteada é encontrada em cada acorde, cada riff agressivo de Maicon Dorigatti, destruidores em todos os momentos, mas sempre com aquela cadencia latente e isso faz com que, exatamente tudo, soe extremamente brutal. Benhur mais uma vez impõe suas quatro cordas muito bem. Thiago Caurio mostra que é mesmo um baterista com muita pegada e versatilidade, explorando toda - simplesmente toda - bateria com um trabalho firme e impressionante que vai desde os bumbos massacrantes até o jogo de pratos. Um grande destaque do disco!
Alex Bleggi selou sua estreia no mundo do metal de forma magistral! O vocalista esbanja muita técnica e cordas vocais poderosas e prontas para destilar um gutural insano e limpo, mas também nas tonalidades mais suaves e melódicas.
Um tracklist intensamente forte te deixa indeciso ao citar destaques, mas certamente eles aparecem logo de início na sequência violenta de “Lost Between The Lines”, “Blindfolded”, “Throne”, “Let's Keep Them Blind”, "I, The Fall"; Caurio novamente quebrando tudo em "Taking Back What's Mine" com bumbos agressivos e variações nos pratos, sempre firme. "My Eyes Burn" naquela linhagem bem stonegressive, carancuda mesmo. A atmosfera instrumental de "Numb" mostra o talento que os músicos tem para abordar todos os patamares musicais, contando a participação da cantora Patrícia Viana. Encerra o disco muito bem!
O artista Bruno Valentini foi responsável pelo conceito gráfico estampando o disco do quarteto, um belíssimo trabalho em tons de cinza. O material foi inspirado na arte de H.R. Giger, famoso pelos concepts da saga Alien.
"All Quiet, All Dead" é robustamente forte e primoroso, dono de um poderil inestimável e com muita maturidade e experiência, o disco abre as portas de um futuro promissor para o Keep Them Blind, o talensoso quarteto que "já nasceu grande"!
Esse disco vai roubar sua atenção, e sua audição!
Keep Them Blind – All Quiet, All Dead (2015)
(Independente – Nacional)
1. Lost Between The Lines
2. Blindfolded
3. Throne
4. Let's Keep Them Blind
5. I, The Fall
6. Blind I (Instrumental)
7. Taking Back What's Mine
8. Blurry Thoughts
9. In Search For Perfection
10. Blind II (Instrumental)
11. All Quiet, All Dead
12. My Eyes Burn
13. Numb (Instrumental)
Integrantes:
Alex Bleggi – Vocal
Maicon Dorigatti – Guitarra
Benhur Lima – Baixo e Backing Vocal
Thiago Caurio – Bateria
Sites Relacionados:
www.keepthemblind.com
www.facebook.com/KeepThemBlind
16 dezembro, 2015
26 novembro, 2015
Resenhas: Panzer: O Tanque de Guerra Brasileiro!
Resenhado por Ygor Nogueira.
Nosso país sempre foi um produtor nato em termos de metal. De fato, o Brasil nos brinda desde os primórdios, a cada minuto, com uma leva extensa de bandas com um potencial técnico e sonoro altíssimo.
Por sorte, nós temos o nosso próprio tanque de guerra do metal. O tão bom e original PANZER, fundado em 1991 e chegando ao seu terceiro álbum, abusa de sua fórmula cavalar para fazer metal e simplesmente deu vida à um dos melhores discos nacionais lançados em 2013.
"Honor", que contou com a produção sonora, mixagem e masterização de Henrique Baboom, e co-produção de André Pars, é uma mesclagem insanamente pesada de thrash, groove e stoner metal com muito feeling e altamente forte por completo.
Tirando o fôlego de qualquer ouvinte, o disco é a demasia de energia e agressividade. O peso é dinamitado sem piedade, riffs vigorosos e cheios de maestria são balas certeiras em todas as 12 faixas, além de um encaixe preciso de harmonia, melodia e execução de bons solos. O baixo mostra-se muito vivo e destacando bem seus momentos mais graves, enquanto a bateria é uma demonstração de eficiência com viradas muito bem executadas, conduções violentas nos pedais duplos e uma pegada rítmica precisa e muito bem variada.
Na linha de frente está a brutalidade vocal de Rafinha Moreira, o músico mostra muita dicção e rispidez numa base gutural consistente e bem cadenciada.
O metralhamento musical desse disco é completo, mas vale ressaltar que tenham zelo pelos tímpanos ao tocar: "The Last Man on Earth" a mais bruta porradaria que mostra logo que aqui não tem pra conversa. "Heretic" uma faixa mais oitentista com riffs e solos mais cravados e uma ótima variação rítmica em geral; "Intruders" é aquela lembrança "Panteresca", peso medido em cheio e vocal à lá Anselmo e uma estrutura bem interessante dos solos. A clássica "Rising", lançada anteriormente em 2012, é o destaque do conjunto em si, muito bem lapidada com devida maestria e técnica vocal latente; "Burden of Proof" com sua temática de justiça e honra; enquanto "Alma Escancarada" encerra o disco com muito pancadaria cantada em língua nativa, o que não muda nada, pois a agressividade e peso continuam comendo solto.
E de quebra, os fãs ainda são brindados com uma Jam Seasion feita com Baboom, num trechinho de "War Pigs" do Black Sabbath.
Toda essa qualidade sonora é refletida, também, na parte visual. Rodrigo Balan (da Metal Media Management), em parceria com Graseffi, fizeram uma produção gráfica de alto nível, usando os tons de cinza, sendo bem distribuídos em todo o projeto de design e encarte. Ultra fino!
O resultado de um trabalho duro e de seguimento intenso é um álbum completamente homogêneo e autêntico, pois fica claro - individual e coletivamente - a criatividade massiva dos músicos sendo destilada abusivamente em cada composição. "Honor" traz o nosso tanque de guerra mais poderoso ainda e reafirma o porque gigante Panzer é tão respeitado no nosso cenário!
Músicas:
01. The Morning After
02. The Last Man on Earth ➤
03. Heretic
04. Intruders
05. Rising ➤
06. Savior
07. I Wanna Make You Pay
08. Burden of Proof ➤
09. Victim of Choices
10. Hastening to Death
11. Mind's Slavery
12. Alma Escancarada ➤
Integrantes:
Rafinha Moreira – Vocais
André Pars – Guitarras
Rafael DM – Baixo
Edson Graseffi – Bateria
Sites Relacionados:
www.panzermetal.com.br
www.metalmedia.com.br/panzer
Nosso país sempre foi um produtor nato em termos de metal. De fato, o Brasil nos brinda desde os primórdios, a cada minuto, com uma leva extensa de bandas com um potencial técnico e sonoro altíssimo.
Por sorte, nós temos o nosso próprio tanque de guerra do metal. O tão bom e original PANZER, fundado em 1991 e chegando ao seu terceiro álbum, abusa de sua fórmula cavalar para fazer metal e simplesmente deu vida à um dos melhores discos nacionais lançados em 2013.
"Honor", que contou com a produção sonora, mixagem e masterização de Henrique Baboom, e co-produção de André Pars, é uma mesclagem insanamente pesada de thrash, groove e stoner metal com muito feeling e altamente forte por completo.
Tirando o fôlego de qualquer ouvinte, o disco é a demasia de energia e agressividade. O peso é dinamitado sem piedade, riffs vigorosos e cheios de maestria são balas certeiras em todas as 12 faixas, além de um encaixe preciso de harmonia, melodia e execução de bons solos. O baixo mostra-se muito vivo e destacando bem seus momentos mais graves, enquanto a bateria é uma demonstração de eficiência com viradas muito bem executadas, conduções violentas nos pedais duplos e uma pegada rítmica precisa e muito bem variada.
Na linha de frente está a brutalidade vocal de Rafinha Moreira, o músico mostra muita dicção e rispidez numa base gutural consistente e bem cadenciada.
O metralhamento musical desse disco é completo, mas vale ressaltar que tenham zelo pelos tímpanos ao tocar: "The Last Man on Earth" a mais bruta porradaria que mostra logo que aqui não tem pra conversa. "Heretic" uma faixa mais oitentista com riffs e solos mais cravados e uma ótima variação rítmica em geral; "Intruders" é aquela lembrança "Panteresca", peso medido em cheio e vocal à lá Anselmo e uma estrutura bem interessante dos solos. A clássica "Rising", lançada anteriormente em 2012, é o destaque do conjunto em si, muito bem lapidada com devida maestria e técnica vocal latente; "Burden of Proof" com sua temática de justiça e honra; enquanto "Alma Escancarada" encerra o disco com muito pancadaria cantada em língua nativa, o que não muda nada, pois a agressividade e peso continuam comendo solto.
E de quebra, os fãs ainda são brindados com uma Jam Seasion feita com Baboom, num trechinho de "War Pigs" do Black Sabbath.
Toda essa qualidade sonora é refletida, também, na parte visual. Rodrigo Balan (da Metal Media Management), em parceria com Graseffi, fizeram uma produção gráfica de alto nível, usando os tons de cinza, sendo bem distribuídos em todo o projeto de design e encarte. Ultra fino!
O resultado de um trabalho duro e de seguimento intenso é um álbum completamente homogêneo e autêntico, pois fica claro - individual e coletivamente - a criatividade massiva dos músicos sendo destilada abusivamente em cada composição. "Honor" traz o nosso tanque de guerra mais poderoso ainda e reafirma o porque gigante Panzer é tão respeitado no nosso cenário!
Músicas:
01. The Morning After
02. The Last Man on Earth ➤
03. Heretic
04. Intruders
05. Rising ➤
06. Savior
07. I Wanna Make You Pay
08. Burden of Proof ➤
09. Victim of Choices
10. Hastening to Death
11. Mind's Slavery
12. Alma Escancarada ➤
Integrantes:
Rafinha Moreira – Vocais
André Pars – Guitarras
Rafael DM – Baixo
Edson Graseffi – Bateria
Sites Relacionados:
www.panzermetal.com.br
www.metalmedia.com.br/panzer
21 novembro, 2015
Resenhas: Dancing Flame: Carnival of Dreams (CD, 2014)
Resenhado por: Ygor Nogueira.
A década de 80 é, de fato, uma das maiores inspirações para muitas bandas no mundo todo, fazendo com que boa parte dessas bandas inspirem-se e transpirem o "oitentismo" em sua sonoridade.
O Dancing Flame, quinteto oriundo de Volta Redonda-RJ e em atividade desde 1995, mescla seu som entre o Hard Rock e o Heavy Metal, com traços vibrantes do metal tradicional.
"Carnival of Dreams" que foi produzido pelo próprio quinteto e gravado nos estúdios E.M.E., Solaira, e Electric Experience, com mixagem feita por Diogo Macedo (no E.M.E. Estúdio) e masterizado por U.E. Nastasi (nos Sterling Sound Studios, EUA) é o segundo full-length da banda, um disco melhor estruturado e coeso em muitos aspectos.
A música do grupo ganhou uma nova roupagem, de muita qualidade técnica e sonora. Soando claro e muito bem definido, dando destaques individuais à cada instrumento e mantendo o equilíbrio entre peso e leveza, sendo de fácil assimilação e compreensão.
A nítida influência da NWOBHM é refletida num "HardHeavy'n'Roll" agradabilíssimo, cheio de arranjos, melodias requintadas, riffs lapidados e solos bélicos e burilados, baixo presente e de ótimo destaque com um trabalho acentuado de bateria. Tudo isso gera uma música empolgante e encaixada, refrões grudentos e instigantes, composições polidas e sem parecer algo de praste.
Não dá para deixar passar o trabalho primoroso de Adriano Oliveira, linhas vocais com timbres excelentes, equilibrados e com muita intensidade dando vida para todas as composições.
A capa contou a belíssima ilustração assinada pelo artista Mark Wikinson, que já trabalhou com grandes nomes como Iron Maiden e Judas Priest, e a estrutura de design e encarte ficou à cargo do brasileiro Jobert Melo dando uma sugestão do que se pode encontrar nesse disco.
E quando se tem um trabalho bem feito, facilmente encontra-se grandes destaques como: a pegada vibrante de "Dreamweaver", com riffs pegajosos e solos elétricos; "Follow The Sun", que conta com participação especial de Mark Boals (ex-Yngwie Malmsteen e atual Ring of Fire) é aquela baladinha melosa e de refrão contagiante, o baixo é muito bem trabalhado na faixa; "Ronnie" é aquele Hard mais cru (homenageando o grande mestre Dio) com rítmica variada e dosada certeiramente. A melódica "Don´t Let Me Down" lembra muito aqueles hits de rádio que a gente escuta na madrugada num programa de flashback; "Warrior's Path" é aquele hino de guerra cantado nas batalhas sangrentas e cheias de glória, e fechando o disco temos "Life is Like a Wheel" com seus riffs abafados e arranjos mais tênues.
O Dancing Flame mostra com toda sua experiência que é uma das melhores bandas do gênero e que possui mérito para atenção, é aquisição na certa.
Músicas:
01. Carnival of Flames (Intro)
02. Dreamweaver
03. Follow the Sun
04. Ronnie
05. Higher Place
06. Don't Let Me Down
07. Runaway Soul
08. Fortress of Belief
09. Dry My Tears
10. Warrior's Path
11. The Highest Hill
12. Queen or Clown?
13. Kalash
14. Your Heart Must Be Strong
15. Life is Like a Wheel
Integrantes:
Adriano Oliveira - Vocais
Emerson Mello - Guitarras
Glaydson Moreira - Guitarras
Rafael Muniz - Baixo
Bruno Martini - Baterista
Sites Relacionados:
www.dancingflameband.com
A década de 80 é, de fato, uma das maiores inspirações para muitas bandas no mundo todo, fazendo com que boa parte dessas bandas inspirem-se e transpirem o "oitentismo" em sua sonoridade.
O Dancing Flame, quinteto oriundo de Volta Redonda-RJ e em atividade desde 1995, mescla seu som entre o Hard Rock e o Heavy Metal, com traços vibrantes do metal tradicional.
"Carnival of Dreams" que foi produzido pelo próprio quinteto e gravado nos estúdios E.M.E., Solaira, e Electric Experience, com mixagem feita por Diogo Macedo (no E.M.E. Estúdio) e masterizado por U.E. Nastasi (nos Sterling Sound Studios, EUA) é o segundo full-length da banda, um disco melhor estruturado e coeso em muitos aspectos.
A música do grupo ganhou uma nova roupagem, de muita qualidade técnica e sonora. Soando claro e muito bem definido, dando destaques individuais à cada instrumento e mantendo o equilíbrio entre peso e leveza, sendo de fácil assimilação e compreensão.
A nítida influência da NWOBHM é refletida num "HardHeavy'n'Roll" agradabilíssimo, cheio de arranjos, melodias requintadas, riffs lapidados e solos bélicos e burilados, baixo presente e de ótimo destaque com um trabalho acentuado de bateria. Tudo isso gera uma música empolgante e encaixada, refrões grudentos e instigantes, composições polidas e sem parecer algo de praste.
Não dá para deixar passar o trabalho primoroso de Adriano Oliveira, linhas vocais com timbres excelentes, equilibrados e com muita intensidade dando vida para todas as composições.
A capa contou a belíssima ilustração assinada pelo artista Mark Wikinson, que já trabalhou com grandes nomes como Iron Maiden e Judas Priest, e a estrutura de design e encarte ficou à cargo do brasileiro Jobert Melo dando uma sugestão do que se pode encontrar nesse disco.
E quando se tem um trabalho bem feito, facilmente encontra-se grandes destaques como: a pegada vibrante de "Dreamweaver", com riffs pegajosos e solos elétricos; "Follow The Sun", que conta com participação especial de Mark Boals (ex-Yngwie Malmsteen e atual Ring of Fire) é aquela baladinha melosa e de refrão contagiante, o baixo é muito bem trabalhado na faixa; "Ronnie" é aquele Hard mais cru (homenageando o grande mestre Dio) com rítmica variada e dosada certeiramente. A melódica "Don´t Let Me Down" lembra muito aqueles hits de rádio que a gente escuta na madrugada num programa de flashback; "Warrior's Path" é aquele hino de guerra cantado nas batalhas sangrentas e cheias de glória, e fechando o disco temos "Life is Like a Wheel" com seus riffs abafados e arranjos mais tênues.
O Dancing Flame mostra com toda sua experiência que é uma das melhores bandas do gênero e que possui mérito para atenção, é aquisição na certa.
Músicas:
01. Carnival of Flames (Intro)
02. Dreamweaver
03. Follow the Sun
04. Ronnie
05. Higher Place
06. Don't Let Me Down
07. Runaway Soul
08. Fortress of Belief
09. Dry My Tears
10. Warrior's Path
11. The Highest Hill
12. Queen or Clown?
13. Kalash
14. Your Heart Must Be Strong
15. Life is Like a Wheel
Integrantes:
Adriano Oliveira - Vocais
Emerson Mello - Guitarras
Glaydson Moreira - Guitarras
Rafael Muniz - Baixo
Bruno Martini - Baterista
Sites Relacionados:
www.dancingflameband.com
13 novembro, 2015
Resenhas: Division Hell: Brutalidade Uniforme.
Resenhado por Ygor Nogueira.
Death Metal. Um gênero que tem nos saudado ao longo dos anos com qualidade e eficiência, enquanto consagra e reafirma seus grandes nomes, revela e destaca seus mais recentes filhos.
O Division Hell, quarteto curitibano que completa cinco anos de existência, é mais um desses filhos prodígios. Se você pôde conferir o EP "Apokaliptika" (2011), e certamente se surpreendeu com o que escutou, prepare seus tímpanos, pois o que era bom ficou ainda melhor!
"Bleeding Hate", o primeiro full-length da banda e mais um lançamento "fuderoso" da Black Legion Productions, gravado no estúdio Clínica Pro Music (PR) e produzido por Urbor e Murillo da Rós, que também ficou à cargo da mixagem e masterização, produção essa que carrega uma sonoridade brutal e muito bem lapidada fazendo tudo soar com clareza, mas mantendo intacto o peso latejante do grupo.
O disco abusa do potencial da banda, e mostra muita qualidade sonora e uma técnica devastadora para fazer death metal. Os músicos se mostram afiados e coesos fazendo um som pesado, veloz e empolgante, a abrasividade de cada riff é matadora e bem burilada fazendo com que cada faixa do debut seja um "amassa-crânio". As composições são bem trabalhadas, minuciosamente, e chegam a ganhar alguns requintes do metal moderno, flertando um pouco com o thrash e o black, mas sem perder a fúria e agressividade.
O fato é que temos um trabalho refinado, com peso em potencial. O equilíbrio harmônico misturado a versatilidade rítmica faz com que tudo se encaixe perfeitamente, desde o fincar das guitarras com seus riffs agressivos e solos primorosos, a dosagem limpa e marcante do baixo, uma bateria centrada e com marcação precisa, aos timbres vocais explorados com muita maestria e insanidade, guturais firmados e destruidores.
Mex Guillen, da Inblooddesign, assinou sua arte fazendo uma bélico design de capa e encarte.
Senhor de verdadeiros massacres sonoros como "The Fable Of Salvation", "Army Of The Dead", "World Khaos", "Holy Lies" e a própria faixa-título, "Bleeding Hate" possui uma identidade animal onde a brutalidade impera uniforme. Tudo aqui beira o absurdo. Entre os melhores de 2015!
Division Hell - Bleeding Hate (2015)
(Black Legion Productions - Nacional)
01. Army Of The Dead
02. The Fable Of Salvation
03. World Khaos
04. Bleeding Hate ➤
05. The Last Words
06. Holy Lies
07. Bleak
08. Waiting For The Exact Time
09. Crossing The Line
Integrantes:
Ubour: Vocal e Guitarra
Renato Rieche: Guitarra
Hernan Borges: Baixo e Backing Vocal
Eduardo Oliveira: Bateria
Sites Relacionados:
www.facebook.com/DivisionHellBrazil
www.blacklegionprod.com/?page_id=5328
Death Metal. Um gênero que tem nos saudado ao longo dos anos com qualidade e eficiência, enquanto consagra e reafirma seus grandes nomes, revela e destaca seus mais recentes filhos.
O Division Hell, quarteto curitibano que completa cinco anos de existência, é mais um desses filhos prodígios. Se você pôde conferir o EP "Apokaliptika" (2011), e certamente se surpreendeu com o que escutou, prepare seus tímpanos, pois o que era bom ficou ainda melhor!
"Bleeding Hate", o primeiro full-length da banda e mais um lançamento "fuderoso" da Black Legion Productions, gravado no estúdio Clínica Pro Music (PR) e produzido por Urbor e Murillo da Rós, que também ficou à cargo da mixagem e masterização, produção essa que carrega uma sonoridade brutal e muito bem lapidada fazendo tudo soar com clareza, mas mantendo intacto o peso latejante do grupo.
O disco abusa do potencial da banda, e mostra muita qualidade sonora e uma técnica devastadora para fazer death metal. Os músicos se mostram afiados e coesos fazendo um som pesado, veloz e empolgante, a abrasividade de cada riff é matadora e bem burilada fazendo com que cada faixa do debut seja um "amassa-crânio". As composições são bem trabalhadas, minuciosamente, e chegam a ganhar alguns requintes do metal moderno, flertando um pouco com o thrash e o black, mas sem perder a fúria e agressividade.
O fato é que temos um trabalho refinado, com peso em potencial. O equilíbrio harmônico misturado a versatilidade rítmica faz com que tudo se encaixe perfeitamente, desde o fincar das guitarras com seus riffs agressivos e solos primorosos, a dosagem limpa e marcante do baixo, uma bateria centrada e com marcação precisa, aos timbres vocais explorados com muita maestria e insanidade, guturais firmados e destruidores.
Mex Guillen, da Inblooddesign, assinou sua arte fazendo uma bélico design de capa e encarte.
Senhor de verdadeiros massacres sonoros como "The Fable Of Salvation", "Army Of The Dead", "World Khaos", "Holy Lies" e a própria faixa-título, "Bleeding Hate" possui uma identidade animal onde a brutalidade impera uniforme. Tudo aqui beira o absurdo. Entre os melhores de 2015!
Division Hell - Bleeding Hate (2015)
(Black Legion Productions - Nacional)
01. Army Of The Dead
02. The Fable Of Salvation
03. World Khaos
04. Bleeding Hate ➤
05. The Last Words
06. Holy Lies
07. Bleak
08. Waiting For The Exact Time
09. Crossing The Line
Integrantes:
Ubour: Vocal e Guitarra
Renato Rieche: Guitarra
Hernan Borges: Baixo e Backing Vocal
Eduardo Oliveira: Bateria
Sites Relacionados:
www.facebook.com/DivisionHellBrazil
www.blacklegionprod.com/?page_id=5328
10 novembro, 2015
Resenhas: Castifas: Black Metal Sem Espaço Para Bajulações.
Resenhado por Ygor Nogueira.
O metal em si nos presenteou e muito esse ano com uma lista extensa de lançamentos, revelações e retorno de grandes nomes à ativa. Tudo isso enriquece e encorpa o cenário, que enquanto à isso, só tem a agradecer.
Os veteranos cariocas da horda de black metal, Castifas, passando dos vinte anos de carreira, arregaçam as mangas e vêm à tona em 2015 apresentando seu segundo disco.
“Bloodlust and Hate”, disco sucessor de "Journey Through the Darkness Path" (2009) é o filho mais novo do grupo, sendo lançado pela Black Legion Productions em parceria com os selos Mutilation Records, Impaled Records e Burnin Groove.
O disco que supera seis anos de luta e algumas mudanças na formação da banda, foi gravado no Pereira Estúdio em Duque de Caxias/RJ, contando com a produção de Rodrigo Bissoli que também encarregou-se da mixagem e masterização juntamente com Wallace Mello. Yuri D’Ávila ficou responsável pelo arte gráfica do disco, trabalhando em um layou simples, porém chamativo e alinhado ao som.
“Bloodlust and Hate”, é em sua composição, carregado de letras que abordam sobre ocultismo, paganismo e satanismo, tudo isso mergulhado nos sentimentos de ódio e fúria. A morbidez e a densidade continuam a predominar na combustão sonora do quarteto, um disco moldado em uma atmosfera obscura e sólida de ponta à ponta.
A sonoridade que também absorve algumas coisas da velha escola de bandas do black metal norueguês e dispensa toda e qualquer pitada de modernidade, data em sua essência, um disco cheio de riffs brutos e ríspidos, e agora bem mais gélidos e trabalhados. Os vocais aparecem bem mais polídos que antes, - o resultado de uma boa evolução - soando mais graves, porém mantendo aqueles gritos agonizantes e rasgados. O baixo aparece mais desenvolto e potente, enquanto a bateria continua a espancar violentamente usando mais diversidade e técnica.
A faixa-título “Bloodlust and Hate” soa mais vagarosa e agre, tendo seus momentos mais velozes do meio pro fim. "A World of Bones" apresenta-se com mais variação rítmica e vocais um pouco mais trabalhados e alternados, enquanto "Screams and Torment" foca-se em um trabalho mais técnico e encaixado de bateria. “Into the Cerimonial Sodom”, “The Mystic and Occult Son of the Moon” e “The Wicked Master of Souls” são regravações de canções presentes em “Journey Through the Darkness Path”, (disco de estréia citado antes) que ganharam uma nova roupagem, mas com suas origens sendo mantidas.
Coeso e com uma excelente estrutura, apesar de soar azedo e atípico aos mais exigentes, esse segundo trabalho mostra uma banda repaginada mas sem deixar de fazer o que sabem de melhor: black metal profano e ríspido, mantendo suas raízes mais fortes do que nunca. O Castifas dispensa falsas bajulações e mostra que sabe muito bem traçar seu caminho e um futuro regado de bons frutos!
Bloodlust and Hate (CD, 2015)
(Black Legion Production - Nacional)
01. Bloodlust and Hate ➤
02. A World of Bones
03. Screams and Torment ➤
04. Kingdom of Satan
05. Lucifer My Master
06. Into the Cerimonial Sodom
07. The Mystic and Occult Son of the Moon
08. The Wicked Master of Souls
Integrantes:
Hoertel Infernum – Vocais
Deathcult – Guitarras
Nuctemeron – Baixo, guitarras
Lord Anti-Christ – Bateria
Sites Relacionados:
www.facebook.com/CastifasOfficial
www.blacklegionprod.com
O metal em si nos presenteou e muito esse ano com uma lista extensa de lançamentos, revelações e retorno de grandes nomes à ativa. Tudo isso enriquece e encorpa o cenário, que enquanto à isso, só tem a agradecer.
Os veteranos cariocas da horda de black metal, Castifas, passando dos vinte anos de carreira, arregaçam as mangas e vêm à tona em 2015 apresentando seu segundo disco.
“Bloodlust and Hate”, disco sucessor de "Journey Through the Darkness Path" (2009) é o filho mais novo do grupo, sendo lançado pela Black Legion Productions em parceria com os selos Mutilation Records, Impaled Records e Burnin Groove.
O disco que supera seis anos de luta e algumas mudanças na formação da banda, foi gravado no Pereira Estúdio em Duque de Caxias/RJ, contando com a produção de Rodrigo Bissoli que também encarregou-se da mixagem e masterização juntamente com Wallace Mello. Yuri D’Ávila ficou responsável pelo arte gráfica do disco, trabalhando em um layou simples, porém chamativo e alinhado ao som.
“Bloodlust and Hate”, é em sua composição, carregado de letras que abordam sobre ocultismo, paganismo e satanismo, tudo isso mergulhado nos sentimentos de ódio e fúria. A morbidez e a densidade continuam a predominar na combustão sonora do quarteto, um disco moldado em uma atmosfera obscura e sólida de ponta à ponta.
A sonoridade que também absorve algumas coisas da velha escola de bandas do black metal norueguês e dispensa toda e qualquer pitada de modernidade, data em sua essência, um disco cheio de riffs brutos e ríspidos, e agora bem mais gélidos e trabalhados. Os vocais aparecem bem mais polídos que antes, - o resultado de uma boa evolução - soando mais graves, porém mantendo aqueles gritos agonizantes e rasgados. O baixo aparece mais desenvolto e potente, enquanto a bateria continua a espancar violentamente usando mais diversidade e técnica.
A faixa-título “Bloodlust and Hate” soa mais vagarosa e agre, tendo seus momentos mais velozes do meio pro fim. "A World of Bones" apresenta-se com mais variação rítmica e vocais um pouco mais trabalhados e alternados, enquanto "Screams and Torment" foca-se em um trabalho mais técnico e encaixado de bateria. “Into the Cerimonial Sodom”, “The Mystic and Occult Son of the Moon” e “The Wicked Master of Souls” são regravações de canções presentes em “Journey Through the Darkness Path”, (disco de estréia citado antes) que ganharam uma nova roupagem, mas com suas origens sendo mantidas.
Coeso e com uma excelente estrutura, apesar de soar azedo e atípico aos mais exigentes, esse segundo trabalho mostra uma banda repaginada mas sem deixar de fazer o que sabem de melhor: black metal profano e ríspido, mantendo suas raízes mais fortes do que nunca. O Castifas dispensa falsas bajulações e mostra que sabe muito bem traçar seu caminho e um futuro regado de bons frutos!
Bloodlust and Hate (CD, 2015)
(Black Legion Production - Nacional)
01. Bloodlust and Hate ➤
02. A World of Bones
03. Screams and Torment ➤
04. Kingdom of Satan
05. Lucifer My Master
06. Into the Cerimonial Sodom
07. The Mystic and Occult Son of the Moon
08. The Wicked Master of Souls
Integrantes:
Hoertel Infernum – Vocais
Deathcult – Guitarras
Nuctemeron – Baixo, guitarras
Lord Anti-Christ – Bateria
Sites Relacionados:
www.facebook.com/CastifasOfficial
www.blacklegionprod.com
06 novembro, 2015
Resenhas: Camus: Heavy Metal Machine (EP, 2014)
Resenhado por Ygor Nogueira.
Adeptos ao tradicionalismo de um Heavy Metal com influências britânicas e americanas, à lá linhas oitentistas, os pernambucanos do Camus executam um som limpo, forte e enérgico.
"Heavy Metal Machine", o EP lançado pela Black Legion Productions, em 2014, foi gravado no Mr. Prog Studios, e contou com a produção de Neneu Lucena que encarregou-se de deixar o disco transparente. Cristalino, a sonoridade foi nivelada de forma em que exatamente tudo aqui ficasse claro e em bom som.
Riffs abafados e grudentos encorpam uma musicalidade dançante e feroz, aquela pegada raçuda estilo PURPLE e SAXON, também banhada em alguns momentos pelo aço e a cerveja do thrash, bem estilo METALLICA, mas isso não encobre a autenticidade desse trio.
Um ponto forte da banda são as orquestrações de solos excelentes e pegados, muito bem construídos e executados chegando até à certos momentos de feeling. Os vocais fazem aquela linhagem mais seca e limpa, sempre predominantes do estilo, encaixando-se muito bem em cada nota enquanto o baixo marca-se grave e destacado em todo o disco, complementado pela técnica firme de bateria.
Misael Faustino responsabilizou-se por absorver a música do trio e exprimi-la em sua arte, que mescla a proposta da banda aos anos 80.
Apesar do formato pequeno (EP), tudo aqui foi trabalhado com grande afinco eliminando pontos negativos e também o individualismo. O disco é pesado por igual em suas harmonias cheia de rítmica e precisão. O Camus deu seu recado a cara limpa, que abraça o heavy metal com unhas e dentes e que está mais do que preparado para fincar seu nome em meio aos grandes.
Que venha logo um full-length!
Clamus - Heavy Metal Machine (EP, 2014) ➤
(Black Legion Production - Nacional)
01. Rise of a New World
02. Dreams and Shadows
03. Heavy Metal Machine
04. The Loser
05. False Convictions
Integrantes:
Thiago Souza – Vocais e Baixo
Jones Johnson – Guitarras
Marcelo Dias – Bateria
Sites Relacionados:
www.facebook.com/CamusOfficial
www.blacklegionprod.com/?page_id=4763
Adeptos ao tradicionalismo de um Heavy Metal com influências britânicas e americanas, à lá linhas oitentistas, os pernambucanos do Camus executam um som limpo, forte e enérgico.
"Heavy Metal Machine", o EP lançado pela Black Legion Productions, em 2014, foi gravado no Mr. Prog Studios, e contou com a produção de Neneu Lucena que encarregou-se de deixar o disco transparente. Cristalino, a sonoridade foi nivelada de forma em que exatamente tudo aqui ficasse claro e em bom som.
Riffs abafados e grudentos encorpam uma musicalidade dançante e feroz, aquela pegada raçuda estilo PURPLE e SAXON, também banhada em alguns momentos pelo aço e a cerveja do thrash, bem estilo METALLICA, mas isso não encobre a autenticidade desse trio.
Um ponto forte da banda são as orquestrações de solos excelentes e pegados, muito bem construídos e executados chegando até à certos momentos de feeling. Os vocais fazem aquela linhagem mais seca e limpa, sempre predominantes do estilo, encaixando-se muito bem em cada nota enquanto o baixo marca-se grave e destacado em todo o disco, complementado pela técnica firme de bateria.
Misael Faustino responsabilizou-se por absorver a música do trio e exprimi-la em sua arte, que mescla a proposta da banda aos anos 80.
Apesar do formato pequeno (EP), tudo aqui foi trabalhado com grande afinco eliminando pontos negativos e também o individualismo. O disco é pesado por igual em suas harmonias cheia de rítmica e precisão. O Camus deu seu recado a cara limpa, que abraça o heavy metal com unhas e dentes e que está mais do que preparado para fincar seu nome em meio aos grandes.
Que venha logo um full-length!
Clamus - Heavy Metal Machine (EP, 2014) ➤
(Black Legion Production - Nacional)
01. Rise of a New World
02. Dreams and Shadows
03. Heavy Metal Machine
04. The Loser
05. False Convictions
Integrantes:
Thiago Souza – Vocais e Baixo
Jones Johnson – Guitarras
Marcelo Dias – Bateria
Sites Relacionados:
www.facebook.com/CamusOfficial
www.blacklegionprod.com/?page_id=4763
05 novembro, 2015
Resenhas: Empire Of Souls: Si Vis Pacem, Para Bellum (EP, 2015)
Resenhado por Ygor Nogueira.
Não sei se tudo anda meio ao avesso ou se a bruxa está solta mundo à fora, mas a verdade é que enquanto tem bandas encerrando a carreira precocemente, outras tem nos brindado com retornos inesperados.
Em meio a tantos brindes, quem nos saúda dessa vez é o lendário quinteto oriundo de Santos-SP, Empire Of Souls, com um trabalho singelo, porém robusto e elegante.
O quinteto que coleciona em sua bagagem mais de vinte anos no nosso cenário, e tem em sua discografia as demos "Mr. Fear" (1996), "Mystic Lands" (1998), "Triumph of Death" (2000) e o full-length "Revenge Circle" (2003), retoma sua atividades e lança seu mais novo material de inéditas.
Trata-se do EP: "Si Vis Pacem, Para Bellum". Gravado, mixado e masterizado no O Beco Estúdio, pelas mãos de Ivan Peliciocci (baixista do Vulcano), quebra o longo hiato de onze anos e põe o grupo de volta ao posto de forma honrosa.
Carregado de uma sonoridade agressiva e brutal, o curto "Se deseja a paz, prepare-se para a guerra" é temperado por melodias sombrias, riffs ríspidos de guitarra com um banho de solos violentos e mais pomposos. O contrabaixo aparece pulsante enquanto o trabalho bem executado de bateria cria um plano de fundo pesadíssimo e bem a postos de técnica e precisão. Tudo isso fica ainda mais enriquecido quando os vocais insanos de Mario César saem atropelando e esfarelando crânios, variando com bastante técnica entre guturais gordurosos e viscerais rasgantes e insanos.
"To Become Maker" é empurrada a seco goela à baixo. Velocidade mediana, trabalhos vocais mais extensos e variados acompanhado pela violência dos bumbos e marcação do contrabaixo enquanto as guitarras soam como motosserras da morte.
"Lycanthropic Duality" tem mais densidade e diversidade, trabalhando mais os andamentos rítmicos e soando um pouco mais soturna.
O design elegante da capa, - que diga-se de passagem, é digna de debut -, ficou na responsabilidade do artista Alan Luis com montagem feita por Renata Abad mesclam bem o elo entre música e arte. O EP ainda tem um bônus de presente para os fãs, o videoclipe oficial para a faixa "To Become Maker", todo feito com cenas de apresentações ao vivo e contando com legendas em português.
"Si Vis Pacem, Para Bellum", mostra que a Empire Of Souls está de volta com energia de sobra para continuar destilando metal negro de qualidade até a última gota! Trajados de muita rispídez, o quinteto mostra-se bastante entrosado e com suas lâminas afiadas para continuar dilacerando tímpanos com sua sonoridade áspera e brutal.
"Si Vis Pacem, Para Bellum" (EP, 2015)
(Black Legions Production - Nacional)
1. To Become Maker
2. Lycanthropic Duality
Integrantes:
Mário César - Vocais
Cléber Juca - Guitarras
André Henrique - Guitarras
Christian Bacci - Baixo
Paulo Ferramenta - Bateria
Sites Relacionados:
www.facebook.com/EmpireOfSouls
www.blacklegionprod.com
Não sei se tudo anda meio ao avesso ou se a bruxa está solta mundo à fora, mas a verdade é que enquanto tem bandas encerrando a carreira precocemente, outras tem nos brindado com retornos inesperados.
Em meio a tantos brindes, quem nos saúda dessa vez é o lendário quinteto oriundo de Santos-SP, Empire Of Souls, com um trabalho singelo, porém robusto e elegante.
O quinteto que coleciona em sua bagagem mais de vinte anos no nosso cenário, e tem em sua discografia as demos "Mr. Fear" (1996), "Mystic Lands" (1998), "Triumph of Death" (2000) e o full-length "Revenge Circle" (2003), retoma sua atividades e lança seu mais novo material de inéditas.
Trata-se do EP: "Si Vis Pacem, Para Bellum". Gravado, mixado e masterizado no O Beco Estúdio, pelas mãos de Ivan Peliciocci (baixista do Vulcano), quebra o longo hiato de onze anos e põe o grupo de volta ao posto de forma honrosa.
Carregado de uma sonoridade agressiva e brutal, o curto "Se deseja a paz, prepare-se para a guerra" é temperado por melodias sombrias, riffs ríspidos de guitarra com um banho de solos violentos e mais pomposos. O contrabaixo aparece pulsante enquanto o trabalho bem executado de bateria cria um plano de fundo pesadíssimo e bem a postos de técnica e precisão. Tudo isso fica ainda mais enriquecido quando os vocais insanos de Mario César saem atropelando e esfarelando crânios, variando com bastante técnica entre guturais gordurosos e viscerais rasgantes e insanos.
"To Become Maker" é empurrada a seco goela à baixo. Velocidade mediana, trabalhos vocais mais extensos e variados acompanhado pela violência dos bumbos e marcação do contrabaixo enquanto as guitarras soam como motosserras da morte.
"Lycanthropic Duality" tem mais densidade e diversidade, trabalhando mais os andamentos rítmicos e soando um pouco mais soturna.
O design elegante da capa, - que diga-se de passagem, é digna de debut -, ficou na responsabilidade do artista Alan Luis com montagem feita por Renata Abad mesclam bem o elo entre música e arte. O EP ainda tem um bônus de presente para os fãs, o videoclipe oficial para a faixa "To Become Maker", todo feito com cenas de apresentações ao vivo e contando com legendas em português.
"Si Vis Pacem, Para Bellum", mostra que a Empire Of Souls está de volta com energia de sobra para continuar destilando metal negro de qualidade até a última gota! Trajados de muita rispídez, o quinteto mostra-se bastante entrosado e com suas lâminas afiadas para continuar dilacerando tímpanos com sua sonoridade áspera e brutal.
"Si Vis Pacem, Para Bellum" (EP, 2015)
(Black Legions Production - Nacional)
1. To Become Maker
2. Lycanthropic Duality
Integrantes:
Mário César - Vocais
Cléber Juca - Guitarras
André Henrique - Guitarras
Christian Bacci - Baixo
Paulo Ferramenta - Bateria
Sites Relacionados:
www.facebook.com/EmpireOfSouls
www.blacklegionprod.com
Resenhas: Roadie Metal: Volume 5.
Resenhado por Ygor Nogueira.
Temos mesmo que dá graças e ter orgulho de existirem pessoas, assim como muitos que tenho sorte em conhecer, que não abrem mão de apoiar e enriquecer o nosso cenário metálico. Verdadeiros guerreiros que travam muitas batalhas e abrem muitas oportunidades, para si e para os demais, com conquistas feitas com dedicação, amor e um árduo trabalho.
Tendo recentemente seu site oficial inaugurado - alavancando ainda mais sua estrutura de apoio - e já preparando sua próxima edição (isso mesmo, você não leu errado), a Roadie Metal chega a sua coletânea oficial: "Vol. 5"!
Gleison Júnior, idealizador dessa iniciativa e - que, como todos sabem tem sua distribuição totalmente gratuita -, também chamado por muitos como "O filantropo do metal", deixa mais do que claro com seu empunho à bandeira underground que ele não brinca na hora de honrar seu trabalho.
Muito competente, dessa vez ele nos brinda em seu "Vol. 5" com um repertório insano de 32 bandas, 15 em cada disco. Continuando a manter uma produção eclética, a coletânea varia dentro da diversidade de gêneros trazendo estilos desde o dançante Hard Rock ao destruídor Metal Extremo. A compilação também traz bandas que cantam em lingua nativa e Female Metal Vocals, e é justamente esse ecléticismo que não deixa que o material apresentado soe enjoativo, agradando assim todos os amantes do metal!
A produção continua a ganhar mais investimento, algo que foi sendo conquistado e percebido no decorrer de cada edição lançada, e certamente está em um nível mais encorpado e limpo, o que faz com que absorvamos toda sonoridade e entendamos de forma ímpar o que cada banda tem à oferecer.
O artista Marcelo Nespoli deixou sua marca novamente assinalando e ficando responsável pela elaboração da capa e encarte. "O Volume 5" é mesmo um canhão de bandas que cospe metal para todos os lados.
O trabalho transparente e honesto feito pelo apresentador e radialista está consolidado e agora conta com distribuição para fora do país, como por exemplo nos EUA e em Portugal. Ou seja, a intenção aqui não é somente aprimorar, mas sim expandir-se o mais longe e depressa possível. Quem sabe seja questão de tempo para que o nome Roadie Metal alcance os quatro polos do mundo.
Lembrando que essa iniciativa é um meio de divulgação fortíssima, não apenas para o programa, mais para todas as bandas que compõem cada um dos cinco volumes já lançados, tendo a oportunidade de espalhar seu som em longa escala e de maneira gratuita. E o mais importante, sem perder a qualidade!
Os destaques dessa coletânea são:
* CD 1
Vivalma, Tellus Terror, Cavera, Rotten Pieces, Lascia e Morgaroth.
* CD 2
Krucipha, Hollow, Maquinários, Individual, Vômitos & Náuseas, Outlanders, Codmorse, Catástrofe, e Valfenda.
Esperamos que a ousadia desse projeto continua à todo vapor em prol de nosso cenário, que vem arrecadando inúmeros elogios e bons frutos com o que tem sido feito, e que sem
sombra de dúvidas tornou-se uma latente ferramenta de apoio pelas mãos de Gleison Júnior - A Voz do Rock!
O programa Roadie Metal vai ao ar todas as quintas-feiras, das 20:30h às 23:00h, ao vivo no link a seguir: www.canalfelicidade.com e agora também tem novidades atualizadas
diariamente em seu site oficial. Acesse agora e confira: www.roadie-metal.com
Tracklist:
CD – 01
01 – Vivalma – Prodhome
02 – Shallrise – Simply For Nothing
03 – Tellus Terror – 3rd Rock From the Sun
04 – Cavera – More Lies
05 – Sunroad – Into the City Lies
06 – Magnética – Inflamáveis
07 – The Goths – Strange Way of Living
08 – Rotten Pieces – Rot in Pieces
09 – Lascia – Trapped
10 – Marcus Mausan Rock Band – Last Train to Rio Largo
11 – DxLxM – Zumbis
12 – Banda 80 Rock – Nem tudo esta perdido
13 – Velho Corvo – Pé na estrada
14 – Aronne – Sherazad
15 – Morgaroth – Panzer Division War
16 – Adimi – Tão Iguais
CD – 02
01 – Krucipha – Pulse
02 – Hollow – Destruction of the Mass
03 – Maquinários – Um Grito na Noite
04 – Balba – Skin to Skin
05 – Aronne – Mephisto
06 – Individual – Every Man for Himself
07 – Half Bridge – Karma
08 – Esffera C4 – Sempre João
09 – Vômitos & Náuseas – Mergulho no Caos
10 – 50 Point – Chorume
11 – Outlanders – Kretaceous
12 – Codmorse – Sign the Hell
13 – Catastrofe – Holocausto
14 – Deadfall – Illusion
15 – Valfenda – Another Dimension
16 -Intersect 4E – Reféns
Temos mesmo que dá graças e ter orgulho de existirem pessoas, assim como muitos que tenho sorte em conhecer, que não abrem mão de apoiar e enriquecer o nosso cenário metálico. Verdadeiros guerreiros que travam muitas batalhas e abrem muitas oportunidades, para si e para os demais, com conquistas feitas com dedicação, amor e um árduo trabalho.
Tendo recentemente seu site oficial inaugurado - alavancando ainda mais sua estrutura de apoio - e já preparando sua próxima edição (isso mesmo, você não leu errado), a Roadie Metal chega a sua coletânea oficial: "Vol. 5"!
Gleison Júnior, idealizador dessa iniciativa e - que, como todos sabem tem sua distribuição totalmente gratuita -, também chamado por muitos como "O filantropo do metal", deixa mais do que claro com seu empunho à bandeira underground que ele não brinca na hora de honrar seu trabalho.
Muito competente, dessa vez ele nos brinda em seu "Vol. 5" com um repertório insano de 32 bandas, 15 em cada disco. Continuando a manter uma produção eclética, a coletânea varia dentro da diversidade de gêneros trazendo estilos desde o dançante Hard Rock ao destruídor Metal Extremo. A compilação também traz bandas que cantam em lingua nativa e Female Metal Vocals, e é justamente esse ecléticismo que não deixa que o material apresentado soe enjoativo, agradando assim todos os amantes do metal!
A produção continua a ganhar mais investimento, algo que foi sendo conquistado e percebido no decorrer de cada edição lançada, e certamente está em um nível mais encorpado e limpo, o que faz com que absorvamos toda sonoridade e entendamos de forma ímpar o que cada banda tem à oferecer.
O artista Marcelo Nespoli deixou sua marca novamente assinalando e ficando responsável pela elaboração da capa e encarte. "O Volume 5" é mesmo um canhão de bandas que cospe metal para todos os lados.
O trabalho transparente e honesto feito pelo apresentador e radialista está consolidado e agora conta com distribuição para fora do país, como por exemplo nos EUA e em Portugal. Ou seja, a intenção aqui não é somente aprimorar, mas sim expandir-se o mais longe e depressa possível. Quem sabe seja questão de tempo para que o nome Roadie Metal alcance os quatro polos do mundo.
Lembrando que essa iniciativa é um meio de divulgação fortíssima, não apenas para o programa, mais para todas as bandas que compõem cada um dos cinco volumes já lançados, tendo a oportunidade de espalhar seu som em longa escala e de maneira gratuita. E o mais importante, sem perder a qualidade!
Os destaques dessa coletânea são:
* CD 1
Vivalma, Tellus Terror, Cavera, Rotten Pieces, Lascia e Morgaroth.
* CD 2
Krucipha, Hollow, Maquinários, Individual, Vômitos & Náuseas, Outlanders, Codmorse, Catástrofe, e Valfenda.
Esperamos que a ousadia desse projeto continua à todo vapor em prol de nosso cenário, que vem arrecadando inúmeros elogios e bons frutos com o que tem sido feito, e que sem
sombra de dúvidas tornou-se uma latente ferramenta de apoio pelas mãos de Gleison Júnior - A Voz do Rock!
O programa Roadie Metal vai ao ar todas as quintas-feiras, das 20:30h às 23:00h, ao vivo no link a seguir: www.canalfelicidade.com e agora também tem novidades atualizadas
diariamente em seu site oficial. Acesse agora e confira: www.roadie-metal.com
Tracklist:
CD – 01
01 – Vivalma – Prodhome
02 – Shallrise – Simply For Nothing
03 – Tellus Terror – 3rd Rock From the Sun
04 – Cavera – More Lies
05 – Sunroad – Into the City Lies
06 – Magnética – Inflamáveis
07 – The Goths – Strange Way of Living
08 – Rotten Pieces – Rot in Pieces
09 – Lascia – Trapped
10 – Marcus Mausan Rock Band – Last Train to Rio Largo
11 – DxLxM – Zumbis
12 – Banda 80 Rock – Nem tudo esta perdido
13 – Velho Corvo – Pé na estrada
14 – Aronne – Sherazad
15 – Morgaroth – Panzer Division War
16 – Adimi – Tão Iguais
CD – 02
01 – Krucipha – Pulse
02 – Hollow – Destruction of the Mass
03 – Maquinários – Um Grito na Noite
04 – Balba – Skin to Skin
05 – Aronne – Mephisto
06 – Individual – Every Man for Himself
07 – Half Bridge – Karma
08 – Esffera C4 – Sempre João
09 – Vômitos & Náuseas – Mergulho no Caos
10 – 50 Point – Chorume
11 – Outlanders – Kretaceous
12 – Codmorse – Sign the Hell
13 – Catastrofe – Holocausto
14 – Deadfall – Illusion
15 – Valfenda – Another Dimension
16 -Intersect 4E – Reféns
04 novembro, 2015
Resenhas: Land Of Tears: Um Resultado Esplêndido!
Resenhado por Ygor Nogueira.
Na hora de produzir algo de qualidade é mais do que certo que a experiência faça toda diferença, uma verdade absoluta para qualquer ocasião. E quando o quesito é esse, eis que os cariocas do Land Of Tears dão uma verdadeira aula no mundo do metal.
O primeiro álbum do quarteto fluminense, o intitulado "The Ancient Ages of Mankind", mostra com muita maestria, toda técnica e maturidade acumulada e consagrada em quatorze anos de carreira. Moldando sua própria identidade, "The Ancient Ages of Mankind" foi gravado no HCS Studios (RJ) tendo a produção, mixagem e masterização de Marco Anvito juntamente com a banda. O resultado foi mesmo esplêndido! Uma produção que destaca todos os pontos vitalícios de forma ímpar, ressaltando cada detalhe com muita clareza mas em nenhum momento deixando de ser regrado à peso. Uma qualidade altíssima, sem deixar a desejar.
O trabalho é esculpido numa base madura de Death Metal, acrescentando doses de Doom e Black. A estrutura dessas nuances fogem do tradicionalismo dos três gêneros, e de forma criativa, abrange uma musicalidade evoluída e equilibrada, fritando cérebros à todo custo. Os músicos exploram bastante a variação rítmica, mas sempre mantendo-se focados na agressividade de seu som, ponderando e alternando muito bem entre todos os lados.
O clima épico que é sentido nas nove faixas dá ao disco tamanha elegância homogênea. São riffs carregados e bem nivelados entre a dupla de guitarras, que faz um ótimo trabalho coletivo, soando sempre pegado, forte, preciso e dono de solos monstruosos. O contrabaixo parece mais nervoso e vívido, enquanto a bateria aparece mais complexa e incrementada com viradas violentas, jogos de pratos muito bem elaborados e bumbos sempre firmes e incansáveis. Robson Night Arrow mostra grande evolução, pois seus vocais estão soando mais técnicos, mas continuando com aqueles guturais rasgados e brutais.
"Old Legends" é um show de variações rítmicas surpreendentemente bem trabalhada em todos os momentos, seja na rifferama insana, nas quebradas bruscas, ou em seu solo ríspido. "Cerberus" apresenta-se como o ponto mais furioso desse disco, com riffs e vocais insanos ela é carrega um death metal mais bruto e veloz. "The Ancient Ages of Makind" a faixa-título do álbum é mesmo um clássico; mais cadenciada, ela carrega muita harmonia em sua composição remetendo um clima sombrio. O vibrantismo nórdico de "Mega Alexandros" soando como um plano de fundo para uma batalha épica; enquanto "Omega Legions" encerra o disco com seu massacre sonoro de velocidade e fúria.
A capa assinada pelo artista Antônio Sabá, contando com o design de Rodolfo Ferreira, da Obsidian Design Digital Art, é um trabalho belíssimo à parte, que honra a temática épica e mitológica subtraída da antiguidade europeia e suas culturas.
O lançamento que ficou sob às mãos de Black Legions Productions, e que teve a distribuição no Norte e Nordeste pela Rising Records, e no Sul e Sudeste pela Impaled Records, foi um acumulo de boas críticas da mídia especializada e com certeza um dos melhores discos de 2014.
"The Ancient Ages of Mankind" é o marco da consolidação do Land of Tears ao mundo.
Cuspindo ódio e agressividade de maneira inteligente!
"The Ancient Ages of Mankind" (CD, 2015)
(Black Legion Productions - Nacional)
01. Sons of Eternity
02. The Colossus of Rhodes
03. Old Legends
04. Cerberus
05. The Ancient Ages of Makind ➤
06. Forbidden God
07. Mega Alexandros
08. Pentekontoros
09. Omega Legions
Integrantes:
Robson Souto – Vocais e Guitarras
Leandro Xsa – Guitarras
Sérgio Vianna – Baixo
Orion Gobath – Bateria
Sites Relacionados:
www.facebook.com/L.O.T.Brazil
www.landoftearslegion.com
www.blacklegionprod.com/?page_id=2451
Na hora de produzir algo de qualidade é mais do que certo que a experiência faça toda diferença, uma verdade absoluta para qualquer ocasião. E quando o quesito é esse, eis que os cariocas do Land Of Tears dão uma verdadeira aula no mundo do metal.
O primeiro álbum do quarteto fluminense, o intitulado "The Ancient Ages of Mankind", mostra com muita maestria, toda técnica e maturidade acumulada e consagrada em quatorze anos de carreira. Moldando sua própria identidade, "The Ancient Ages of Mankind" foi gravado no HCS Studios (RJ) tendo a produção, mixagem e masterização de Marco Anvito juntamente com a banda. O resultado foi mesmo esplêndido! Uma produção que destaca todos os pontos vitalícios de forma ímpar, ressaltando cada detalhe com muita clareza mas em nenhum momento deixando de ser regrado à peso. Uma qualidade altíssima, sem deixar a desejar.
O trabalho é esculpido numa base madura de Death Metal, acrescentando doses de Doom e Black. A estrutura dessas nuances fogem do tradicionalismo dos três gêneros, e de forma criativa, abrange uma musicalidade evoluída e equilibrada, fritando cérebros à todo custo. Os músicos exploram bastante a variação rítmica, mas sempre mantendo-se focados na agressividade de seu som, ponderando e alternando muito bem entre todos os lados.
O clima épico que é sentido nas nove faixas dá ao disco tamanha elegância homogênea. São riffs carregados e bem nivelados entre a dupla de guitarras, que faz um ótimo trabalho coletivo, soando sempre pegado, forte, preciso e dono de solos monstruosos. O contrabaixo parece mais nervoso e vívido, enquanto a bateria aparece mais complexa e incrementada com viradas violentas, jogos de pratos muito bem elaborados e bumbos sempre firmes e incansáveis. Robson Night Arrow mostra grande evolução, pois seus vocais estão soando mais técnicos, mas continuando com aqueles guturais rasgados e brutais.
"Old Legends" é um show de variações rítmicas surpreendentemente bem trabalhada em todos os momentos, seja na rifferama insana, nas quebradas bruscas, ou em seu solo ríspido. "Cerberus" apresenta-se como o ponto mais furioso desse disco, com riffs e vocais insanos ela é carrega um death metal mais bruto e veloz. "The Ancient Ages of Makind" a faixa-título do álbum é mesmo um clássico; mais cadenciada, ela carrega muita harmonia em sua composição remetendo um clima sombrio. O vibrantismo nórdico de "Mega Alexandros" soando como um plano de fundo para uma batalha épica; enquanto "Omega Legions" encerra o disco com seu massacre sonoro de velocidade e fúria.
A capa assinada pelo artista Antônio Sabá, contando com o design de Rodolfo Ferreira, da Obsidian Design Digital Art, é um trabalho belíssimo à parte, que honra a temática épica e mitológica subtraída da antiguidade europeia e suas culturas.
O lançamento que ficou sob às mãos de Black Legions Productions, e que teve a distribuição no Norte e Nordeste pela Rising Records, e no Sul e Sudeste pela Impaled Records, foi um acumulo de boas críticas da mídia especializada e com certeza um dos melhores discos de 2014.
"The Ancient Ages of Mankind" é o marco da consolidação do Land of Tears ao mundo.
Cuspindo ódio e agressividade de maneira inteligente!
"The Ancient Ages of Mankind" (CD, 2015)
(Black Legion Productions - Nacional)
01. Sons of Eternity
02. The Colossus of Rhodes
03. Old Legends
04. Cerberus
05. The Ancient Ages of Makind ➤
06. Forbidden God
07. Mega Alexandros
08. Pentekontoros
09. Omega Legions
Integrantes:
Robson Souto – Vocais e Guitarras
Leandro Xsa – Guitarras
Sérgio Vianna – Baixo
Orion Gobath – Bateria
Sites Relacionados:
www.facebook.com/L.O.T.Brazil
www.landoftearslegion.com
www.blacklegionprod.com/?page_id=2451
29 outubro, 2015
Resenhas: Dark Slumber: Black Metal Sombrio e Deslumbrante.
Resenhado por Ygor Nogueira.
Dark Slumber, oriundo das regiões de Barra Mansa e Volta Redonda (RJ), e adepto às raízes densas e sombrias do Black Metal, é forjado nas vertentes mais extremas do metal.
Tendo lançado anteriormente a demo "Qliphotic Black Dimensions", de 2013, o quarteto carioca que retomou suas atividades esse ano, chega a seu primeiro full disc, sendo lançado no Brasil em parceria com a Black Legion Productions.
"Dead Inside" é datado pela sonoridade mórbida e clímax pesado e bem variado, alternando em momentos mais velozes e agressivos, que são em outrora, cortados de maneira repentina por passagens mais lentas e quebradas. Contando com uma produção limpa mas que mantém toda áurea suja e ríspida do Black Metal, o disco compõe-se por sete faixas, onde cada uma delas, carrega em si diferentes atmosferas.
O quarteto mostra muita criatividade para produzir e valorizar sua música, nota-se aqui uma banda mais sólida e com mais entrosamento, trabalhando uma proposta mais complexa e elaborada. O Dark Metal adotado pelo grupo, podemos dizer, chega à dar uma certa elegância ao som; muito bem estruturado ritmicamente e com nível técnico elevado tudo parece fluir naturalmente de cada arranjo, de cada riff prensado de guitarra enquanto bateria e baixo se alinham formando o alicerce desse som.
Já Guilherme Corvo aposta em vocais aversos ao estilo, destilando veneno com guturais coesos, criando uma identidade forte e diferenciada.
"Dark Inside" tem seus destaques como single de divulgação: "Sorrowful Winter Breeze", e "Dying Inside", mas a faixa que me prende aqui trata-se de "All the Lights Fade Away". A faixa transpira uma beleza mórbida sem limites executado de forma majestosa desde os primeiros acordes dando vida a um solo melodioso. Os vocais dão toda cadência e agressividade encorpando a música, para finalmente ser fechado por um solo matador e intenso!
O artista Marcel Briani assinou a capa do disco, e conseguiu em sua arte, repassar a proposta sonora encontrada aqui.
Bem calibrado entre peso e melodia, "Dark Inside" é um disco equilibrado e consistente que ressalta qualidade como um todo. Tecnicamente forte, o disco mostra muita personalidade, conquistando logo na primeira audição com sua forma ousada de fazer música extrema tornando o sombrio algo de total deslumbre.
Dark Slumber - Dead Inside (CD, 2015)
(Black Legion Productions - Nacional)
1. Reverberating Emptiness
2. Sorrowful Winter Breeze
3. Vomiting Upon the Cross
4. Dying Inside
5. Dark Slumber
6. Lucifer
7. All the Lights Fade Away
Integrantes:
Guilherme Corvo - Vocais e Guitarras
Sandro Leite - Guitarras
Hayder Fonseca - Baixo
Jorge Zamluti - Bateria
Sites Relacionados:
www.darkslumber.com
www.blacklegionprod.com
Dark Slumber, oriundo das regiões de Barra Mansa e Volta Redonda (RJ), e adepto às raízes densas e sombrias do Black Metal, é forjado nas vertentes mais extremas do metal.
Tendo lançado anteriormente a demo "Qliphotic Black Dimensions", de 2013, o quarteto carioca que retomou suas atividades esse ano, chega a seu primeiro full disc, sendo lançado no Brasil em parceria com a Black Legion Productions.
"Dead Inside" é datado pela sonoridade mórbida e clímax pesado e bem variado, alternando em momentos mais velozes e agressivos, que são em outrora, cortados de maneira repentina por passagens mais lentas e quebradas. Contando com uma produção limpa mas que mantém toda áurea suja e ríspida do Black Metal, o disco compõe-se por sete faixas, onde cada uma delas, carrega em si diferentes atmosferas.
O quarteto mostra muita criatividade para produzir e valorizar sua música, nota-se aqui uma banda mais sólida e com mais entrosamento, trabalhando uma proposta mais complexa e elaborada. O Dark Metal adotado pelo grupo, podemos dizer, chega à dar uma certa elegância ao som; muito bem estruturado ritmicamente e com nível técnico elevado tudo parece fluir naturalmente de cada arranjo, de cada riff prensado de guitarra enquanto bateria e baixo se alinham formando o alicerce desse som.
Já Guilherme Corvo aposta em vocais aversos ao estilo, destilando veneno com guturais coesos, criando uma identidade forte e diferenciada.
"Dark Inside" tem seus destaques como single de divulgação: "Sorrowful Winter Breeze", e "Dying Inside", mas a faixa que me prende aqui trata-se de "All the Lights Fade Away". A faixa transpira uma beleza mórbida sem limites executado de forma majestosa desde os primeiros acordes dando vida a um solo melodioso. Os vocais dão toda cadência e agressividade encorpando a música, para finalmente ser fechado por um solo matador e intenso!
O artista Marcel Briani assinou a capa do disco, e conseguiu em sua arte, repassar a proposta sonora encontrada aqui.
Bem calibrado entre peso e melodia, "Dark Inside" é um disco equilibrado e consistente que ressalta qualidade como um todo. Tecnicamente forte, o disco mostra muita personalidade, conquistando logo na primeira audição com sua forma ousada de fazer música extrema tornando o sombrio algo de total deslumbre.
Dark Slumber - Dead Inside (CD, 2015)
(Black Legion Productions - Nacional)
1. Reverberating Emptiness
2. Sorrowful Winter Breeze
3. Vomiting Upon the Cross
4. Dying Inside
5. Dark Slumber
6. Lucifer
7. All the Lights Fade Away
Integrantes:
Guilherme Corvo - Vocais e Guitarras
Sandro Leite - Guitarras
Hayder Fonseca - Baixo
Jorge Zamluti - Bateria
Sites Relacionados:
www.darkslumber.com
www.blacklegionprod.com
28 outubro, 2015
Resenhas: Metalizer: Segundo Disco é Ainda Melhor!
Resenhado por Ygor Nogueira.
Chegando a seu segundo disco, o Metalizer, quarteto oriundo de Nova Odessa-SP é mais uma banda a enriquecer o catálogo Metal Brazilian.
"Your Nightmare" é dono de uma sonoridade ainda mais veloz e furiosa, mergulhada no Thrash Metal Old School. Produzido por Fábio Ferreira e pela própria banda, no MixMusic Studio, o disco mantém-se em boa nivelação soando pesado e agressivo, porém meio cru, - o que pode ter sido mesmo o que eles queriam -, mas resgatando toda aquela empolgação vigorosa digna de moshs frenéticos.
Mesmo transparecendo referências claras de bandas como Metal Church e Vio-lence, e com algumas pitadas da NWOBHM, a música do grupo é de muita autenticidade e passa longe de ser datada.
Um disco enérgico e intenso comandado pelos riffs destruídores de Douglas Lima, trabalhando bem nos arranjos e caprichando no peso e em solos viciantes. O frontman Sandro Maués, continua variar muito bem entre diferentes timbres e picos mais agudos, sempre mantendo vocais rasgadíssimos. A bateria de Thiago Cruz carrega aquela pegada violenta do thrash, contagiando o som ainda mais, e em certos momentos incluindo mais técnica e variações, perceptíveis para aqueles tímpanos mais detalhistas, enquanto o contrabaixo de Já Nilão se mostra mais vivo e marcante aqui.
Homogêneo e fluindo com muita naturalidade, "Your Nightmare" é direto e honesto. É um daqueles álbuns que você tem que levar pra tocar no churrasco da festa de aniversário do melhor amigo, pois certamente a música encontrada aqui, é pra lá de empolgante e garante boas dores na coluna se você estiver ficando velho demais para se divertir adoidado!
Para reforçar o que digo, convido a escutar "Weapons of Metalization" com seus riffs e refrão viciantes; "My Cage" lembrando aquela era oitentista; o desgovernado "Street Dog"; "A Bridge Across Time and Space" e toda sua complexidade, dando destaque ao trabalho de contrabaixo e as variações rítmicas da música. Os arranjos e solos de guitarras aqui são mesmo primorosos! "Zombified Generation" é a mais curta e mais paulada do disco, bem estilo RocknRoll; enquanto "Life is Your Nightmare" encerra o disco entre momentos quebrados e agressivos.
O Metalizer destila nesse disco toda sua fúria, mostrando que estar mesmo afim de causar muitos torcicolos por aí enquanto a cerveja regra a festa. Imagina quando sair o terceiro!
Metalizer – Your Nightmare (2015)
(Black Legion Productions - Nacional)
01. Weapons of Metalization
02. My Cage ➤
03. Street Dog ➤
04. A Bridge Across Time and Space ➤
05. Still Alive
06. Cause and Effect (Instrumental)
07. Zombiefied Generation
08. Wake Up
09. Preacher of Hate
10. Life is Your Nightmare
Integrantes:
Sandro Maués - Vocais
Douglas Lima - Guitarras
Nilão Pavão - Baixo
Thiago Cruz - Bateria
Sites Relacionados:
www.facebook.com/metalizermetal?fref=ts
Chegando a seu segundo disco, o Metalizer, quarteto oriundo de Nova Odessa-SP é mais uma banda a enriquecer o catálogo Metal Brazilian.
"Your Nightmare" é dono de uma sonoridade ainda mais veloz e furiosa, mergulhada no Thrash Metal Old School. Produzido por Fábio Ferreira e pela própria banda, no MixMusic Studio, o disco mantém-se em boa nivelação soando pesado e agressivo, porém meio cru, - o que pode ter sido mesmo o que eles queriam -, mas resgatando toda aquela empolgação vigorosa digna de moshs frenéticos.
Mesmo transparecendo referências claras de bandas como Metal Church e Vio-lence, e com algumas pitadas da NWOBHM, a música do grupo é de muita autenticidade e passa longe de ser datada.
Um disco enérgico e intenso comandado pelos riffs destruídores de Douglas Lima, trabalhando bem nos arranjos e caprichando no peso e em solos viciantes. O frontman Sandro Maués, continua variar muito bem entre diferentes timbres e picos mais agudos, sempre mantendo vocais rasgadíssimos. A bateria de Thiago Cruz carrega aquela pegada violenta do thrash, contagiando o som ainda mais, e em certos momentos incluindo mais técnica e variações, perceptíveis para aqueles tímpanos mais detalhistas, enquanto o contrabaixo de Já Nilão se mostra mais vivo e marcante aqui.
Homogêneo e fluindo com muita naturalidade, "Your Nightmare" é direto e honesto. É um daqueles álbuns que você tem que levar pra tocar no churrasco da festa de aniversário do melhor amigo, pois certamente a música encontrada aqui, é pra lá de empolgante e garante boas dores na coluna se você estiver ficando velho demais para se divertir adoidado!
Para reforçar o que digo, convido a escutar "Weapons of Metalization" com seus riffs e refrão viciantes; "My Cage" lembrando aquela era oitentista; o desgovernado "Street Dog"; "A Bridge Across Time and Space" e toda sua complexidade, dando destaque ao trabalho de contrabaixo e as variações rítmicas da música. Os arranjos e solos de guitarras aqui são mesmo primorosos! "Zombified Generation" é a mais curta e mais paulada do disco, bem estilo RocknRoll; enquanto "Life is Your Nightmare" encerra o disco entre momentos quebrados e agressivos.
O Metalizer destila nesse disco toda sua fúria, mostrando que estar mesmo afim de causar muitos torcicolos por aí enquanto a cerveja regra a festa. Imagina quando sair o terceiro!
Metalizer – Your Nightmare (2015)
(Black Legion Productions - Nacional)
01. Weapons of Metalization
02. My Cage ➤
03. Street Dog ➤
04. A Bridge Across Time and Space ➤
05. Still Alive
06. Cause and Effect (Instrumental)
07. Zombiefied Generation
08. Wake Up
09. Preacher of Hate
10. Life is Your Nightmare
Integrantes:
Sandro Maués - Vocais
Douglas Lima - Guitarras
Nilão Pavão - Baixo
Thiago Cruz - Bateria
Sites Relacionados:
www.facebook.com/metalizermetal?fref=ts
27 outubro, 2015
Resenhas: Insane Devotion: A Face Evoluída do Black Metal.
Resenhado por Ygor Nogueira.
Tenho falado bastante da inovação dentro do metal, mas é mesmo quase impossível deixar isso de lado quando se tem inúmeras bandas caprichando e surpreendendo nesse quesito.
O Insane Devotion, liderado pelo experiente Mauricio Laube (SCORNER, DOOMSDAY CELEBRATION, EVIL WAR, REVERENNCE, e contando com também com participações em várias outras bandas e projetos paralelos), é uma grande referência nisto.
Velocidade, brutalidade e muita técnica são os ingredientes principais da insana sinfonia que é o som desse trio vindo de Curitiba-PR, desde 1996.
Recompensando, e muito bem, seus fãs pela espera de dez longos anos após "Slaves Will Serve" (2005) o trio ataca em 2015 com o lançamento de "Infidel". Produzido por Fernando Nahtaivel (Tecladista e Vocalista) e tendo sua capa assinada pelo artista Chris Cold, o disco mostra a capacidade e criatividade latente da banda para produzir um som de alto nível técnico e inovador!
São seis faixas datadas em maestria, sendo quatro delas de longa duração, o que nem de longe se torna cansativo ou chato, mas sim uma simetria matadora e enérgica em todo o disco. O trabalho conta também com a participação de Ulisses Rodrigues (ex-HECATOMB e IMPERIOUS MALEVOLENCE nos backing vocals em "The Rite of Winter" e "Mass Murderer").
A fusão do extremismo com a diversidade de arranjos, riffs mais secos, o acréscimo de mais melodias em variados pontos, orquestrações mórbidas de teclado e a brutalidade dos blastbeats de bateria - mesmo que programados, junto ao baixo -, datam a face evoluída do Black Metal, mas ainda bastante carregado de rispidez, agressividade e blasfêmia.
Muito bem afiado e nos trilhos da progressividade, "Infidel" exala toda essência visceral do metal extremo com muita disciplina e coesão, trazendo o inferno à terra e causando terror e caos por onde passa.
"Infidel" ultrapassa as barreiras da música com toda sua complexividade sonora e lírica, conseguindo assim, não ser apenas mais um disco de black metal, mas sim, outro disco a ser destacado e adquirido sem pensar duas vezes.
Músicas:
1. Son of Hate ➤
2. Obscure Blackened Night ➤
3. Bad Machine ➤
4. The Rite of Winter ➤
5. Standard Operating Procedure ➤
6. Mass Murderer ➤
Disco para audição gratuita:
www.insanedevotion.bandcamp.com
Integrantes:
Fernando Nahtaivel - Teclados, Vocais, Bateria Programada
A. Maurício Laube - Guitarras, Vocais, Baixo, Bateria Programada
Moloch - Vocais
Contato e Merchandising:
nahtaivel@outlook.com
Sites Relacionados:
www.facebook.com/insanedevotion
www.metalmedia.com.br/insanedevotion
Tenho falado bastante da inovação dentro do metal, mas é mesmo quase impossível deixar isso de lado quando se tem inúmeras bandas caprichando e surpreendendo nesse quesito.
O Insane Devotion, liderado pelo experiente Mauricio Laube (SCORNER, DOOMSDAY CELEBRATION, EVIL WAR, REVERENNCE, e contando com também com participações em várias outras bandas e projetos paralelos), é uma grande referência nisto.
Velocidade, brutalidade e muita técnica são os ingredientes principais da insana sinfonia que é o som desse trio vindo de Curitiba-PR, desde 1996.
Recompensando, e muito bem, seus fãs pela espera de dez longos anos após "Slaves Will Serve" (2005) o trio ataca em 2015 com o lançamento de "Infidel". Produzido por Fernando Nahtaivel (Tecladista e Vocalista) e tendo sua capa assinada pelo artista Chris Cold, o disco mostra a capacidade e criatividade latente da banda para produzir um som de alto nível técnico e inovador!
São seis faixas datadas em maestria, sendo quatro delas de longa duração, o que nem de longe se torna cansativo ou chato, mas sim uma simetria matadora e enérgica em todo o disco. O trabalho conta também com a participação de Ulisses Rodrigues (ex-HECATOMB e IMPERIOUS MALEVOLENCE nos backing vocals em "The Rite of Winter" e "Mass Murderer").
A fusão do extremismo com a diversidade de arranjos, riffs mais secos, o acréscimo de mais melodias em variados pontos, orquestrações mórbidas de teclado e a brutalidade dos blastbeats de bateria - mesmo que programados, junto ao baixo -, datam a face evoluída do Black Metal, mas ainda bastante carregado de rispidez, agressividade e blasfêmia.
Muito bem afiado e nos trilhos da progressividade, "Infidel" exala toda essência visceral do metal extremo com muita disciplina e coesão, trazendo o inferno à terra e causando terror e caos por onde passa.
"Infidel" ultrapassa as barreiras da música com toda sua complexividade sonora e lírica, conseguindo assim, não ser apenas mais um disco de black metal, mas sim, outro disco a ser destacado e adquirido sem pensar duas vezes.
Músicas:
1. Son of Hate ➤
2. Obscure Blackened Night ➤
3. Bad Machine ➤
4. The Rite of Winter ➤
5. Standard Operating Procedure ➤
6. Mass Murderer ➤
Disco para audição gratuita:
www.insanedevotion.bandcamp.com
Integrantes:
Fernando Nahtaivel - Teclados, Vocais, Bateria Programada
A. Maurício Laube - Guitarras, Vocais, Baixo, Bateria Programada
Moloch - Vocais
Contato e Merchandising:
nahtaivel@outlook.com
Sites Relacionados:
www.facebook.com/insanedevotion
www.metalmedia.com.br/insanedevotion
26 outubro, 2015
Resenhas: Chaos Synopsys: Um Disco Conceitual e Agressivo.
Resenhado por Ygor Nogueira.
O Chaos Synopsys sempre deixou bem claro que gosta de superar a si mesmo, e ao longo dos anos, o quarteto de Deathrash Metal, de São José dos Campos-SP, tem feito essa tarefa com muita competência e qualidade.
Já em terceiro disco de estúdio, o intitulado "Seasons Of Red", que teve sua produção nas mãos de Friggi MadBeats (baterista), a engenharia de Fabiano Penna (Rebaelliun) e masterização por conta de Neto Grous, os músicos conseguem mais uma vez superar os próprios limites e demolir velhos calços reafirmando-se como uma das bandas de metal a inovar na música extrema.
O sucessor de "Art Of Killing", de 2013, é robusto de versatilidade e técnica. Mantendo sua sonoridade ainda regrada pelo tradicional death metal mesclado nas pegadas garras do thrash, o disco conta nove composições agressivas e conceituais. A temática abordada no novo trabalho continua forte e inteligente, as letras relatam sobre massacres causados pela humanidade ao longo da sua existência, episódios marcantes como O Santo Ofício e atrocidades feitas por ditadores como Pizarro e Nero, trazendo assim um disco não apenas musical, mas literalmente, forte.
Nos termos técnicos percebemos que a ótima produção do disco trouxe o som de todos os instrumentos mais ríspidos e claros, dando espaço para a inclusão de arranjos e melodias mais trabalhadas e estruturadas.
O amadurecimento no som, ainda temperado com muita fúria e brutalidade, ganhou um toque refinado: guitarras com riffs mais técnicos e solos bem pegados e precisos, tudo isso sendo muito bem encaixado em meio a velocidade, agressividade, picos mais quebrado e cadencia. Tal refinamento não mexeu uma palha se quer na brutalidade emanada pelo grupo, que aparece ainda mais entrosado e mais compassado, datando um disco pesado e de tamanha maestria.
Além disso, temos aqui Jairo Vaz comandando todo derramamento de sangue, com vocais mais nervosos e guturais, mas ainda assim, soando com clareza. E pra acompanhar esse seguimento ele continua muito bem com as quatro cordas mais audíveis ainda, enquanto Friggi conseguiu fazer um trabalho majestroso de bateria, esbanjando pegadas mais firmes e técnicas, sem contar na diversidade de jogo de pratos e a coesão monstra dos bumbos!
E mais uma vez o artista Rafael Tavares, que já trabalhou com bandas como: NervoChaos, Amen Corner, Anarkhon, Immolation, Vulture, Cauterization e Desdominus consegue aliar a arte a música, captando perfeitamente a proposta temática da banda.
A carnificina fica, logo de início, com o clima mais épico - isso, apenas nos primeiros segundos -, de "Burn Like Hell", que logo depois é socada pelo dose de velocidade e peso de "Gods Upon Mankind". "The Scourge of God", que usa uma certa mistura de elementos regionais, e a bruta "Red Terror" resssaltando novamente a habilidade dos bumbos impiedosos de Friggi; a rica em arranjos "State of Blood" , abordando o massacre cometido pelo ditador de Uganda: Idi Amin; e "Four Corners of the World" fechando o disco entre a dosagem certa de riffs melodiosos e impetuosa fúria.
Mas ressalto aqui que o disco todo é primoroso!
"Seasons Of Red", lançado no Brasil em parceria com os selos Black Legion Productions - Caatinga Sattiva Records - Lab6 Music e Rock Clube Live atinge com nota máxima de qualidade e eficiência, o pico mais alto da carreira do Chaos Synopsys.
Satisfação garantida. Dores no pescoço, também.
Músicas:
01. Burn Like Hell
02. Gods Upon Mankind
03. The Scourge of God
04. Red Terror
05. Brave New Gold
06. Incident 228
07. State of Blood
08. Like a Thousand Suns
09. Four Corners of the World
Disco para audição no Youtube:
www.youtube.com/watch?v=UMRvbpJYTkc
Integrantes:
Jairo Vaz – Baixo, Vocals
JP – Guitarras
Luiz Ferrari – Guitarras
Friggi – Bateria
Sites e Merchandising:
www.chaossynopsis.com
www.blacklegionprod.com/?page_id=5210
O Chaos Synopsys sempre deixou bem claro que gosta de superar a si mesmo, e ao longo dos anos, o quarteto de Deathrash Metal, de São José dos Campos-SP, tem feito essa tarefa com muita competência e qualidade.
Já em terceiro disco de estúdio, o intitulado "Seasons Of Red", que teve sua produção nas mãos de Friggi MadBeats (baterista), a engenharia de Fabiano Penna (Rebaelliun) e masterização por conta de Neto Grous, os músicos conseguem mais uma vez superar os próprios limites e demolir velhos calços reafirmando-se como uma das bandas de metal a inovar na música extrema.
O sucessor de "Art Of Killing", de 2013, é robusto de versatilidade e técnica. Mantendo sua sonoridade ainda regrada pelo tradicional death metal mesclado nas pegadas garras do thrash, o disco conta nove composições agressivas e conceituais. A temática abordada no novo trabalho continua forte e inteligente, as letras relatam sobre massacres causados pela humanidade ao longo da sua existência, episódios marcantes como O Santo Ofício e atrocidades feitas por ditadores como Pizarro e Nero, trazendo assim um disco não apenas musical, mas literalmente, forte.
Nos termos técnicos percebemos que a ótima produção do disco trouxe o som de todos os instrumentos mais ríspidos e claros, dando espaço para a inclusão de arranjos e melodias mais trabalhadas e estruturadas.
O amadurecimento no som, ainda temperado com muita fúria e brutalidade, ganhou um toque refinado: guitarras com riffs mais técnicos e solos bem pegados e precisos, tudo isso sendo muito bem encaixado em meio a velocidade, agressividade, picos mais quebrado e cadencia. Tal refinamento não mexeu uma palha se quer na brutalidade emanada pelo grupo, que aparece ainda mais entrosado e mais compassado, datando um disco pesado e de tamanha maestria.
Além disso, temos aqui Jairo Vaz comandando todo derramamento de sangue, com vocais mais nervosos e guturais, mas ainda assim, soando com clareza. E pra acompanhar esse seguimento ele continua muito bem com as quatro cordas mais audíveis ainda, enquanto Friggi conseguiu fazer um trabalho majestroso de bateria, esbanjando pegadas mais firmes e técnicas, sem contar na diversidade de jogo de pratos e a coesão monstra dos bumbos!
E mais uma vez o artista Rafael Tavares, que já trabalhou com bandas como: NervoChaos, Amen Corner, Anarkhon, Immolation, Vulture, Cauterization e Desdominus consegue aliar a arte a música, captando perfeitamente a proposta temática da banda.
A carnificina fica, logo de início, com o clima mais épico - isso, apenas nos primeiros segundos -, de "Burn Like Hell", que logo depois é socada pelo dose de velocidade e peso de "Gods Upon Mankind". "The Scourge of God", que usa uma certa mistura de elementos regionais, e a bruta "Red Terror" resssaltando novamente a habilidade dos bumbos impiedosos de Friggi; a rica em arranjos "State of Blood" , abordando o massacre cometido pelo ditador de Uganda: Idi Amin; e "Four Corners of the World" fechando o disco entre a dosagem certa de riffs melodiosos e impetuosa fúria.
Mas ressalto aqui que o disco todo é primoroso!
"Seasons Of Red", lançado no Brasil em parceria com os selos Black Legion Productions - Caatinga Sattiva Records - Lab6 Music e Rock Clube Live atinge com nota máxima de qualidade e eficiência, o pico mais alto da carreira do Chaos Synopsys.
Satisfação garantida. Dores no pescoço, também.
Músicas:
01. Burn Like Hell
02. Gods Upon Mankind
03. The Scourge of God
04. Red Terror
05. Brave New Gold
06. Incident 228
07. State of Blood
08. Like a Thousand Suns
09. Four Corners of the World
Disco para audição no Youtube:
www.youtube.com/watch?v=UMRvbpJYTkc
Integrantes:
Jairo Vaz – Baixo, Vocals
JP – Guitarras
Luiz Ferrari – Guitarras
Friggi – Bateria
Sites e Merchandising:
www.chaossynopsis.com
www.blacklegionprod.com/?page_id=5210
23 outubro, 2015
Resenhas: Desdominus: Insana Qualidade de Excelência!
Resenhado por Ygor Nogueira.
O Death Metal tem mesmo surpreendido cada vez mais seus fãs, a cada dia que passa ele nos traz hordas cada vez mais excelentes em nível musical e técnico, mantendo assim, os Deathbangers sempre de pratos recheados e primorosos.
Movido por uma insanidade extrema, com composições bem elaboradas, uma técnica brutal e uma variada mesclagem do extremo ao atmosférico, o Desdominus, ativo desde 1993, segue destruindo toda hipocrisia religiosa e humana à sua frente; atacando de forma critica e demolindo velhos e podres conceitos.
"Uncreation", seu terceiro trabalho de estúdio, gravado no Estúdio Fuzza em Americana/ SP, com produção de Ricardo Biancarelli, e lançando em parceria com os selos: Misanthropic Records, Brutaller Records, Heavy Metal Rock Records e Impaled Records, quebra, de cara, todas as barreiras de expectativas.
São exatas dez faixas dando origem à um tracklist seco, ríspido e fortemente agressivo, incluindo doses de melodias e elementos distintos. O disco em si se mantém em patamares elevadíssimos da música extrema, mostrando a evolução técnica dos músicos de uma forma robusta, mas natural e coesa investindo claramente no trabalho coletivo, sem sobras para qualquer individualismo.
O acrescimo de pegadas Black Metal em vários momentos, inclusive destacado nos vocais viscerais e raivosos de Paolo Bruno, é mesmo outro pronto de vitalidade aqui. Riffs banhados em fúria e sangue são despejados ininterruptivamente pelas guitarras de Paolo Bruno e Wilian Gonsalves, abrasivos, cortantes e destilando doses mortais de ódio e agressividade, incorporando também o espaço para solos extensos e carregados de melodia.
Mostrando tamanho amadurecimento de sua sonoridade e propagando muita técnica, variação rítmica e brada personalidade, "Uncreation" é uma verdadeira aula de metal extremo, rompendo todo e qualquer espaço para críticas de mal gosto. O Desdominus trabalhou e acertou em cheio - não uma, mais várias - pedradas na orelha de muita gente!
A arte da capa ficou a cargo do conceituado artista Rafael Tavares, que já trabalhou com bandas como: NervoChaos, Amen Corner, Anarkhon, Immolation, Vulture, Cauterization, Queiron e etc, que conseguiu deixar o trabalho ainda mais refinado com um encarte belíssimo aos olhos.
As faixas com o selo: "qualidade insana de excelência" são: "Certo e Convicto", unica música do disco cantada em língua nativa, abrindo o disco da maneira mais bruta possível. Logo em seguida temos a violenta e com ótimos solos: "Erase The God Within"; "Uncreation" é responsável pelo êxtase desse disco, agressiva e insana, ela acaba qalquer tímpano saudavel. A curta e instrumental "Introspection", é uma pausa na brutalidade, porém bem interessante, remetendo o Atmospheric Black Metal que logo em seguida é pisoteado pela pancadaria de "Inner Elevation".
O Desdominus certamente encontra-se no seu melhor momento, cravado até o pescoço nas linhas da evolução, e pode ter a absoluta certeza de que lançou ao mundo uma obra magnifica e marcante!
Um dos maiores lançamentos de 2015! Menos falação, mais aquisição!
Músicas:
1. Certo e Convicto
2. Erase The God Within
3. Uncreation ➤
4. Sacred Scrolls Of Holy Lies ➤
5. Cathedra
6. Introspection (Inst.)
7. Inner Elevation
8. Waves Collide
9. Beyond The Allowed
10. Sublimation (Inst.)
Integrantes:
Paolo Bruno - Vocal e Guitarra
Wilian Gonsalves - Guitarra
Rafael Faria - Baixo
Ney Paulino - Bateria
Contato e Merchandising:
desdominus_desdominus@hotmail.com
Sites relacionados:
www.facebook.com/desdominus
awww.metalmedia.com.br/desdominus
O Death Metal tem mesmo surpreendido cada vez mais seus fãs, a cada dia que passa ele nos traz hordas cada vez mais excelentes em nível musical e técnico, mantendo assim, os Deathbangers sempre de pratos recheados e primorosos.
Movido por uma insanidade extrema, com composições bem elaboradas, uma técnica brutal e uma variada mesclagem do extremo ao atmosférico, o Desdominus, ativo desde 1993, segue destruindo toda hipocrisia religiosa e humana à sua frente; atacando de forma critica e demolindo velhos e podres conceitos.
"Uncreation", seu terceiro trabalho de estúdio, gravado no Estúdio Fuzza em Americana/ SP, com produção de Ricardo Biancarelli, e lançando em parceria com os selos: Misanthropic Records, Brutaller Records, Heavy Metal Rock Records e Impaled Records, quebra, de cara, todas as barreiras de expectativas.
São exatas dez faixas dando origem à um tracklist seco, ríspido e fortemente agressivo, incluindo doses de melodias e elementos distintos. O disco em si se mantém em patamares elevadíssimos da música extrema, mostrando a evolução técnica dos músicos de uma forma robusta, mas natural e coesa investindo claramente no trabalho coletivo, sem sobras para qualquer individualismo.
O acrescimo de pegadas Black Metal em vários momentos, inclusive destacado nos vocais viscerais e raivosos de Paolo Bruno, é mesmo outro pronto de vitalidade aqui. Riffs banhados em fúria e sangue são despejados ininterruptivamente pelas guitarras de Paolo Bruno e Wilian Gonsalves, abrasivos, cortantes e destilando doses mortais de ódio e agressividade, incorporando também o espaço para solos extensos e carregados de melodia.
Mostrando tamanho amadurecimento de sua sonoridade e propagando muita técnica, variação rítmica e brada personalidade, "Uncreation" é uma verdadeira aula de metal extremo, rompendo todo e qualquer espaço para críticas de mal gosto. O Desdominus trabalhou e acertou em cheio - não uma, mais várias - pedradas na orelha de muita gente!
A arte da capa ficou a cargo do conceituado artista Rafael Tavares, que já trabalhou com bandas como: NervoChaos, Amen Corner, Anarkhon, Immolation, Vulture, Cauterization, Queiron e etc, que conseguiu deixar o trabalho ainda mais refinado com um encarte belíssimo aos olhos.
As faixas com o selo: "qualidade insana de excelência" são: "Certo e Convicto", unica música do disco cantada em língua nativa, abrindo o disco da maneira mais bruta possível. Logo em seguida temos a violenta e com ótimos solos: "Erase The God Within"; "Uncreation" é responsável pelo êxtase desse disco, agressiva e insana, ela acaba qalquer tímpano saudavel. A curta e instrumental "Introspection", é uma pausa na brutalidade, porém bem interessante, remetendo o Atmospheric Black Metal que logo em seguida é pisoteado pela pancadaria de "Inner Elevation".
O Desdominus certamente encontra-se no seu melhor momento, cravado até o pescoço nas linhas da evolução, e pode ter a absoluta certeza de que lançou ao mundo uma obra magnifica e marcante!
Um dos maiores lançamentos de 2015! Menos falação, mais aquisição!
Músicas:
1. Certo e Convicto
2. Erase The God Within
3. Uncreation ➤
4. Sacred Scrolls Of Holy Lies ➤
5. Cathedra
6. Introspection (Inst.)
7. Inner Elevation
8. Waves Collide
9. Beyond The Allowed
10. Sublimation (Inst.)
Integrantes:
Paolo Bruno - Vocal e Guitarra
Wilian Gonsalves - Guitarra
Rafael Faria - Baixo
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Sites relacionados:
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awww.metalmedia.com.br/desdominus
07 outubro, 2015
Resenhas: Brutallian: O Poderoso "Blow On The Eye".
Resenhado por Ygor Nogueira.
Com influências latentes de bandas como JUDAS PRIEST, ACCEPT, ANTHRAX, e adepto às bases do metal tradicional e old school, o quarteto maranhense dono de uma sonoridade robusta e vibrante: BRUTALLIAN, ergue seus punhos e marcha para guerra com força total em 2015!
O intitulado álbum de estreia "Blow On The Eye", que contou com a produção de Felipe Hyily e Cid Campelo, é uma das grandes revelações do ano surpreendendo com facilidade por sua qualidade e produção, arrecadando demasiados elogios da mídia underground local e estrangeira.
Temos um disco feroz e enérgico. Riffs vigorosos, enraizados e firmes, solos realmente insanos - transbordando força e muito energia - esbanjando peso sem medidas mas sempre muito bem calibrados. Melodias consistentes, refrões grudentos, pegadas abrasivas, agressivas e fortes soando com extrema clareza e cadência. O entrosamento bem encaixado dos músicos data coesão e maestria, uma produção que carrega muita personalidade, feeling e grooves no talo!
Os timbres raçudos de Pablo Barros são de fato ressaltes excelentes e relevantes, com vocais bem lapidados e certeiros nos encaixes ele soa potente e coeso usando muito bem sua técnica e fazendo um trabalho muito peculiar, deixando a música do Brutallian ainda mais chamativa, diferente e abrasiva.
Sem muitas delongas "Blow On The Eye" é aquele soco na boca do estômago, cheio de potência, furioso e raivoso. Uma verdadeira pancada de deixar grandes cicatrizes. Bravo e consistente do começo ao fim, o disco é um dos mais diretos e interessantes do ano, digno de aquisição e total recomendação entre os melhores.
Músicas:
01. A Prelude to Aggression
02. Blow on the Eye
03. Black Karma
04. Primal Sigh
05. Psycho Excuse
06. You Can’t Deny Hate
07. Hell is Coming tith Me
08. I, the Scoundrel
09. Pain Masterpiece
Integrantes:
Pablo Barros - Vocais
Rhodes Johnson - Guitarras
Fábio Matta - Baixo
Rayan Oliveira - Bateria
Contato e Merchandising:
www.facebook.com/brutallian?fref=ts
Com influências latentes de bandas como JUDAS PRIEST, ACCEPT, ANTHRAX, e adepto às bases do metal tradicional e old school, o quarteto maranhense dono de uma sonoridade robusta e vibrante: BRUTALLIAN, ergue seus punhos e marcha para guerra com força total em 2015!
O intitulado álbum de estreia "Blow On The Eye", que contou com a produção de Felipe Hyily e Cid Campelo, é uma das grandes revelações do ano surpreendendo com facilidade por sua qualidade e produção, arrecadando demasiados elogios da mídia underground local e estrangeira.
Temos um disco feroz e enérgico. Riffs vigorosos, enraizados e firmes, solos realmente insanos - transbordando força e muito energia - esbanjando peso sem medidas mas sempre muito bem calibrados. Melodias consistentes, refrões grudentos, pegadas abrasivas, agressivas e fortes soando com extrema clareza e cadência. O entrosamento bem encaixado dos músicos data coesão e maestria, uma produção que carrega muita personalidade, feeling e grooves no talo!
Os timbres raçudos de Pablo Barros são de fato ressaltes excelentes e relevantes, com vocais bem lapidados e certeiros nos encaixes ele soa potente e coeso usando muito bem sua técnica e fazendo um trabalho muito peculiar, deixando a música do Brutallian ainda mais chamativa, diferente e abrasiva.
Sem muitas delongas "Blow On The Eye" é aquele soco na boca do estômago, cheio de potência, furioso e raivoso. Uma verdadeira pancada de deixar grandes cicatrizes. Bravo e consistente do começo ao fim, o disco é um dos mais diretos e interessantes do ano, digno de aquisição e total recomendação entre os melhores.
Músicas:
01. A Prelude to Aggression
02. Blow on the Eye
03. Black Karma
04. Primal Sigh
05. Psycho Excuse
06. You Can’t Deny Hate
07. Hell is Coming tith Me
08. I, the Scoundrel
09. Pain Masterpiece
Integrantes:
Pablo Barros - Vocais
Rhodes Johnson - Guitarras
Fábio Matta - Baixo
Rayan Oliveira - Bateria
Contato e Merchandising:
www.facebook.com/brutallian?fref=ts
06 outubro, 2015
Resenhas: Rage Darkness: Uma Proposta Diferente, de Muita Qualidade!
Resenhado por Ygor Nogueira.
O metal extremo vem sofrendo mudanças nos últimos tempos, algumas bem interessantes e outras com um menor alcance, mas tais evoluções ou experimentos, vem atraindo cada vez mais músicos que decidem apostar na proposta e muitos desses tem colhido resultados favoráveis atraindo uma legião de fãs.
Fugindo do tradicionalismo e investindo na modernidade, o Rage Darkness, grupo paranaense formado em 2008, aposta suas fixas numa mesclagem dos mais variados estilos, o que acaba resultando numa personalidade bem exclusiva.
Na onda dos lançamentos virtuais como primeira opção, o Rage Darkness abre o segundo semestre de 2015 lançando seu primeiro full length, o intitulado: “Engine of Misanthropy”.
Gravado no Studio Bunker em Curitiba com gravação, mixagem e masterização por Alexandre Cegalla, e tendo a capa assinada pelo artista Jean Michel (Keep Of Kalessin, Incantation, Ragnarok), o disco em si é mistura personalificada de nuances do Dark, Death, Modern, Prog, Gothic e Black em sua música, o que faz com que a banda dispense-se das rotulações.
Trazendo um tracklist de dez músicas diversificadas e bem originais, o disco é composto por uma linhagem agressiva mas com picos de sutilidade em determinados momentos. Tamanha variação é repleta de riffs pesados, robustos, brutais e abrasivos, solos bem elaborados e marcantes e outrora de pegadas mais vibradas e cheias de melodia.
Uma produção qualificada, dando uma sonoridade muito bem equilibrada e intensiva, dosada primorosamente entre cadencia e melancolia por parte de todos os instrumentos que soam com clareza e exatidão, deixando tudo bem diferencial e destacado. Ótimos arranjos, composições rítmicas bem acentuadas e um trabalho vocal muito bem nivelado e incrementado, mostrando-se firme e coeso em todos os ritmos presentes. Um ponto forte e interessante do trabalho.
Intenso e rico em detalhes, "Engine of Misanthropy" chama atenção daqueles que procuram algo diferente, porém técnico e pesado, fugindo literalmente do óbvio. Sem dúvidas de que o Rage Darkness colherá bons frutos com esse disco, fazendo a diferença com muita competência. Vale a aquisição!
Músicas:
01. Intro
02. Morphine
03. Fear of Change
04. Virus
05. Behind Your Eyes
06. Thanks for Your Hostility
07. Pain Farewell
08. Trial of Hate
09. Inner Self
10. Silent War
11. Engine of Misanthropy
Integrantes:
Vinne – Vocais, Guitarras
Juliano Moser – Guitarra Solo
Caco Ramos – Baixo
Rafael Marques – Bateria
Contato e Merchandising:
ragedarkness@outlook.com
Sites relacionados:
www.ragedarkness.com
www.metalmedia.com.br/ragedarkness
O metal extremo vem sofrendo mudanças nos últimos tempos, algumas bem interessantes e outras com um menor alcance, mas tais evoluções ou experimentos, vem atraindo cada vez mais músicos que decidem apostar na proposta e muitos desses tem colhido resultados favoráveis atraindo uma legião de fãs.
Fugindo do tradicionalismo e investindo na modernidade, o Rage Darkness, grupo paranaense formado em 2008, aposta suas fixas numa mesclagem dos mais variados estilos, o que acaba resultando numa personalidade bem exclusiva.
Na onda dos lançamentos virtuais como primeira opção, o Rage Darkness abre o segundo semestre de 2015 lançando seu primeiro full length, o intitulado: “Engine of Misanthropy”.
Gravado no Studio Bunker em Curitiba com gravação, mixagem e masterização por Alexandre Cegalla, e tendo a capa assinada pelo artista Jean Michel (Keep Of Kalessin, Incantation, Ragnarok), o disco em si é mistura personalificada de nuances do Dark, Death, Modern, Prog, Gothic e Black em sua música, o que faz com que a banda dispense-se das rotulações.
Trazendo um tracklist de dez músicas diversificadas e bem originais, o disco é composto por uma linhagem agressiva mas com picos de sutilidade em determinados momentos. Tamanha variação é repleta de riffs pesados, robustos, brutais e abrasivos, solos bem elaborados e marcantes e outrora de pegadas mais vibradas e cheias de melodia.
Uma produção qualificada, dando uma sonoridade muito bem equilibrada e intensiva, dosada primorosamente entre cadencia e melancolia por parte de todos os instrumentos que soam com clareza e exatidão, deixando tudo bem diferencial e destacado. Ótimos arranjos, composições rítmicas bem acentuadas e um trabalho vocal muito bem nivelado e incrementado, mostrando-se firme e coeso em todos os ritmos presentes. Um ponto forte e interessante do trabalho.
Intenso e rico em detalhes, "Engine of Misanthropy" chama atenção daqueles que procuram algo diferente, porém técnico e pesado, fugindo literalmente do óbvio. Sem dúvidas de que o Rage Darkness colherá bons frutos com esse disco, fazendo a diferença com muita competência. Vale a aquisição!
Músicas:
01. Intro
02. Morphine
03. Fear of Change
04. Virus
05. Behind Your Eyes
06. Thanks for Your Hostility
07. Pain Farewell
08. Trial of Hate
09. Inner Self
10. Silent War
11. Engine of Misanthropy
Integrantes:
Vinne – Vocais, Guitarras
Juliano Moser – Guitarra Solo
Caco Ramos – Baixo
Rafael Marques – Bateria
Contato e Merchandising:
ragedarkness@outlook.com
Sites relacionados:
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05 outubro, 2015
Resenhas: HellArise: Uma Agressividade Massiva.
Resenhado por Ygor Nogueira.
Fundado em 2009, o HellArise, oriundo de São Paulo-SP, chama atenção por seu dinamismo, peso latente e técnica aguçada. Banhado no Death Metal e flertando com as linhagens Thrasher's, o som emanado pelo quarteto é de muita competência, com doses altas de uma agressividade massiva.
“Functional Disorder'' é surpreende desde sua origem! O EP, que foi gravado em 2013 no Estúdio Pedrada e teve a capa assinada pela artista Vivian Mota, da Rabiscorama, foi lançado inicialmente apenas em formato virtual tendo sua edição física lançada apenas em 2014 através do site Catarse, numa espécie de financiando coletivo. Tal financiando resultou em belíssimo digipack luxuoso.
Com um impacto grande e direto, o single “More Mindless Violence”, literalmente chuta as portas, abrindo o EP da forma mais bruta possível. Logo de início é perceptível o excelente trabalho que flui dos vocais agressivos e insanos de Flávia Morniëtári, sólidos e urrados em todas as faixas. Mirella Max encarrega-se de temperar as cinco composições com arranjos simples, porém muito cadenciados e bem trabalhados, solos firmes e matadores com direito a uma pegada heavy metal.
A gravação de alto patamar, com excelente nivelação deixando todos os instrumentos soando com clareza, deu também uma chamada para a pegada consistente da bateria, destacando os bumbos muito bem.
É mesmo de impressionar que um formato tão pequeno esbanje tamanha técnica e qualidade, regrada por melodias marcantes e com muita criatividade, o que enriquece ainda mais o trabalho. “Functional Disorder'' deixa evidente já na primeira audição ser digno de respeito e aquisição e difícil de ressaltar destaques, pois sua essência em si já o torna viciante.
O "repeat" é garantido, assim como o gostinho por um debut!
Músicas:
01. More Mindless Violence
02. I Don't Believe
03. More Than Alive
04. Functional Disorder
05. Rest in Piaces (Good Old Feeling)
EP para audição gratuita:
www.youtube.com/watch?v=7-HRg3dQVW0
Integrantes:
Flávia Morniëtári - Vocais
Mirella Max - Guitarras
Kito Vallim - Baixo
Felippe Max - Bateria
Contato e Merchandising:
contact@hellarise.com
Sites Relacionados:
www.hellarise.com
www.metalmedia.com.br/hellarise
Fundado em 2009, o HellArise, oriundo de São Paulo-SP, chama atenção por seu dinamismo, peso latente e técnica aguçada. Banhado no Death Metal e flertando com as linhagens Thrasher's, o som emanado pelo quarteto é de muita competência, com doses altas de uma agressividade massiva.
“Functional Disorder'' é surpreende desde sua origem! O EP, que foi gravado em 2013 no Estúdio Pedrada e teve a capa assinada pela artista Vivian Mota, da Rabiscorama, foi lançado inicialmente apenas em formato virtual tendo sua edição física lançada apenas em 2014 através do site Catarse, numa espécie de financiando coletivo. Tal financiando resultou em belíssimo digipack luxuoso.
Com um impacto grande e direto, o single “More Mindless Violence”, literalmente chuta as portas, abrindo o EP da forma mais bruta possível. Logo de início é perceptível o excelente trabalho que flui dos vocais agressivos e insanos de Flávia Morniëtári, sólidos e urrados em todas as faixas. Mirella Max encarrega-se de temperar as cinco composições com arranjos simples, porém muito cadenciados e bem trabalhados, solos firmes e matadores com direito a uma pegada heavy metal.
A gravação de alto patamar, com excelente nivelação deixando todos os instrumentos soando com clareza, deu também uma chamada para a pegada consistente da bateria, destacando os bumbos muito bem.
É mesmo de impressionar que um formato tão pequeno esbanje tamanha técnica e qualidade, regrada por melodias marcantes e com muita criatividade, o que enriquece ainda mais o trabalho. “Functional Disorder'' deixa evidente já na primeira audição ser digno de respeito e aquisição e difícil de ressaltar destaques, pois sua essência em si já o torna viciante.
O "repeat" é garantido, assim como o gostinho por um debut!
Músicas:
01. More Mindless Violence
02. I Don't Believe
03. More Than Alive
04. Functional Disorder
05. Rest in Piaces (Good Old Feeling)
EP para audição gratuita:
www.youtube.com/watch?v=7-HRg3dQVW0
Integrantes:
Flávia Morniëtári - Vocais
Mirella Max - Guitarras
Kito Vallim - Baixo
Felippe Max - Bateria
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03 outubro, 2015
Resenhas: Unearthly: Referência No Metal Extremo Mundial!
Resenhado por Ygor Nogueira.
Fundada em 1998 no Rio de Janeiro, tendo em sua discografia atual cinco álbuns oficiais, além de um EP, dois Ao Vivo e um DVD, em seus quase dezoito anos de carreira o Unearthly é considerado, se não o maior, representante do Black Metal Latino-americano e o principal nome do Black Metal no Brasil.
Sempre muito competentes e compromissados com seu som esses verdadeiros monstros cariocas nos brindaram em 2014 com a produção excepcional de "The Unearthly".
O quinto trabalho oficial, lançado pela Shinigami Records, foi gravado no Rio de Janeiro, no estúdio AM, com produção de Fernando Campos. A masterização ficou a cargo do ex-Rotting Christ George Bokos. A capa ficou sob responsabilidade de dois músicos da própria banda, M. Mictian e F. Eregion. Toda concepção nas mãos do baixista e a edição do trabalho nas mãos do vocalista. O disco é apresentado em formato digipack de alto nível, com imagens inspiradas nos temas das letras, assim, tornando-se também uma obra primorosa também no contexto visual.
De extrema maturidade e tamanha personalidade, "The Unearthly" é o marco definitivo na afirmação e consolidação da banda entre os gigantes do metal extremo mundial! Batizado em sangue, o trabalho carrega profissionalismo, ousadia, fúria latente, consistência e constante evolução em onze faixas matadoras e bem articuladas. O grupo arriscou e acertou em cheio ao fazer a inclusão de vários elementos da música e cultura brasileira ao seu som, conseguindo inovar bradamente dentro da música extrema! O talento e a técnica individual de cada músico fez toda diferença no resultado coletivo final.
Todas as faixas mostram um potencial monstruoso, músicas bem executadas, essencialmente lapidadas e prontas para cravarem mente à fundo. Hits grudentos e refrões que soam como verdadeiros salmos regados de pura blasfêmia, se tornando aclamados hinos.
É quase que impossível destacar ou gostar de duas ou três faixas desse disco quando todas elas prendem sua atenção logo nos primeiros riffs. Por ex: a impiedosa "The Sin Offering" que chega rasgando timpanos com sua extrema brutalidade; “The Confidence of Faith” numa mistura de peso e agressividade; "Eshu", um verdadeiro culto à referente entidade de religiões afro-brasileiras. Também é a primeira música da banda cantada em português, a canção ficou uma cacetada abrasiva com toda pegada do metal. "The Unearthly", faixa que carrega o título do disco exibe técnica e agressividade nas pegadas virulentas do seu refrão; “Agens Mortis” é sem dúvidas uma das melhores, brutal, ríspida e de mais um refrão grudento, profano e violento; "The Dove and the Crow" com uma constante variação rítmica e vocal durante toda a faixa, mistura de calmaria e cadência magníficas; e "Aisle to Everything" encerra o disco de forma seca e bruta, nos Blast-beats de Bráulio Drummond - o bateria do Unearthly é glamourosa de cabo à rabo, e não poderia ser melhor representada do que já é!
"The Unearthly" é claramente o melhor trabalho da banda e uma referência a altura aos clássicos e conceituados discos de black metal. O resultado disso são as extensas turnês nacionais e no exterior, colhendo todos os bons frutos e fazendo cada dia à mais uma legião de "Blackbangers" pelo mundo todo. Totalmente aquisitivo e indispensável!
Músicas:
1. The Sin Offering
2. The Confidence of Faith
3. Eshu
4. The Unearthly
5. Agens Mortis
6. Chant from the Unearthly Rites
7. Where the Sky Bleeds in Red
8. The Dove and the Crow
9. From Womb to Reborn
10. The Fire of Creation
11. Aisle to Everything
Escute o disco:
www.youtube.com/watch?v=5NSYuae_pK4
Compre o disco:
http://goo.gl/Dg623u
Contato e Merchandising:
shows@theunearthly.com
Sites Relacionados:
www.theunearthly.com
www.facebook.com/unearthly.official
www.metalmedia.com.br/unearthly
Fundada em 1998 no Rio de Janeiro, tendo em sua discografia atual cinco álbuns oficiais, além de um EP, dois Ao Vivo e um DVD, em seus quase dezoito anos de carreira o Unearthly é considerado, se não o maior, representante do Black Metal Latino-americano e o principal nome do Black Metal no Brasil.
Sempre muito competentes e compromissados com seu som esses verdadeiros monstros cariocas nos brindaram em 2014 com a produção excepcional de "The Unearthly".
O quinto trabalho oficial, lançado pela Shinigami Records, foi gravado no Rio de Janeiro, no estúdio AM, com produção de Fernando Campos. A masterização ficou a cargo do ex-Rotting Christ George Bokos. A capa ficou sob responsabilidade de dois músicos da própria banda, M. Mictian e F. Eregion. Toda concepção nas mãos do baixista e a edição do trabalho nas mãos do vocalista. O disco é apresentado em formato digipack de alto nível, com imagens inspiradas nos temas das letras, assim, tornando-se também uma obra primorosa também no contexto visual.
De extrema maturidade e tamanha personalidade, "The Unearthly" é o marco definitivo na afirmação e consolidação da banda entre os gigantes do metal extremo mundial! Batizado em sangue, o trabalho carrega profissionalismo, ousadia, fúria latente, consistência e constante evolução em onze faixas matadoras e bem articuladas. O grupo arriscou e acertou em cheio ao fazer a inclusão de vários elementos da música e cultura brasileira ao seu som, conseguindo inovar bradamente dentro da música extrema! O talento e a técnica individual de cada músico fez toda diferença no resultado coletivo final.
Todas as faixas mostram um potencial monstruoso, músicas bem executadas, essencialmente lapidadas e prontas para cravarem mente à fundo. Hits grudentos e refrões que soam como verdadeiros salmos regados de pura blasfêmia, se tornando aclamados hinos.
É quase que impossível destacar ou gostar de duas ou três faixas desse disco quando todas elas prendem sua atenção logo nos primeiros riffs. Por ex: a impiedosa "The Sin Offering" que chega rasgando timpanos com sua extrema brutalidade; “The Confidence of Faith” numa mistura de peso e agressividade; "Eshu", um verdadeiro culto à referente entidade de religiões afro-brasileiras. Também é a primeira música da banda cantada em português, a canção ficou uma cacetada abrasiva com toda pegada do metal. "The Unearthly", faixa que carrega o título do disco exibe técnica e agressividade nas pegadas virulentas do seu refrão; “Agens Mortis” é sem dúvidas uma das melhores, brutal, ríspida e de mais um refrão grudento, profano e violento; "The Dove and the Crow" com uma constante variação rítmica e vocal durante toda a faixa, mistura de calmaria e cadência magníficas; e "Aisle to Everything" encerra o disco de forma seca e bruta, nos Blast-beats de Bráulio Drummond - o bateria do Unearthly é glamourosa de cabo à rabo, e não poderia ser melhor representada do que já é!
"The Unearthly" é claramente o melhor trabalho da banda e uma referência a altura aos clássicos e conceituados discos de black metal. O resultado disso são as extensas turnês nacionais e no exterior, colhendo todos os bons frutos e fazendo cada dia à mais uma legião de "Blackbangers" pelo mundo todo. Totalmente aquisitivo e indispensável!
Músicas:
1. The Sin Offering
2. The Confidence of Faith
3. Eshu
4. The Unearthly
5. Agens Mortis
6. Chant from the Unearthly Rites
7. Where the Sky Bleeds in Red
8. The Dove and the Crow
9. From Womb to Reborn
10. The Fire of Creation
11. Aisle to Everything
Escute o disco:
www.youtube.com/watch?v=5NSYuae_pK4
Compre o disco:
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26 setembro, 2015
Resenhas: Crom: Tradicional e Abrasivo.
Resenhado por Ygor Nogueira.
Muitas bandas andam resgatando aquele metal tradicional dos anos oitenta, e a maioria delas tem feito um trabalho excelente com essa sonoridade mais crua e abrasiva. Usando de muita técnica, energia e sentimento, o grupo paulista CROM, vem seguindo a cartilha dessa velha escola do metal, executando um som honesto e fluente desde 1992.
Ainda em formato "Demo", "We Are Steel Part II" foi gravado no estúdio Feeling Ritmos & Cordas (Studio Áudio Produções, assim como o "Part I", com a produção do renomado Alexandre Freitas (Tublues), ambos marcando o retorno da banda após anos inativos.
Um retorno com os dois pés firmes no metal!
"We Are Steel Part II" transparece toda bravura naqueles cenários metafóricos de guerra, mortes, lutas, executando um som muito empolgante aos amantes do gênero, com direito a feeling de sobra. É exatamente essa pegada carregada que torna a música do Crom mais abrasiva e destilada em fúria.
De pegadas mais bradas à melodias mais suaves, o trabalho de guitarras é encarregado de alavancar todas as composições, nos dando riffs grudentos e solos enérgicos, dignos de batalhas medievais. Instrumentos como baixo e bateria aparecem mais marcantes e temperados, e isso chama muito atenção para o conjunto rítmico mantido sempre forte e pesado. Os vocais são muito bem alinhados e firmes, demonstrando excelentes timbres cheios de variações.
"We Are Steel Part II" é um ótimo recomeço para a banda, e apesar de curto, é empolgante, acendendo a chama-metal com honra e coragem. Passa da hora do Crom começar a pensar em um debut pra logo. Isso seria uma pedida e tanto!
Músicas:
1 - Intro (A New Battle)
2 - The Hate of World
3 - Dammed School
4 - Na Calada da Noite (Harppia cover)
5 - Crom (Instrumental)
6 - The Final Lament
DEMO para download gratuito:
www.bit.ly/1hjsTof
Contato e Merchandising:
cezar-heavy@bol.com.br
Sites Relacionados:
www.facebook.com/crombrazil
www.metalmedia.com.br/crom
Muitas bandas andam resgatando aquele metal tradicional dos anos oitenta, e a maioria delas tem feito um trabalho excelente com essa sonoridade mais crua e abrasiva. Usando de muita técnica, energia e sentimento, o grupo paulista CROM, vem seguindo a cartilha dessa velha escola do metal, executando um som honesto e fluente desde 1992.
Ainda em formato "Demo", "We Are Steel Part II" foi gravado no estúdio Feeling Ritmos & Cordas (Studio Áudio Produções, assim como o "Part I", com a produção do renomado Alexandre Freitas (Tublues), ambos marcando o retorno da banda após anos inativos.
Um retorno com os dois pés firmes no metal!
"We Are Steel Part II" transparece toda bravura naqueles cenários metafóricos de guerra, mortes, lutas, executando um som muito empolgante aos amantes do gênero, com direito a feeling de sobra. É exatamente essa pegada carregada que torna a música do Crom mais abrasiva e destilada em fúria.
De pegadas mais bradas à melodias mais suaves, o trabalho de guitarras é encarregado de alavancar todas as composições, nos dando riffs grudentos e solos enérgicos, dignos de batalhas medievais. Instrumentos como baixo e bateria aparecem mais marcantes e temperados, e isso chama muito atenção para o conjunto rítmico mantido sempre forte e pesado. Os vocais são muito bem alinhados e firmes, demonstrando excelentes timbres cheios de variações.
"We Are Steel Part II" é um ótimo recomeço para a banda, e apesar de curto, é empolgante, acendendo a chama-metal com honra e coragem. Passa da hora do Crom começar a pensar em um debut pra logo. Isso seria uma pedida e tanto!
Músicas:
1 - Intro (A New Battle)
2 - The Hate of World
3 - Dammed School
4 - Na Calada da Noite (Harppia cover)
5 - Crom (Instrumental)
6 - The Final Lament
DEMO para download gratuito:
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Contato e Merchandising:
cezar-heavy@bol.com.br
Sites Relacionados:
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25 setembro, 2015
Resenhas: Hellmotz: Um Ótimo Disco de Estréia!
Resenhado por Ygor Nogueira.
O Southern Metal, ainda não muito falado ou não muito conhecido de maneira escrachada, vem ganhando força no cenário metálico mundial, e nesse crescimento eis que o quarteto fundado em 2009, em Campo Grande - Mato Grosso do Sul, HELLMOTZ, é um dos grandes destaques do gênero.
Com alguns materiais lançados anteriormente: Redneck Rampage (DEMO, 2010), Full Throttle (WEB SINGLE, 2013) e uma participação no CD Tributo ao Zumbis do Espaço, de 2014. Mas foi em 2015, quase seis anos depois, que és lançado o primogênito filho da banda, o intitulado: "South Born".
Gravado no estúdio Anubis, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, produzido e mixado pelas mãos de Aldo Carmine, o primeiro full length mostra grande evolução dos músicos, apresentando um trabalho qualificado e regrado à risca com peso abundante.
A música do grupo aspira influências do Thrash, Death e até mesmo do Country fundido com um pouco da cultura regional de seu estado de origem, dando assim uma dose certa de personalidade ao som que não mostra-se cansativo, mas sim, cheio de grooves em meio à agressividade espirradas dos arranjos de guitarra de Marcos Thadeu Lima, que carrega a sonoridade com uma ótima variação entre velocidade, cadencia e linhas mais melódicas. O baixo de Alex Bittencourt também se faz muito presente em todas as composições, dando aquelas pontadas de grave e feeling nas músicas. Para completar essa pegada-velho-oeste bem azeda, isso no melhor sentido possível, tem os urros vocais de Hélio Canto na linha de frente desse time, orquestrando tudo com maestria.
Um disco de sonoridade distorcida, gordurosa, mas de bastante clareza. Clareza essa, que não tira o peso garrido em momento algum.
Além de pesado, "South Born" apresenta um conceito diferencial na arte da capa, que ficou à cargo do tatuador Bismarck Baioni. A arte que retrara aquele cenário "morto" do velho-oeste foi feita em um corpo de um violão, algo nada comum e bem diferencial, e como o Hellmotz sempre busca passar uma imagem nada convencional em sua música, o desenho caiu como uma luva na proposta apresentada pelo grupo.
Os destaques desse trabalho resumem-se em:
Mike Phillips (The Formidable Bastard): sem duvidas, o hit mais marcante e abrasivo do disco, com riffs e solo muito bem pegado.
Wielding the Axe: com um ótima váriação rítmica entre agressividade, técnica e cadencia.
Southern Rulez: remete uma atmosfera de "fuga", bem tirada dos filmes de faroeste.
Pentakill: a faixa soa de forma violenta e dá um destaque muito bom aos trabalhos vocais alinhados às guitarras cheias de rispidez.
Balada do Pistoleiro: faixa retirada do tributo aos Zumbis do Espaço encerra o disco com um ótima versão, mas firme, agressiva e muito rítmica.
"South Born" tem seu impacto fundamental ao grupo, abrindo muito bem as portas de boas vindas e fazendo-se uma ótima revelação em 2015.
Músicas:
01. Mike Phillips (The Formidable Bastard)
02. Wielding the Axe
03. Defiance
04. Booze & Girls
05. Southern Rulez
06. Pentakill
07. Full Throttle (to Hell On a Harley)
08. Chainsaw Battlefield
09. Green Visitors
10. South Born
11. Balada do Pistoleiro
Integrantes:
Hélio Canto – Vocais
Marcos Thadeu Lima – Guitarras
Alex Bittencourt – Baixo
Lucas Medeiros – Bateria
Contato e Merchandising:
hellmotzsouthernmetal@gmail.com
Sites relacionados:
www.hellmotz.com
www.facebook.com/officialhellmotz
www.metalmedia.com.br/hellmotz
O Southern Metal, ainda não muito falado ou não muito conhecido de maneira escrachada, vem ganhando força no cenário metálico mundial, e nesse crescimento eis que o quarteto fundado em 2009, em Campo Grande - Mato Grosso do Sul, HELLMOTZ, é um dos grandes destaques do gênero.
Com alguns materiais lançados anteriormente: Redneck Rampage (DEMO, 2010), Full Throttle (WEB SINGLE, 2013) e uma participação no CD Tributo ao Zumbis do Espaço, de 2014. Mas foi em 2015, quase seis anos depois, que és lançado o primogênito filho da banda, o intitulado: "South Born".
Gravado no estúdio Anubis, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, produzido e mixado pelas mãos de Aldo Carmine, o primeiro full length mostra grande evolução dos músicos, apresentando um trabalho qualificado e regrado à risca com peso abundante.
A música do grupo aspira influências do Thrash, Death e até mesmo do Country fundido com um pouco da cultura regional de seu estado de origem, dando assim uma dose certa de personalidade ao som que não mostra-se cansativo, mas sim, cheio de grooves em meio à agressividade espirradas dos arranjos de guitarra de Marcos Thadeu Lima, que carrega a sonoridade com uma ótima variação entre velocidade, cadencia e linhas mais melódicas. O baixo de Alex Bittencourt também se faz muito presente em todas as composições, dando aquelas pontadas de grave e feeling nas músicas. Para completar essa pegada-velho-oeste bem azeda, isso no melhor sentido possível, tem os urros vocais de Hélio Canto na linha de frente desse time, orquestrando tudo com maestria.
Um disco de sonoridade distorcida, gordurosa, mas de bastante clareza. Clareza essa, que não tira o peso garrido em momento algum.
Além de pesado, "South Born" apresenta um conceito diferencial na arte da capa, que ficou à cargo do tatuador Bismarck Baioni. A arte que retrara aquele cenário "morto" do velho-oeste foi feita em um corpo de um violão, algo nada comum e bem diferencial, e como o Hellmotz sempre busca passar uma imagem nada convencional em sua música, o desenho caiu como uma luva na proposta apresentada pelo grupo.
Os destaques desse trabalho resumem-se em:
Mike Phillips (The Formidable Bastard): sem duvidas, o hit mais marcante e abrasivo do disco, com riffs e solo muito bem pegado.
Wielding the Axe: com um ótima váriação rítmica entre agressividade, técnica e cadencia.
Southern Rulez: remete uma atmosfera de "fuga", bem tirada dos filmes de faroeste.
Pentakill: a faixa soa de forma violenta e dá um destaque muito bom aos trabalhos vocais alinhados às guitarras cheias de rispidez.
Balada do Pistoleiro: faixa retirada do tributo aos Zumbis do Espaço encerra o disco com um ótima versão, mas firme, agressiva e muito rítmica.
"South Born" tem seu impacto fundamental ao grupo, abrindo muito bem as portas de boas vindas e fazendo-se uma ótima revelação em 2015.
Músicas:
01. Mike Phillips (The Formidable Bastard)
02. Wielding the Axe
03. Defiance
04. Booze & Girls
05. Southern Rulez
06. Pentakill
07. Full Throttle (to Hell On a Harley)
08. Chainsaw Battlefield
09. Green Visitors
10. South Born
11. Balada do Pistoleiro
Integrantes:
Hélio Canto – Vocais
Marcos Thadeu Lima – Guitarras
Alex Bittencourt – Baixo
Lucas Medeiros – Bateria
Contato e Merchandising:
hellmotzsouthernmetal@gmail.com
Sites relacionados:
www.hellmotz.com
www.facebook.com/officialhellmotz
www.metalmedia.com.br/hellmotz
19 setembro, 2015
Resenhas: A Red Nightmare: Prepare-se Para O Pesadelo!
Resenhado por Ygor Nogueira.
Se você é daqueles que temem pesadelos, agora terá um bom motivo para continuar temendo todas as noites.
Abraçando com ferocidade o Brutal Death Metal, e vindos de Belém do Pará, o A RED NIGHTMARE sai em disparada ao mundo distribuindo verdadeiras cacetadas sem vê à quem.
Com um toque certo de modernidade e ousadia o bastante, o quarteto usa bem sua técnica, entrosamento e muita experiência dos músicos para levar sua música ao limite.
Apesar da auto-denominação de gênero, o autointitulado e primeiro full length desses capixabas alastra-se bem mais além: o trabalho dos guitarristas Igor Sampaio e Vinicius Carvalho é carregado de arranjos agressivos e cravados, muito bem elaborados em todas as canções - certamente é aqui que notamos toda a fúria e personalidade do grupo - riffs esmagadores e solos bem definidos tornando tudo extremamente impiedoso.
O massacre sonoro não para por ai! A destruição fica à cargo dos vocais rugidos e encorpados de Leon Ferreira, transpirando terror e brutalidade, começando na nada amigável "Demigod". A bateria pegada e violenta de Luciano Câmara é também um destaque e tanto nesse disco, afirmando-se em faixas como: "Hedonist", "Bane" e "A Red Nightmare PT III"; enquanto Marcos Saraiva marca de forma precisa com as quatro cordas.
Gravado nos estúdios The Coven (de propriedade da própria banda) e Ná Music, com produção do quinteto em parceria com Adair Daufembach o primogênito - regado entre o peso, a brutalidade e a cadência - conta com uma produção excelente de mixagem e masterização de tirar o fôlego rapidamente, garantindo muitas dores no pescoço. O material soa com clareza, mas extremamente pesado de cabo à rabo.
Gustavo Sazes - que também assina: Morbid Angel, Arch Enymy, Sodom e etc - tratou de deixar tudo ainda mais sinistro, cravando sua belíssima arte sanguinária na capa, deixando o material que vem em formato digipack, bem robusto e aterrorizante.
Como um dos melhores trabalhos lançados em 2014, não há dúvidas de que "A Red Nightmare" é mais que digno de audição e aquisição!
Mantenha-se preparado para muitos torcicolos!
Músicas:
01. Demigod
02. Hedonist
03. Lobotomedia
04. Bane
05. Enemy
06. A Red Nightmare Pt. I
07. A Red Nightmare Pt. II
08. A Red Nightmare Pt. III
09. Earth's Revenge
10. Koloniale Raubwirstschaft
11. While Someone Has Drowsiness
Integrantes:
Leon Ferreira - Vocal
Igor Sampaio - Guitarra
Vinicius Carvalho - Guitarra
Marcos Saraiva - Baixo
Luciano Câmara - Bateria
Contato e Merchandising:
arednightmare@gmail.com
Sites relacionados:
www.facebook.com/ARedNightmare
www.metalmedia.com.br/arednightmare
Se você é daqueles que temem pesadelos, agora terá um bom motivo para continuar temendo todas as noites.
Abraçando com ferocidade o Brutal Death Metal, e vindos de Belém do Pará, o A RED NIGHTMARE sai em disparada ao mundo distribuindo verdadeiras cacetadas sem vê à quem.
Com um toque certo de modernidade e ousadia o bastante, o quarteto usa bem sua técnica, entrosamento e muita experiência dos músicos para levar sua música ao limite.
Apesar da auto-denominação de gênero, o autointitulado e primeiro full length desses capixabas alastra-se bem mais além: o trabalho dos guitarristas Igor Sampaio e Vinicius Carvalho é carregado de arranjos agressivos e cravados, muito bem elaborados em todas as canções - certamente é aqui que notamos toda a fúria e personalidade do grupo - riffs esmagadores e solos bem definidos tornando tudo extremamente impiedoso.
O massacre sonoro não para por ai! A destruição fica à cargo dos vocais rugidos e encorpados de Leon Ferreira, transpirando terror e brutalidade, começando na nada amigável "Demigod". A bateria pegada e violenta de Luciano Câmara é também um destaque e tanto nesse disco, afirmando-se em faixas como: "Hedonist", "Bane" e "A Red Nightmare PT III"; enquanto Marcos Saraiva marca de forma precisa com as quatro cordas.
Gravado nos estúdios The Coven (de propriedade da própria banda) e Ná Music, com produção do quinteto em parceria com Adair Daufembach o primogênito - regado entre o peso, a brutalidade e a cadência - conta com uma produção excelente de mixagem e masterização de tirar o fôlego rapidamente, garantindo muitas dores no pescoço. O material soa com clareza, mas extremamente pesado de cabo à rabo.
Gustavo Sazes - que também assina: Morbid Angel, Arch Enymy, Sodom e etc - tratou de deixar tudo ainda mais sinistro, cravando sua belíssima arte sanguinária na capa, deixando o material que vem em formato digipack, bem robusto e aterrorizante.
Como um dos melhores trabalhos lançados em 2014, não há dúvidas de que "A Red Nightmare" é mais que digno de audição e aquisição!
Mantenha-se preparado para muitos torcicolos!
Músicas:
01. Demigod
02. Hedonist
03. Lobotomedia
04. Bane
05. Enemy
06. A Red Nightmare Pt. I
07. A Red Nightmare Pt. II
08. A Red Nightmare Pt. III
09. Earth's Revenge
10. Koloniale Raubwirstschaft
11. While Someone Has Drowsiness
Integrantes:
Leon Ferreira - Vocal
Igor Sampaio - Guitarra
Vinicius Carvalho - Guitarra
Marcos Saraiva - Baixo
Luciano Câmara - Bateria
Contato e Merchandising:
arednightmare@gmail.com
Sites relacionados:
www.facebook.com/ARedNightmare
www.metalmedia.com.br/arednightmare
15 setembro, 2015
Resenhas: Oligarquia: Uma instituição do Death Metal, digno de respeito e aquisição!
Resenhado por Ygor Nogueira.
Não sabemos ao certo quem surgiu primeiro, se foi a galinha, o ovo, ou Oligarquia, mas o que esse quarteto monstro - oriundo de São Paulo - tem de velho, tem de bom e experiente.
Iniciando suas atividades no ano de 1992 e já tendo lançado outros materiais: "Conviction of Death" (Demo, 1995) e "Really to be Dead" (Demo, 1999) e seu primeiro álbum oficial "Nechropolis" (CD, 2000) lançado nove anos depois e "Humanavirus" (CD, 2003), o Oligarquia tem todos os ingredientes essenciais da fase primordial do Death Metal: aquela dosagem monstra de Old School, agressividade matadora, violência e peso, muito peso mesmo!
Nesses longos 23 anos, entre o intervalo de um lançamento e outro, os paulistas seguiram arregaçando as mangas e distribuindo muito pancadaria e moshs insanos em seus shows. Mas foi em 2011 que a coisa ficou ainda mais sinistra.
Eis que “Distilling Hatred”, gravado no Top Noise Studios, mixado e masterizado por Ciero, no DaTribo Studio é lançado, chegando ao público no formato Semi Metalic Disc (SMD) e por um preço camarada.
Esse "disquinho" define muito bem a personalidade do Oligarquia, apresentando doze faixas metralhadas e repletas de inconformismo encorpado numa sonoridade extremamente violenta, de qualidade consistente, seja nas mais brutas e velozes como "When The Hate Dominate",
"Ignorance Prevails" e "Bloody Ideals" - nos vocais insanos de Max Hideo; ou seja nas mais densas como "L.O.V.E" e "Until The Next Day".
De riffs ríspidos e furiosos, pedradas mortais saindo das mãos de Panda Reis (Bateria) e vocais arrebatadores o terceiro full length do Oligarquia tem uma personalidade impactante grandiosa, e sem dúvidas, é uma obra requintada e fundamental para o gênero.
A capa ficou à cargo do artista Felipe Eregion, da Mysterian Art, dando assim a brutalidade visual do CD.
[. . Esgostado, “Distilling Hatred” será relançado no Chile, pelo selo Australis Records. No Brasil, o lançamento será feito em uma parceria entre os selos Poluição Sonora e Black Legion, ressaltando que desta vez o disco ganhará encarte e a tradicional caixinha acrílica, diferentemente da versão em SMD da primeira tiragem. .] Trecho retirado do site Metal Media.
De fato, o Oligarquia é uma instituição do Death Metal, digno de respeito e aquisição!
Músicas:
1. MMXII
2. When The Hate Dominate
3. Bloody Ideals
4. Ignorance Prevails
5. Consumed By Greed
6. L.O.V.E.
7. World In Convulsion
8. Until The Next Day
9. Here Comes The Pain
10. Cerebral Atrophy
11. Owner Of The World
12. Abyss Of Hatred
CD para audição gratuita:
www.youtube.com/watch?v=yGAuWyKH8jU
Contato e Merchandising:
oligarquia@oligarquaideath.com.br
Sites Relacionados:
www.oligarquiadeath.com.br
www.metalmedia.com.br/oligarquia
Não sabemos ao certo quem surgiu primeiro, se foi a galinha, o ovo, ou Oligarquia, mas o que esse quarteto monstro - oriundo de São Paulo - tem de velho, tem de bom e experiente.
Iniciando suas atividades no ano de 1992 e já tendo lançado outros materiais: "Conviction of Death" (Demo, 1995) e "Really to be Dead" (Demo, 1999) e seu primeiro álbum oficial "Nechropolis" (CD, 2000) lançado nove anos depois e "Humanavirus" (CD, 2003), o Oligarquia tem todos os ingredientes essenciais da fase primordial do Death Metal: aquela dosagem monstra de Old School, agressividade matadora, violência e peso, muito peso mesmo!
Nesses longos 23 anos, entre o intervalo de um lançamento e outro, os paulistas seguiram arregaçando as mangas e distribuindo muito pancadaria e moshs insanos em seus shows. Mas foi em 2011 que a coisa ficou ainda mais sinistra.
Eis que “Distilling Hatred”, gravado no Top Noise Studios, mixado e masterizado por Ciero, no DaTribo Studio é lançado, chegando ao público no formato Semi Metalic Disc (SMD) e por um preço camarada.
Esse "disquinho" define muito bem a personalidade do Oligarquia, apresentando doze faixas metralhadas e repletas de inconformismo encorpado numa sonoridade extremamente violenta, de qualidade consistente, seja nas mais brutas e velozes como "When The Hate Dominate",
"Ignorance Prevails" e "Bloody Ideals" - nos vocais insanos de Max Hideo; ou seja nas mais densas como "L.O.V.E" e "Until The Next Day".
De riffs ríspidos e furiosos, pedradas mortais saindo das mãos de Panda Reis (Bateria) e vocais arrebatadores o terceiro full length do Oligarquia tem uma personalidade impactante grandiosa, e sem dúvidas, é uma obra requintada e fundamental para o gênero.
A capa ficou à cargo do artista Felipe Eregion, da Mysterian Art, dando assim a brutalidade visual do CD.
[. . Esgostado, “Distilling Hatred” será relançado no Chile, pelo selo Australis Records. No Brasil, o lançamento será feito em uma parceria entre os selos Poluição Sonora e Black Legion, ressaltando que desta vez o disco ganhará encarte e a tradicional caixinha acrílica, diferentemente da versão em SMD da primeira tiragem. .] Trecho retirado do site Metal Media.
De fato, o Oligarquia é uma instituição do Death Metal, digno de respeito e aquisição!
Músicas:
1. MMXII
2. When The Hate Dominate
3. Bloody Ideals
4. Ignorance Prevails
5. Consumed By Greed
6. L.O.V.E.
7. World In Convulsion
8. Until The Next Day
9. Here Comes The Pain
10. Cerebral Atrophy
11. Owner Of The World
12. Abyss Of Hatred
CD para audição gratuita:
www.youtube.com/watch?v=yGAuWyKH8jU
Contato e Merchandising:
oligarquia@oligarquaideath.com.br
Sites Relacionados:
www.oligarquiadeath.com.br
www.metalmedia.com.br/oligarquia
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