24 abril, 2017

ROADIE METAL: Volume IX (Coletânea, 2017)


Resenhado por Ygor Nogueira.

A ROADIE METAL, que desde seu primeiro lançamento vem buscando multiplicar o alcance do cenário metálico independente e sempre procurou se modelar adequadamente de acordo com as necessidades do mesmo, lançando novidades e não poupando esforços para atingir suas metas, chega então a sua coletânea de N° 9!

Com uma evolução gradativa em seu formato, o agora Ultra-fino Digipack chega com mais uma demanda de 34 bandas em seu cast para destilar a vasta quantidades de bandas, gêneros e sub-gêneros que o país tem à oferecer. Se não bastasse isso, o apresentador e responsável, Gleison Júnior, traz nessa edição, além do grande HEAVENLESS, RUINS OF ELYSIUM [Itália] e COAST TO COAST [Japão] mostrando que com sangue, honra, e principalmente perseverança, a Roadie Metal pretende chegar mais longe do que o esperado em nome dessa causa chamada METAL!

CD One:
RUINS OF ELYSIUM, sem dúvidas, é um destaque e tanto abrindo a coletânea de forma épica com a faixa "Sepertarius". DEMONS INSIDE com seu groove azedo e técnico; LASTING MAZE e seu metal melódico sob comando dos vocais de Grazy Mesquita permitindo aquele feeling; LO HAN em "Waiting For You", soando com uma faixa clássica de flashback em um primor de harmonias.

CD Two:
HEAVENLESS para ensurdecer os tímpanos em "Hatred"; CORE DIVIDER mesclando um Thrash/Death com muito groove; CONCEPT OF HATE destilando amor do lado mais raivoso possível em "Black Stripe Poison"; o guitarrista PATRICK PEDROSO esbanjando muita técnica na instrumental pega heavy de "Only Ashes"; e ELIZABETHAN WALPURGA dando uma verdadeira aula de crueldade com seu latente Blackneed Heavy Metal de muita rispidez e guitarras despejando solos afiados e pomposos ao extremo. 

Já podemos esperar o décimo volume ainda esse ano, se depender da garra que emana em Gleison Júnior, mas as perguntas que ficam é: Será o último? O que teremos de inovador?

Nos resta aguardar, parabenizar e apreciar essa edição!

Sites Relacionados:
Roadie Metal Assessoria 

22 abril, 2017

OVERKILL: The Grinding Wheel (CD, 2017)


Resenhado por Ygor Nogueira.

Os norte-americanos que sempre arremataram uma tremenda massa de fiéis seguidores ao longo de 37 anos na estrada, construíram sua história numa jornada de sangue, suor e glória, e de 2010 pra cá seguiram enfileirando uma trilogia esmagadora de discos, com Ironbound (10), The Electric Age (12) e White Devil Armory (14).

"THE GRINDING WHEEL" chega para selar a soma dezoito discos lançados, onde muitos viraram clássicos desse grande nome do Thrash Metal chamado OVERKILL. 

Agressivo, flertando com a década de ouro, soltando resquícios de Heavy Metal raiz, mais diversificado e bem bruto são algumas das qualidades de "The Grinding Wheel", que ganhou sua versão nacional pela Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil, fazendo a alegria de muitos Thrashers! A produção do próprio OVERKILL, com mixagem e masterização de Andy Sneap (Carcass, Amon Amarth, Accept, Kreator, Exodus, Saxon, Testament) não deixa esperar por menos que estupenda, mantendo fortemente o peso à prevalecer em sua sonoridade raivosa!

O tempo parece não atingir os vocais de Bobby Blitz, sempre afiados e inconfundíveis, que dão uma verdadeira aula de energia e abrasividade nesse trabalho, somado a chuva de riffs ácidos e poderosos, solos matadores e bem caprichados enquanto a base sólida dessa cozinha põe pra foder com a lenhada de baixo e bateria. 

Por fim, "The Grinding Wheel" é aquele disco de explodir tímpanos sem pausas para cordealidades, e traz grandes rajadas de pólvora como "Mean Green Killing Machine", "Goddam Trouble", "The Long Road", "Come Heavy" e "Let’s All Go to Hades", mas que certamente soa um ótimo trabalho por completo, daqueles de pedir "Repeat"!

OVERKILL: The Grinding Wheel (CD, 2017)
Shinigami Records - Nuclear Blast Brasil

Músicas:
1. Mean, Green, Killing Machine
2. Goddamn Trouble
3. Our Finest Hour
4. Shine On
5. The Long Road
6. Let’s All Go to Hades
7. Come Heavy
8. Red, White and Blue
9. The Wheel
10. The Grinding Wheel
11. Emerald


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08 abril, 2017

ELEPHANT CASINO: Believe (EP, 2017)


Resenhado por Ygor Nogueira.

Rock n' Roll pesado, honesto, direto e banhado pelas águas setentistas definem a qualidade musical emanada pelos mineiros de Contagem, do ELEPHANT CASINO. Mesmo mergulhando em águas passadas, o quarteto consegue originar um trabalho diferente e com identidade, fugindo dos desgastes e dos clichês eles apresentam seu primeiro EP, o intitulado "Believe".

Uma engenharia de produção em ótimo nivelamento encaixa perfeitamente com a sonoridade que regra influências do HARD ROCK, CLASSIC ROCK e PROG e surpreende pela qualidade nas composições, todas com uma boa estrutura rítmica, passeando entre harmonias, arranjos, solos cheios de feeling e peso dosado na medida e nos momentos certos.

O domínio técnico do quarteto é elevado, sempre firme e preciso, seja pelos instrumentos ou pelo trabalho vocal limpo e lapidado. Tamanha destreza é hipnotizante ao ouvinte, dos momentos mais energéticos aos mais suaves. Riffs pegajosos e refrões grudentos garantem um fisgada certeira para o trabalho.

"Believe": Destila peso e energia em seus riffs enfurecidos e ao mesmo tempo dançantes.
"Stardust": Tem mais equilíbrio e aposta em nuances mais suaves, usando bem os encaixes melódicos.
"Return": Engana facilmente por sua introdução leve, que logo é coberta por uma pegada HARD ROCK setentista.
"The Raze": Mais cadente e grooveada, a faixa usa da velocidade moderado e técnica apurada, chegando a lembrar aos BLACK SABBATH.

Fugindo do tradicionalismo com criatividade, o ELEPHANT CASINO chama atenção com facilidade e mostra que talento e técnica no que fazem eles tem de sobra! Excelente EP!

ELEPHANT CASINO: Believe (EP, 2017)
Independente - Nacional

Músicas:
1. Believe
2. Stardust
3. Return
4. The Haze

Integrantes: 
Fabricio Araújo - Vocais
Rafael Fajardo - Guitarras, Backing Vocals
Vinicius Silveira - Baixo 
Diego Sans - Bateria


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07 abril, 2017

SOUL INSIDE: No More Silence (CD, 2016)


Resenhado por Ygor Nogueira.

O SOUL INSIDE mescla com sabedoria e precisão um Death/Thrash Metal regrado por peso e qualidade para originar uma sonoridade animal, agressiva e de muita técnica. 

Tendo como berço a cidade de Lavras-MG, e contando com a experiência de seus integrantes, a banda chega para apresentar seu primeiro disco de estúdio, o intitulado "No More Silence".

Dotado de uma maturidade sonora impressionante, com um misto bem trabalhado de atmosferas, usando dá influência pessoal de cada músico para criar composições cheias de personalidade e coerência, criando uma identidade personal para o conjunto e contando com uma engenharia de produção peneirada, e totalmente independente, que limita bem os limites de peso e assimilação, o disco consegue manter-se sólido, pesado e com muita naturalidade deixando exposto o conhecimento apurado dos integrantes com o que fazem.

Faixas como "Again the Nightmare", "The Killer Inside" e "Unhonly Temple" são amostras à altura das tempestade de riffs corrosivos.

Uma estreia primorosa, que certamente, irá gerar bons frutos ao SOUL INSIDE! Parabéns!

SOUL INSIDE: No More Silence (CD, 2016)
Independente - Nacional

Músicas:
01. Child of War (0:00)
02. Fight the Despairs (04:37)
03. Again the Nightmare (09:08)
04. Life of Lies (13:50)
05. No More Silence (19:36)
06. The Killer Inside (24:42)
07. Unholy Temple (29:47)
08. Sands of Truth (34:50)

Integrantes:
Bruno de Carvalho – Vocal, Baixo
Beto Siqueira – Guitarra
Eduardo Petrini – Guitarra
Renan Seabra – Bateria


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06 abril, 2017

KREATOR: Gods of Violence (CD/DVD, 2017)


Resenhado por Ygor Nogueira.

O poder de fogo do Kreator, gigante da linha de frente da nata do Thrash Metal, é, sem dúvidas, indiscutível. Imensurável! 

A discografia que esses monstros conseguiram emplacar uma discografia animal, com discos clássicos, uma lenhada atrás da outra, e não poderia ser diferente. Com tanta pomposidade assim, seria impossível não se tornar um dos quatro pilares do Thrash mundial!

O 14° trabalho de estúdio, lançado pela Nuclear Blast, com cinco anos depois de seu antecessor "Phantom Antichrist", chega ao Brasil à cargo da Shinigami Records e, pode passar mil anos que os Deuses da Violência continuaram ácidos, agressivos e bem munidos para a guerra!

O opressor "Gods of Violence" dita uma sonoridade agressiva, com as mãos banhadas em sangue inocente, abordando caos, aniquilação humana e crueldade, críticas que o KREATOR vem fazendo desde os primórdios da banda. O disco atingiu um equilíbrio musical estupendo, com muita qualidade e perfeição, uma música sólida, consistente, criativa e distribuída de forma ousada sem medo de errar. 

E verdade seja dita, eles nunca erram!

Melodias limpas mas que não abrem mão de soarem sempre acompanhadas de riffs ácidos, arranjos cerrados e construções rítmicas primorosas, um trabalho de guitarras realmente de cair o queixo. As composições geram além de empolgação, uma líbido prazerosa à cada audição, bateria e baixo sempre impecáveis na construção ritmica das faixas, não deixando espaços para falhas.

Mille Petrozza não deixa à desejar, seu vocal sempre afiado e esganiçada, trabalhado com precisão e técnica aprimorada deixa as composições ainda mais violentas e agressivas ao ponto!

O disco conta com um bônus na versão nacional, que tem o DVD do Wacken 2014, em uma power apresentação. Jan Meininghaus, ilustra em tons saguinários a capa do novo disco, que vem em belíssimo digipack, e também conta com uma capa exclusiva para versão norte-americana, assinada pelo renomado artista brasileiro Marcelo Vasco.

Carregado de peso, qualidade, energia, criatividade e agressividade "Gods of Violence" veio para matar a sede dos fãs de KREATOR por um material inédito, conseguindo agradar aos montes e deixando claro que o tempo parece mesmo não ter poder para fazer parar essa máquina de guerra europeia!

KREATOR: Gods of Violence (CD/DVD, 2017)
Shinigami Records / Nuclear Blast Brasil - Nacional

Músicas:
1. Apocalypticon
2. World War Now
3. Satan is Real
4. Totalitarian Terror
5. Gods of Violence
6. Army of Storms
7. Hail to the Hordes
8. Lion with Eagle Wings
9. Fallen Brother
10. Side by Side
11. Death Becomes My Light
12. Earth Under the Sword (Bônus)

Integrantes:
Mille Petrozza - Vocais, guitarras
Sami Yli-Sirniö - Guitarras
Christian "Speesy" Giesler - Baixo
Ventor - Bateria


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05 abril, 2017

HEAVENLESS: Whocantbenamed (CD, 2016)


Resenhado por Ygor Nogueira.

O HEAVENLESS, sem dúvidas, foi um dos principais nomes que chamaram atenção no final do ano passado, e não é pra menos. A banda surgida em Mossoró-RN fez uma estreia animal apresentando seu primeiro registro de estúdio, o intitulado "Whocantbenamed".

Produzido, mixado e masterizado pelas mãos de Cássio Zambotto e ilustrado com a arte macabra em tons de preto e branco de Hugo Silva da Abacrombie Ink, "Whocantbenamed", ou em tradução direta "Aquele que não pode ser nomeado" é dono de uma sonoridade sombria, densa, bem mastigada e no mínimo, perturbadora, com letras contra a religião e verdadeiros cultos à entidades soturnas.

Nove pedradas ácidas compostas pela mesclagem avassaladora de Death-Thrash Metal sólido, azedo, agressivo e de punho firme de cabo à rabo. Guitarras sempre cravadas e distribuídas a dedo, dando em vários momentos aquela casada com o Groove, e até mesmo o Stoner, uma música que apesar de bem azeda não satura o ouvinte. Muito pelo contrário, as sinfonias da morte te fisgam sem de escolha. 

"Enter Hades", por exemplo, é uma verdadeiro clássico! Uma lenhada esmagadora, que logo inicialmente notamos que não querem deixar crânio sob crânio. Agressividade sem fim é o que pode definir melhor essa faixa.

"Hopeless", continua o massacre mantendo o clima brutal e abrasivo, com seu andamento mais veloz e riffs que são verdadeira lâminas de motosserras. Data técnica detalhada que o trio maneja com perfeição. 

"Hatred": Riffs que alfinetam até os cérebros mais carrancudos, também chamando atenção pelo bom uso da bateria mostrando disciplina e criação aprimorada.

"Deceiver": Tamanha agressividade banhada no lado mais brutal do Death Metal.

Por fim, HEAVENLESS é um nome que merece todo mérito e muito mais por toda propaganda e expectativa que os rondavam. Uma excelente revelação dona de uma música extrema forte, sombria e de imensurável qualidade. 

Gravem esse nome como grande candidato à disco clássico do gênero: "Whocantbenamed".

Melhor ainda, comprem esse debut sem medo! Grande estréia.

Rising Records - Nacional

Músicas:
1. Enter Hades
2. Hopeless
3. The Reclaim
4. Hatred
5. Soothsayer
6. Odium
7. Uncorrupted
8. Deceiver
9. Point-Blank



Integrantes:
Kalyl Lamarck - Vocais, Baixo
Vinicius “Carcará” Martins - Guitarras
Vicente “MadButcher” Andrade - Bateria

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