26 março, 2016

Resenhas: Rotten In Pieces (EP, 2015)

Resenhado por Ygor Nogueira.

Uma moeda, dois lados, morte e nascimento. Assim é a face do metal mundial. Enquanto veteranos aposentam suas armas, outros param na metade do caminho, outros tantos ganham vida e vem para essa árdua, e nada glamourosa batalha no cenário da música extrema.

E justamente nesse lado de nascimentos em massa temos o trio paulista ROTTEN IN PIECES, ainda que com pouca bagagem, muita coisa à dizer e muita pancadaria para distribuir à frente!

O trio que surgiu em 2013, lançou recentemente, no final de 2015, seu primeiro trabalho de estúdio. O EP autointitulado dá uma ressaltada na banda e deixa claro que "idade" não quer dizer muita coisa.

Composto por seis faixas, o EP mostra-se, além de muito abrasivo, bem trabalhado, contando com uma ótima produção que acertou a mão em equilibrar o peso latente a ser transbordado de forma clara e audível fazendo com que a brutalidade impere do início ao fim! Esses fatores acabam tornando a sonoridade mais explosiva, dando destaque a técnica individual de cada músico, resultando assim em uma personalidade coesa e autêntica.

26 minutos trabalhados em muita brutalidade, agressividade, linha rítmica precisa e boa técnica. Guitarras cortantes despejando riffs cerrados, responsáveis pela destruição ao comando de vocais insanos e altamente pesados.

Por ser curto em número de faixas, o disco inteiro é recomendado. Mas se você quiser sentir o sangue fluir acelerado, "Hell Soldier" e "Colony" lhe provarão o sabor disso e o desejo de querer mais!

O Rotten in Pieces é um diamante do metal à ser explorado e certamente pode render muito daqui em diante, em tempos em que não sabemos o futuro e os novos ícones do metal, é gratificante ver que tem bandas capacitadas e dispostas à honrar um legado tão grandioso!

Rotten in Pieces (EP, 2015)
Independente - Nacional

Músicas:
01. Rot in Pieces
02. Hell Soldier
03. The Refuge of the Suicidals
04. Blood for Freedom
05. Pure Words
06. Colony

Integrantes:
Leo Morales - Baixo, vocais
Lucas Bertagia - Guitarras
Davi Menezes - Bateria

Sites Relacionados:
www.rottenpiecesofficial.wix.com/rottenpieces
www.facebook.com/roadiemetalassessoria/?fref=ts

25 março, 2016

TRAVO: Videoclipe de 'Era X' está disponível!

Depois de muito trabalho duro, espera e expectativas bem alimentadas, o TRAVO quebra todas essas barreiras e lançou na última terça-feira (23) seu primeiro videoclipe.

'Era X', música escolhida e carro-chefe para divulgação da banda, é a primeira faixa do disco de estreia :"Sobre Todos, Para Ninguém", gravado no Ruído 111 estúdio, em Fortaleza-CE.

Assista o vídeo na integra!


A produção do videoclipe ficou a cargo de Ítalo Ribeiro da IR Produções, tendo suas filmagens feitas numa instituição de ensino público da cidade (CAIC), abandonada pelo descaso das autoridades e danificada pelo vandalismo.

O TRAVO está na reta final para o lançamento do seu disco que estará disponível para venda logo menos.

Noticia publicada em 25 de Março de 2016.


Ygor Nogueira
Editor, Escritor e Designer Gráfico.

21 março, 2016

TRAVO: Anunciada data de lançamento do primeiro videoclipe. Confira teaser!

Recentemente o TRAVO anunciou a produção do seu primeiro videoclipe. O vídeo seria o ponto de partida para a devida e oficial estreia da banda no cenário musical independente.


A música escolhida é a faixa de abertura do seu primeiro álbum, 'Sobre Todos, Para Ninguém' gravado no estúdio Ruído 111, e leva o título de 'Era X'. O clipe terá seu lançamento oficial no próximo dia 22 de Março de 2016. Confira o teaser abaixo:

[TEASER]

As gravações do videoclipe foram feitas em uma instituição de ensino público, desgastada pelo tempo e pelo abandono das autoridades responsáveis da cidade, em Fortaleza-CE.

O clipe foi dirigido por Ítalo Ríbeiro da IR Produções.

Contato: igortergara@gmail.com

Sites Relacionados:
https://www.facebook.com/Travo-1674782059476025/
Noticia publicada em 21 de Março de 2016.


Ygor Nogueira
Editor, Escritor e Designer Gráfico.

15 março, 2016

Resenhas: Roadie Metal: Volume 6.

Resenhado por Ygor Nogueira.

Certamente não é a primeira vez que você lê sobre a Roadie Metal por aqui. Mas também é certo que, todas as vezes em que falo sobre o trabalho realizado pelo apresentador e radialista Gleison Junior, é porque tem novidade no ar!

E de fato, pouco mais de três meses depois do lançamento da tão bem aceita coletânea "Volume 5", e de algumas novidades como o serviço de Assessoria de Imprensa para bandas de rock e metal, a equipe Roadie Metal aparece por aqui com o lançamento da sua mais nova coletânea, o tão esperado "Volume 6"!

Todos sabem de cor e salteado a estrada percorrida da Roadie Metal até aqui. O surgimento, crescimento e solidificação, mas o que não se pode passar por cima nem deixar de ressaltar, é a garra depositada para que esse trabalho continue crescendo e fluindo melhor à cada edição feita.

Numa comparação de nível técnico é extremamente nítido de que a melhoria do trabalho está à todo vapor, pontos importantíssimos como a coesão e o equilíbrio de uma mixagem e masterização muito mais polida e destra, acabamento e classificação de tracklist. A sexta edição representa tudo isso!

Logo de cara o ouvinte percebe claramente que trata-se de uma coletânea mais densa e brutal, onde - mesmo que sem querer, ou querendo mesmo - o peso é predominante aqui. Bandas, em sua maioria, mais ganchudas e com aquela pegada brutal e agressiva do metal brazuca, mas claro, sem deixar de lado o espaço para outros gêneros - um ponto vibrante de todas as edições anteriores: o ecleticismo dentro do metal.

Trinta e quatro bandas mostrando em níveis técnicos muito potencial, coesão e boa técnica em suas sonoridades, a maioria com um patamar bem elevado; mas também, novos nomes dando o recado de que estão entrando no "mercado" metálico com muito à oferecer.

Uma outra melhoria foi a preocupação com a parte informativa e impressa do disco. A coletânea que continua com o formato digipack, com a arte novamente assinada por Marcelo Nespoli, ganhou em seu encarte mais informações sobre as bandas, uma melhor distribuição de design. Foi pensando também numa parte para o encaixe do mesmo, que por conta da envernização acabava que grudando muitas vezes no disco podendo assim danificar a mídia. Mais um ponto certeiro e à favor!

Indo de encontro aos destaques é impossível deixar de lado a presença do renomado Torture Squad, um dos gigantes ícones do nosso cenário. Dando sequência temos Maverick, The Goths, Project Black Pantera botando pra fuder com sua sonoridade animalesca em língua nativa; Apple Sin, AirTrain, Dekapto, Lascia, Oblivious Machine e Jäilbäit! Já no disco um, M-19, Vorgok, Shellrise, SuperSonic Brewer, InCarne, Ceifador, Terrorshpere, Crucify e Evil Minds ficam responsáveis por toda pancadaria abrasiva!

Só resta-nos parabenizar mais uma vez ao Gleison Junior e toda sua equipe, por mais uma edição primorosa e cada dia mais requintada. Um trabalho duro e levado à sério em nome e à favor da expansão do nosso underground para o país e para o mundo!

O programa Roadie Metal vai ao ar todas as quintas-feiras, das 20:30h às 23:00h, ao vivo no link a seguir: www.canalfelicidade.com

A pergunta agora é: o que esperar do "Volume 7"?

09 março, 2016

Resenhas: HellLight: Funeral Doom de Primeiríssima Qualidade!

Resenhado por Ygor Nogueira.

O Doom Metal no Brasil, aparentemente, não é algo tão popularizado como os outros gêneros e subgêneros do metal. Mas, quem acha que o estilo não é levado à sério por aqui, se engana grotescamente.

O poderoso HellLight é um dos nomes mais marcantes do estilo no país, e em seus vinte anos de estrada, seguem destilando toda a essência fúnebre que correm em seus corpos numa sonoridade brada, densa e refinada!

Isso porque a música que ecoa desse trio, é acima de tudo, elegante! O trio paulista chega ao sexto disco de estúdio, gravado no estúdio Hell Inc sob a produção de Fabio de Paula - vocalista e guitarrista -, marcando também a nova formação do grupo.

Tudo aqui transpira intensamente. Ao começar pelo conceito de "Journey Through Endless Storm" - Jornada através da tempestade sem fim - que representa a jornada da vida com suas dificuldades e tragédias ao longo da mesma, tudo isso estampado na arte sombria do artista Rodrigo Bueno, ligando todos os pontos e esclarecendo cada partícula da obra em si.

Musicalmente, é perceptível a evolução sob seu último trabalho lançado em 2013. A linhagem sombria pulsa ainda mais carregada, uma rifferama densa e arrastada é responsável pela estrutura robusta e melancólica em meio à tanta maestria rítmica, proporcionando uma atmosfera totalmente densa mas sem exageros ou devaneios. Vocais alternando otimamente entre agressividade e leveza e o encaixe primoroso dos teclados, fazem com que as composições permaneçam consistentes e soturnas.

O registro - apesar de suas oito e longas faixas - não se torna cansativo, pois possui uma gélida e transcendental beleza e criatividade mística. Faixas como "Journey Through Endless Storm", "Dive in the Dark" - para mim, a favorita -, "Distant Light That Fades", "Time" e " Beyond Stars" demonstram-se bélicas e densas dentro do climax vindo das entranhas mais obscuras do HellLight!

O HellLight, além de se reafirmar no patamar dos grandes representantes do gênero, apto nacional e internacionalmente, originou um trabalho de altíssima qualidade e luxo. Sem dúvidas, é recomendado até para aqueles que não conhecem à fundo a essencia do funeral doom!

HellLight – Journey Through Endless Storms (CD, 2015)
(Solitude Productions – Nacional)

01. Journey Through Endless Storm
02. Dive In The Dark
03. Distant Light That Fades
04. Time
05. Cemetherapy
06. Beyond Stars
07. Shapeless Forms Of Emptiness
08. End Of Pain

Disco para audição:
https://www.youtube.com/watch?v=SpnvunWTKj0

Integrantes:
Fábio de Paula: Vocais e Guitarra
Alexandre Vida: Baixo
Rafael Sade: Teclados

Sites Relacionados:
www.facebook.com/helllightdoom
www.metalmedia.com.br/helllight

02 março, 2016

Resenhas: Monstractor: Thrash Metal Nas Linhas da Inovação!

Resenhado por Ygor Nogueira.

Nas linhas da inovação, prontos para produzir e trazer à tona novas roupagens que surgem da era modernista do metal, o trio originado em Resende (RJ), Monstractor, reúne todas as suas qualidades e as transforma em uma sonoridade abrasiva sendo destilado no seu disco de estreia, "Recycling Thrash".

A música feita aqui é investida na linhagem mais carregada de Groove's, típicas das bandas dos anos noventa. Imagine uma pegada bem "Panteresca" mesclada com o lado mais "cru" do rock n' roll clássico, furioso e direto, isso é basicamente como podemos definir o primeiro álbum da banda.

Mas não se engane ou deixe ser preso pela "rotulação" dada antes, pois seria injusto tentar limitar, de alguma forma, uma sonoridade robusta e equilibrada, com uma excelente pitada de autenticidade. Produzido pelas mãos da dupla dupla Heros Trench e Pompeu, do Korzus, o disco gravado, mixado e masterizado no Mr. Som Studio, em São Paulo, assume de prontidão uma qualidade esmagadora e que dispensa comentários formais.

Porém, não é apenas uma produção animal que arrebata boas críticas, riffs furiosos são despejados numa base rítmica bem diversificada e cheia de técnica, solos certeiros e refrões bastante gordurosos podem ser sentidos de maneira mais intensa, enérgica e agressiva. Assim como outro ponto vital desse trabalho é os vocais urrados insanamente e com muita dicção, timbrados com vigor e muito peso, sem espaço para toques mais sutis, deixando tudo bem algoz por aqui!

Os cariocas conseguem com sua técnica individual e coletiva, soarem e ressoarem, com muita agressividade, abrasão e peso. Aquele trabalho sujo, denso e azedo o suficiente para ser digerido com a clareza necessária, arranjos feitos com aquela colherada de stoner e muito vibratismo sonoro.

"Take the Suffering", "Monsterman", "Whiskey Hangover", "Brazilian Roswell", e a ríspida, densa e furiosa "Immortal Blood" posicionam-se como estouros, explosões sonoras destilando seus requintes mais cruéis em meio ao caos.

O Monstractor, além de personalidade, tem as qualidades primordiais para se manterem firmes no universo metálico e podem chegar longe com todo esse conteúdo!

Monstractor - Recycling Thrash (CD, 2015)
Die Hard Records - Nacional

01. Take the Suffering
02. Bermuda Triangle
03. Monsterman
04. Lycanthrone
05. Whiskey Hangover
06. Brazilian Roswell
07. Death by Walrus
08. Immortal Blood
09. Vultures
10. Corrosive Envy
11. The 4th Kind
12. The Brood

Integrantes:
Christian "Sabbertooth" Klein – Vocais, Baixo
Monsterman – Guitarra
Demétrios Maia – Bateria

Sites Relacionados:
www.facebook.com/Monstractor

TRAVO: Confira trechos das audições da mixagem do primeiro disco.

Após sua estreia oficial na última terça-feira (23), a banda cearense TRAVO libera dois vídeos retirados das sessões das audições de mixagem do seu primeiro álbum.

Os vídeos são de duas, das seis faixas que estarão no CD gravado no estúdio Ruído 111 e conta com a produção de Paulo Eduardo, em Fortaleza-CE. Confira abaixo:




O TRAVO também prepara um vídeo clipe de estreia, lançado em parceria com a IR Produções.


Mais informações sobre a banda na página oficial do facebook:
https://www.facebook.com/Travo-1674782059476025/

Noticia publicada em 02 de Março de 2016.


Ygor Nogueira
Editor, Escritor e Designer Gráfico.