24 abril, 2017

ROADIE METAL: Volume IX (Coletânea, 2017)


Resenhado por Ygor Nogueira.

A ROADIE METAL, que desde seu primeiro lançamento vem buscando multiplicar o alcance do cenário metálico independente e sempre procurou se modelar adequadamente de acordo com as necessidades do mesmo, lançando novidades e não poupando esforços para atingir suas metas, chega então a sua coletânea de N° 9!

Com uma evolução gradativa em seu formato, o agora Ultra-fino Digipack chega com mais uma demanda de 34 bandas em seu cast para destilar a vasta quantidades de bandas, gêneros e sub-gêneros que o país tem à oferecer. Se não bastasse isso, o apresentador e responsável, Gleison Júnior, traz nessa edição, além do grande HEAVENLESS, RUINS OF ELYSIUM [Itália] e COAST TO COAST [Japão] mostrando que com sangue, honra, e principalmente perseverança, a Roadie Metal pretende chegar mais longe do que o esperado em nome dessa causa chamada METAL!

CD One:
RUINS OF ELYSIUM, sem dúvidas, é um destaque e tanto abrindo a coletânea de forma épica com a faixa "Sepertarius". DEMONS INSIDE com seu groove azedo e técnico; LASTING MAZE e seu metal melódico sob comando dos vocais de Grazy Mesquita permitindo aquele feeling; LO HAN em "Waiting For You", soando com uma faixa clássica de flashback em um primor de harmonias.

CD Two:
HEAVENLESS para ensurdecer os tímpanos em "Hatred"; CORE DIVIDER mesclando um Thrash/Death com muito groove; CONCEPT OF HATE destilando amor do lado mais raivoso possível em "Black Stripe Poison"; o guitarrista PATRICK PEDROSO esbanjando muita técnica na instrumental pega heavy de "Only Ashes"; e ELIZABETHAN WALPURGA dando uma verdadeira aula de crueldade com seu latente Blackneed Heavy Metal de muita rispidez e guitarras despejando solos afiados e pomposos ao extremo. 

Já podemos esperar o décimo volume ainda esse ano, se depender da garra que emana em Gleison Júnior, mas as perguntas que ficam é: Será o último? O que teremos de inovador?

Nos resta aguardar, parabenizar e apreciar essa edição!

Sites Relacionados:
Roadie Metal Assessoria 

22 abril, 2017

OVERKILL: The Grinding Wheel (CD, 2017)


Resenhado por Ygor Nogueira.

Os norte-americanos que sempre arremataram uma tremenda massa de fiéis seguidores ao longo de 37 anos na estrada, construíram sua história numa jornada de sangue, suor e glória, e de 2010 pra cá seguiram enfileirando uma trilogia esmagadora de discos, com Ironbound (10), The Electric Age (12) e White Devil Armory (14).

"THE GRINDING WHEEL" chega para selar a soma dezoito discos lançados, onde muitos viraram clássicos desse grande nome do Thrash Metal chamado OVERKILL. 

Agressivo, flertando com a década de ouro, soltando resquícios de Heavy Metal raiz, mais diversificado e bem bruto são algumas das qualidades de "The Grinding Wheel", que ganhou sua versão nacional pela Shinigami Records e a Nuclear Blast Brasil, fazendo a alegria de muitos Thrashers! A produção do próprio OVERKILL, com mixagem e masterização de Andy Sneap (Carcass, Amon Amarth, Accept, Kreator, Exodus, Saxon, Testament) não deixa esperar por menos que estupenda, mantendo fortemente o peso à prevalecer em sua sonoridade raivosa!

O tempo parece não atingir os vocais de Bobby Blitz, sempre afiados e inconfundíveis, que dão uma verdadeira aula de energia e abrasividade nesse trabalho, somado a chuva de riffs ácidos e poderosos, solos matadores e bem caprichados enquanto a base sólida dessa cozinha põe pra foder com a lenhada de baixo e bateria. 

Por fim, "The Grinding Wheel" é aquele disco de explodir tímpanos sem pausas para cordealidades, e traz grandes rajadas de pólvora como "Mean Green Killing Machine", "Goddam Trouble", "The Long Road", "Come Heavy" e "Let’s All Go to Hades", mas que certamente soa um ótimo trabalho por completo, daqueles de pedir "Repeat"!

OVERKILL: The Grinding Wheel (CD, 2017)
Shinigami Records - Nuclear Blast Brasil

Músicas:
1. Mean, Green, Killing Machine
2. Goddamn Trouble
3. Our Finest Hour
4. Shine On
5. The Long Road
6. Let’s All Go to Hades
7. Come Heavy
8. Red, White and Blue
9. The Wheel
10. The Grinding Wheel
11. Emerald


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08 abril, 2017

ELEPHANT CASINO: Believe (EP, 2017)


Resenhado por Ygor Nogueira.

Rock n' Roll pesado, honesto, direto e banhado pelas águas setentistas definem a qualidade musical emanada pelos mineiros de Contagem, do ELEPHANT CASINO. Mesmo mergulhando em águas passadas, o quarteto consegue originar um trabalho diferente e com identidade, fugindo dos desgastes e dos clichês eles apresentam seu primeiro EP, o intitulado "Believe".

Uma engenharia de produção em ótimo nivelamento encaixa perfeitamente com a sonoridade que regra influências do HARD ROCK, CLASSIC ROCK e PROG e surpreende pela qualidade nas composições, todas com uma boa estrutura rítmica, passeando entre harmonias, arranjos, solos cheios de feeling e peso dosado na medida e nos momentos certos.

O domínio técnico do quarteto é elevado, sempre firme e preciso, seja pelos instrumentos ou pelo trabalho vocal limpo e lapidado. Tamanha destreza é hipnotizante ao ouvinte, dos momentos mais energéticos aos mais suaves. Riffs pegajosos e refrões grudentos garantem um fisgada certeira para o trabalho.

"Believe": Destila peso e energia em seus riffs enfurecidos e ao mesmo tempo dançantes.
"Stardust": Tem mais equilíbrio e aposta em nuances mais suaves, usando bem os encaixes melódicos.
"Return": Engana facilmente por sua introdução leve, que logo é coberta por uma pegada HARD ROCK setentista.
"The Raze": Mais cadente e grooveada, a faixa usa da velocidade moderado e técnica apurada, chegando a lembrar aos BLACK SABBATH.

Fugindo do tradicionalismo com criatividade, o ELEPHANT CASINO chama atenção com facilidade e mostra que talento e técnica no que fazem eles tem de sobra! Excelente EP!

ELEPHANT CASINO: Believe (EP, 2017)
Independente - Nacional

Músicas:
1. Believe
2. Stardust
3. Return
4. The Haze

Integrantes: 
Fabricio Araújo - Vocais
Rafael Fajardo - Guitarras, Backing Vocals
Vinicius Silveira - Baixo 
Diego Sans - Bateria


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07 abril, 2017

SOUL INSIDE: No More Silence (CD, 2016)


Resenhado por Ygor Nogueira.

O SOUL INSIDE mescla com sabedoria e precisão um Death/Thrash Metal regrado por peso e qualidade para originar uma sonoridade animal, agressiva e de muita técnica. 

Tendo como berço a cidade de Lavras-MG, e contando com a experiência de seus integrantes, a banda chega para apresentar seu primeiro disco de estúdio, o intitulado "No More Silence".

Dotado de uma maturidade sonora impressionante, com um misto bem trabalhado de atmosferas, usando dá influência pessoal de cada músico para criar composições cheias de personalidade e coerência, criando uma identidade personal para o conjunto e contando com uma engenharia de produção peneirada, e totalmente independente, que limita bem os limites de peso e assimilação, o disco consegue manter-se sólido, pesado e com muita naturalidade deixando exposto o conhecimento apurado dos integrantes com o que fazem.

Faixas como "Again the Nightmare", "The Killer Inside" e "Unhonly Temple" são amostras à altura das tempestade de riffs corrosivos.

Uma estreia primorosa, que certamente, irá gerar bons frutos ao SOUL INSIDE! Parabéns!

SOUL INSIDE: No More Silence (CD, 2016)
Independente - Nacional

Músicas:
01. Child of War (0:00)
02. Fight the Despairs (04:37)
03. Again the Nightmare (09:08)
04. Life of Lies (13:50)
05. No More Silence (19:36)
06. The Killer Inside (24:42)
07. Unholy Temple (29:47)
08. Sands of Truth (34:50)

Integrantes:
Bruno de Carvalho – Vocal, Baixo
Beto Siqueira – Guitarra
Eduardo Petrini – Guitarra
Renan Seabra – Bateria


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06 abril, 2017

KREATOR: Gods of Violence (CD/DVD, 2017)


Resenhado por Ygor Nogueira.

O poder de fogo do Kreator, gigante da linha de frente da nata do Thrash Metal, é, sem dúvidas, indiscutível. Imensurável! 

A discografia que esses monstros conseguiram emplacar uma discografia animal, com discos clássicos, uma lenhada atrás da outra, e não poderia ser diferente. Com tanta pomposidade assim, seria impossível não se tornar um dos quatro pilares do Thrash mundial!

O 14° trabalho de estúdio, lançado pela Nuclear Blast, com cinco anos depois de seu antecessor "Phantom Antichrist", chega ao Brasil à cargo da Shinigami Records e, pode passar mil anos que os Deuses da Violência continuaram ácidos, agressivos e bem munidos para a guerra!

O opressor "Gods of Violence" dita uma sonoridade agressiva, com as mãos banhadas em sangue inocente, abordando caos, aniquilação humana e crueldade, críticas que o KREATOR vem fazendo desde os primórdios da banda. O disco atingiu um equilíbrio musical estupendo, com muita qualidade e perfeição, uma música sólida, consistente, criativa e distribuída de forma ousada sem medo de errar. 

E verdade seja dita, eles nunca erram!

Melodias limpas mas que não abrem mão de soarem sempre acompanhadas de riffs ácidos, arranjos cerrados e construções rítmicas primorosas, um trabalho de guitarras realmente de cair o queixo. As composições geram além de empolgação, uma líbido prazerosa à cada audição, bateria e baixo sempre impecáveis na construção ritmica das faixas, não deixando espaços para falhas.

Mille Petrozza não deixa à desejar, seu vocal sempre afiado e esganiçada, trabalhado com precisão e técnica aprimorada deixa as composições ainda mais violentas e agressivas ao ponto!

O disco conta com um bônus na versão nacional, que tem o DVD do Wacken 2014, em uma power apresentação. Jan Meininghaus, ilustra em tons saguinários a capa do novo disco, que vem em belíssimo digipack, e também conta com uma capa exclusiva para versão norte-americana, assinada pelo renomado artista brasileiro Marcelo Vasco.

Carregado de peso, qualidade, energia, criatividade e agressividade "Gods of Violence" veio para matar a sede dos fãs de KREATOR por um material inédito, conseguindo agradar aos montes e deixando claro que o tempo parece mesmo não ter poder para fazer parar essa máquina de guerra europeia!

KREATOR: Gods of Violence (CD/DVD, 2017)
Shinigami Records / Nuclear Blast Brasil - Nacional

Músicas:
1. Apocalypticon
2. World War Now
3. Satan is Real
4. Totalitarian Terror
5. Gods of Violence
6. Army of Storms
7. Hail to the Hordes
8. Lion with Eagle Wings
9. Fallen Brother
10. Side by Side
11. Death Becomes My Light
12. Earth Under the Sword (Bônus)

Integrantes:
Mille Petrozza - Vocais, guitarras
Sami Yli-Sirniö - Guitarras
Christian "Speesy" Giesler - Baixo
Ventor - Bateria


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05 abril, 2017

HEAVENLESS: Whocantbenamed (CD, 2016)


Resenhado por Ygor Nogueira.

O HEAVENLESS, sem dúvidas, foi um dos principais nomes que chamaram atenção no final do ano passado, e não é pra menos. A banda surgida em Mossoró-RN fez uma estreia animal apresentando seu primeiro registro de estúdio, o intitulado "Whocantbenamed".

Produzido, mixado e masterizado pelas mãos de Cássio Zambotto e ilustrado com a arte macabra em tons de preto e branco de Hugo Silva da Abacrombie Ink, "Whocantbenamed", ou em tradução direta "Aquele que não pode ser nomeado" é dono de uma sonoridade sombria, densa, bem mastigada e no mínimo, perturbadora, com letras contra a religião e verdadeiros cultos à entidades soturnas.

Nove pedradas ácidas compostas pela mesclagem avassaladora de Death-Thrash Metal sólido, azedo, agressivo e de punho firme de cabo à rabo. Guitarras sempre cravadas e distribuídas a dedo, dando em vários momentos aquela casada com o Groove, e até mesmo o Stoner, uma música que apesar de bem azeda não satura o ouvinte. Muito pelo contrário, as sinfonias da morte te fisgam sem de escolha. 

"Enter Hades", por exemplo, é uma verdadeiro clássico! Uma lenhada esmagadora, que logo inicialmente notamos que não querem deixar crânio sob crânio. Agressividade sem fim é o que pode definir melhor essa faixa.

"Hopeless", continua o massacre mantendo o clima brutal e abrasivo, com seu andamento mais veloz e riffs que são verdadeira lâminas de motosserras. Data técnica detalhada que o trio maneja com perfeição. 

"Hatred": Riffs que alfinetam até os cérebros mais carrancudos, também chamando atenção pelo bom uso da bateria mostrando disciplina e criação aprimorada.

"Deceiver": Tamanha agressividade banhada no lado mais brutal do Death Metal.

Por fim, HEAVENLESS é um nome que merece todo mérito e muito mais por toda propaganda e expectativa que os rondavam. Uma excelente revelação dona de uma música extrema forte, sombria e de imensurável qualidade. 

Gravem esse nome como grande candidato à disco clássico do gênero: "Whocantbenamed".

Melhor ainda, comprem esse debut sem medo! Grande estréia.

Rising Records - Nacional

Músicas:
1. Enter Hades
2. Hopeless
3. The Reclaim
4. Hatred
5. Soothsayer
6. Odium
7. Uncorrupted
8. Deceiver
9. Point-Blank



Integrantes:
Kalyl Lamarck - Vocais, Baixo
Vinicius “Carcará” Martins - Guitarras
Vicente “MadButcher” Andrade - Bateria

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30 março, 2017

TERRORSPHERE: Blood Path (EP, 2016)


Resenhado por Ygor Nogueira.

Calçados pela mais legítima fonte do Death Metal Old School, e influenciado pelos maiores nomes do gênero à lá anos noventa, o paranaense TERRORSPHERE, da cidade de Londrina, veio para somar positivamente para o cenário nacional extremo. 

Uma sonoridade azeda, pesada e sempre muito intensa, dá vitalidade ao EP: "Blood Path". A produção esfumaçada de Júnior Ribeiro e Lucas Camporezzi remete muito da proposta sonora da banda, criando uma certa camada de "poeira" que beneficia ainda mais o material, requintando na medida certa cada composição. 

"Blood Path" soa constantemente brutal, enérgico e agressivo, dispondo de técnica elevada, e sabendo trabalhar com maestria sua variação rítmica, expressando sua música sem exageros. Cinco composições à cerrarem crânios com seus riffs ríspidos e afiados, espaço suficiente para o encaixe de solos esmerados, um trabalho bem produtivo entre as contrabaixo e bateria calçando toda a estrutura.

Faixas como "War Curse", "Terror Squad" e "Mind Control" dão conta em mostrar o potencial latente e imenso do qual o quarteto dispõe. O design de Jean Michel, da Designations Artwork, estampou sua arte em um trabalho visual simples, mas como requintes suficientes para casar com a proposta do disco. 

"Blood Path" tem um ótimo resultado positivo de estréia, mostra que o TERRORSPHERE tem qualidade e garra de sobra, e principalmente uma paixão em potencial para em um futuro próximo e com pequenos ajustes e lapidações, ser um nome forte para representar o gênero. Parabéns!

TERRORSPHERE: Blood Path (EP, 2016)
Independente - Nacional

Músicas:
01. Assassinos
02. War Curse
03. Terror Squad
04. Blood Path
05. Mind Control


Integrantes:
Werner Lauer: Bass, Vocals
Udo Lauer: Guitars
Francisco Neves: Guitars
Victor Oliveira: Drums

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15 março, 2017

CONCEPT OF HATE: Black Stripe Poison (EP, 2016)


Resenhado por Ygor Nogueira.

Violência gratuita define o CONCEPT OF HATE.

Movidos à ódio e fúria, o quarteto de Santo André-SP, descende claras influências do Thrash Metal a casar com algumas nuances de Death Metal, exalando uma sonoridade robusta e poderosa.

O EP "Black Stripe Poison", lançado primeiramente pelas plataformas digitais e que logo arrematou sua versão física por conta de tamanho sucesso, soa tão pesado quanto o sentimento que dá nome ao trio. Uma produção dentro da média, que reúne quatro lenhadas certeiras no crânio, cheias de densidade e sempre muito intensas; letras a abordaram temáticas pessoais e pessoais em um contexto geral, também fazendo direta referência à medicações tarja-preta como o próprio título define. 

As faixas são esmagadoras de cabo à rabo. Guitarras azedas cuspindo acidez em seus riffs, parte rítmica entre bateria e as quatro cordas gerando muita combustão, e em alguns momentos um certo groove, enquanto as linhas vocais guturais borrifam agressividade e boa estrutura. O quarteto é bem coeso e entrosado, conseguindo executar tudo com maestria.

Não há parte para destaques, pois a obra completa soa fodidamente excelente do começo ao fim, sobrando assim parabenizar o talento e qualidade do CONCEPT OF HATE em seu primeiro trabalho, e esperar de que desse venham muitos outros! Excelente.

CONCEPT OF HATE: Black Stripe Poison (EP, 2016)
Independente - Nacional

Músicas:
01 Black Stripe Poison
02 In Humane Nature
03 Chaospiracy
04 Sanity is Not an Option

Integrantes:
Flavio Giraldelli - Vocal
Daniel Pereira - Guitarra
Rafael Biebrach - Baixo
Takashi Maruyama - Bateria


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STONEX: Seeds of Evil (EP, 2014)


Resenhado por Ygor Nogueira.

Um verdadeiro orgulho em ser nordestino é o grande cardápio de bandas que fornecemos para o mundo, grandes nomes, um mais impressionante que o outro, desde as nuances mais suaves às mais extremas. E agora, eis que descobrimos o STONEX!

Seis anos de existência firmam o quarteto sergipano que enaltece em sua sonoridade raçuda, cheia de garras, sangue, suor e glória o metal possante dos anos setenta. 

"Seeds of Evil" (14), gravado no Rikeza e Sonorização Estúdio, compõe-se de quatro faixas poderosas e cheias de energia, uma sonoridade setentista que mescla Hard/Heavy e Rock n' Roll com muita maestria e devoção, destilando destreza e qualidade. Composições grudentas e dançantes, com refrões marcantes. Riffs pomposos e solos apaixonantes, cheios de vitalidade dão uma viagem alucinante ao ouvinte. 

Vocais roucos e secos a soar agressivos, dão mais latência e vigor ao puta som! Ora eles lembram vagamento aos vocais de Conrad Lant, do lendário Venom. 

Um EP primoroso, sem deixar uma única faixa a desejar, como se fosse trilha única, mas vale ressaltar atenção para a clássica "Dressed in Black" e "Maggots in My Brain" na linha de frente do registro.

O STONEX, em "Seeds of Evil" certamente mostrou que tem lenha suficiente pra queimar, esbanjando talento, técnica e qualidade, mas já passa da hora de nos saudar com um registro atual! Recomendo sem moderação!

STONEX: Seeds of Evil (EP, 2014)
Independente - Nacional

Músicas:
01 Dressed In Black
02 Electric Sky
03 Maggots On My Brain
04 Master Of The Pit


Integrantes:
Ramon Guerreiro - Vocais
Marcelo Hazz - Guitarras
Dálvaro Soares - Guitarras
Atílio Bass - Baixo
Adriano Cardoso - Bateria


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QUINTESSENTE: The Belief of the Mind Slaves (SINGLE, 2016)


Resenhado por Ygor Nogueira.

Uma poderosa sonoridade que mescla Doom, Gothic e Heavy Metal é a marca visceral do Quintessente. Formado nos anos 90, mais precisamente em 1994, em Rio de Janeiro-RJ, o grupo gravou "The Mask of Dead Innocence" (1996) e "Lonely Seas of a Dreamer" (EP, 1999) arrematando criticas positivas até então, mas infelizmente tiveram de ter sua atividades interrompidas.

Um longínquo hiato após, o agora quinteto, reuniu-se em 2015 e retoma seus trabalhos com bastante lenha pra queimar.

Em 2016, a banda não perdeu tempo e lançou o single, que ganhou versão física, "The Belief of the Mind Slaves". Senhor de uma bélica capa, o disco possuí além da faixa-título, a música "Matronae Gaia" e ambas estarão presentes no álbum "Songs From Celestial Spheres" com previsão para ser lançado no segundo semestre desse ano.

"The Belief of the Mind Slaves": Um traçado bélico e único, fermentado de harmonias carregadas e que mesclam nuances do metal pesado, pegando um pouco da velha escola, com uma produção mais refinada, com resquícios de modernidade. A unificação das linhas mais extremas com as mais suaves geram verdadeiros orgasmos, uma atmosfera de densidade e sombras que ora ou outra atinge pequenos raios de luz. 

A letra passa pelos fundamentos filosóficos, razões humanas, a busca pelo que ainda não conhecemos, questionamentos do que ainda está por vir após a morte, o percurso que as almas traçam nessa viagem.

"Matronae Gaia", retirada do EP "Lonely Seas of a Dreamer", apesar de sua introdução mais bruta, dispõe de muita harmônia entre os teclados e as guitarras, mais suaves e refinadas com ótimos arranjos e solos pomposos.

Já deixando aquele gostinho de queremos mais, o QUINTESSENTE, está de parabéns pelo retorno às atividades, e de fato, conseguiu chamar atenção de muitos espectadores e amantes do gênero, que certamente estão na expectativa para esse full-length. Que logo venha!


QUINTESSENTE: "The Belief of the Mind Slaves" (SINGLE, 2016)
Independente - Nacional

Músicas:
01 The Belief of the Mind Slaves
02 Matronae Gaia (Bonus)



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14 março, 2017

MALKUTH: Extreme Bizarre Seduction (CD, 2016)


Resenhado por Ygor Nogueira.

Uma vasta bagagem define bem tamanha experiência desses representantes do Metal Negro em território nordestino. Surgido em 1993, o MALKUTH tornou-se um dos principais nomes do cenário underground nacional somando críticas positivas da imprensa especializada se destacando sempre em revistas, zines, sites e jornais país à fora. 

Mesmo passando por várias reformulações em sua formação, o grupo lançou até aqui seis álbuns de estúdio e deixou seu legado anteriormente em demos e coletâneas, sempre buscou com muita naturalidade evoluir e lapidar sua sonoridade a cada álbum. 

"Extreme Bizarre Seduction", foi o segundo trabalho de estúdio concebido pela banda, lançado originalmente em 2001, pela Demise Records e em 2016, ganhou um relançamento mais esmerado e com uma nova arte ilustrando sua capa. Nada foi mexido do primeiro disco, o que ocorreu foi que o trabalho ganhou uma nova masterização feita por Hugo Veikon, dando um toque sutil para a atmosfera soturna que o disco carrega.

Criatividade e ousadia para criar define bem a sonoridade praticada pelo Malkuth, que acrescenta boas doses de feeling e lirismo ao tão perturbador Black Metal, fazendo com que sua música soa orgânica e dona de tamanha grandeza bélica. Fugindo de qualquer padrão imposto tornando o trabalho ainda mais rico!

"The Cry of Adelain (Embrace the Lesbian Goddess)", "Gilles de Rais", "Deep Melancholic State: A Poetic Suicide in the Name of Loucyfer" e "...And Ancient Witches Consume Psychotropi Teas" agregam um valor inestimado a obra e fortificaram-se como verdadeiros hinos a serem celebrados em diversas apresentações da horda.

Além de riffs crus, ríspidos, vocais viscerais cheios de fúria, os mórbidos arranjos dos teclados mesclados com os vocais femininos de profunda clareza, são um verdadeiro ponto alto que torna tudo ainda mais sedutor. A versão relançada ainda conta com três músicas ao vivo, sendo uma cover do lendário ROTTING CHRIST retiradas de uma apresentação em Natal (RN), em 2002.

"Extreme Bizarre Seduction" é mesmo uma obra grandiosa de Black Metal, seja a versão original ou relançada, pois nela contém verdadeiros hinos ocultos soando em forma poética e lírica. Indispensável!

Malkuth: Extreme Bizarre Seduction (CD, 2016)
Obskure Chaos Distro / Ihells Productions / Metalvox / Underground Distro - Nacional

Músicas:
1. The Cry of Adelain (Embrace the Lesbian Goddess)
2. Deep Melancholy State: A Poetic Suicide in the Name of Loucyfer
3. My Crucial Story About the Jesus Sinner
4. Devil Bride, Our Erotic Dark Desires
5. Extreme Bizarre Seduction
6. Gilles de Rais, Lord of Rais
7. Lapidis Funebris
8. ...And Ancient Witches Consume Psychotropic Teas
9. The Demon’s Mark in my Skin
10. Deep Melancholy State: A Poetic Suicide in the Name of Loucyfer (Live in Natal/RN 2002)
11. Devil Bride, Our Erotic Dark Desires (Live in Natal/RN 2002)
12. Feast of the Grand Whore (Rotting Christ Cover) (Live in Natal/RN 2002)



Integrantes:
Sir Ashtaroth - Vocal/Guitarra
Agares - Backing Vocal/Contra-Baixo
H. Destroyer – Bateria

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11 março, 2017

FLAGELADOR & AXECUTER: Headbangers Afterlife (SPLIT CD, 2016)


Resenhado por Ygor Nogueira.

Não nos é novidade quando bandas se unem para lançar um Split. Mas quando se trata de bandas de renome dentro do cenário Underground à dividir a mesma "bolacha", o conteúdo fica muito mais esmagador.

O Flagelador e Axecuter decidiram colocar suas longas trajetórias dentro de uma só bagagem, unindo a experiência de ambos em "Headbangers Afterlife". Dando também, aquele contraste entre o metal cantada em língua pátria e o metal cantado em Inglês.

Lançado pela MINDSCRAPE MUSIC, o Split soma ao todo dez faixas, sendo cinco de cada banda, onde podemos colher quatro inéditas e um cover, isso de ambos os lados. O artista Maurício Aranha estampou na capa sua visão de como seria a vida no Inferno para uma Headbanger, e temos que ser sinceros que se for bem por aí seria muito legal. 

FLAGELADOR

Aderindo o metal em língua nativa, recordando as primeiras bandas que surgiram no Brasil dentro do gênero, o Flagelador ataca com seu Speed Thrash animal cerrando pescoços. Riffs ácidos cuspidos de guitarras cortantes, sempre cativantes e cerradas, em cima de uma bateria enérgica, que em alguns momentos lembra um pouco das pegadas do Hardcore. Outro destaque é o espaço para solos furiosos, pra fazer qualquer pescoço balançar.

A inteligente crítica de "Terceira Guerra Mundial" e riffs enérgicos de "A Canção do Aço" são os destaques do trio.

AXECUTER

Uma pegada mais abrupta, com influências do Thrash Metal alemão antigo, a banda se diferencia do que já registrou até hoje, sempre se moldando a sua maneira. Uma sonoridade mais lapidada à soltar uma enxurrada de riffs, em meio a refrões empolgantes e uma base rítmica sólida.

"Attack", "Creatures in Disguise" e "Medieval Tyrrany" certamente chegaram para causar fortes dores no pescoço.

Por fim, "Headbangers Afterlife" é um trabalho interessante para consumo físico e ambas as bandas estão de parabéns por tal obra que nos trás boas recordações de uma era inigualável!

FLAGELADOR & AXECUTER: "Headbangers Afterlife" (SPLIT CD, 2016)
Mindscrape Music - Nacional

Flagelador, Tracklist:
1. As Intermitências da Morte                      
2. Terceira Guerra Mundial
3. A Canção do Aço             
4. Sangue Negro, Alimento das Bestas
5. Filhos da Bomba (Celso Blues Boy cover)


Integrantes:
Armando Exekutor – Vocais, guitarras
Turko Basura – Baixo
Hugo Golon – Bateria


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Axecuter, Tracklist:
6. Attack                   
7. Creatures in Disguise                    
8. In for the Kill                    
9. Medieval Tiranny              
10. Gimme More (Kiss cover)


Integrantes:
Danmented - Vocais, guitarras
Rascal - Baixo
Vigo - Bateria


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10 março, 2017

MORTUO: Old Memories of The Past (CD, 2015)


Resenhado por Ygor Nogueira.

Incrível como o Underground te surpreende à cada dia, principalmente quando se trata de Metal Extremo. O cenário se torna um grande baú de pérolas escondidas. 

O Mortuo, formado pelo curitibano 'One-Man-Band', Vox Morbidus, tem na bagagem longos oito anos de vitalidade e trabalho intensivo para sua lapidação final, que somente em meados de 2015 foi lançado oficialmente por uma longa mescla de selos independentes, o debut "Old Memories of The Past". 

A pergunta que fica é, como ninguém se ofereceu para lançar esse petardo antes?

Soturno, agressivo e cheio de peso é aura à destilar com maestria um Black Metal de qualidade brilhantina. A produção feita pelo próprio Vox, gravação, mixagem e masterização, além da parte gráfica, nivela com muita simplicidade a aura mórbida . A sonoridade flui em meio a guitarras abruptas e ríspidas, armada também de arranjos gélidos e sombrios, bateria espancadora à esmagar tímpanos sem dó - fazendo um agradável feeling de quando em vez -, e linhas de baixo que se destacam ferozmente.

O encaixe detalhado de solos e linhas álgidas de teclados originam uma intensidade singular à sonoridade, onde os vocais, ora rasgados, ora sussurrados, se impõem com muita destreza.

"Obscure Ancient War", "For Profanation" e "Road of Evil" são rajadas cortantes de fúria e rispidez. Porém, o disco soa tão intenso que todo o pacote é esplendido! Vale ressaltar a versão da música "Raise of Dead", do lendário Bathory, onde mais uma vez Vox guia muito bem os vocais.

Não dá para dizer o contrário, a estreia de "Old Memories of The Past" foi memorável, apresentando uma grande aula do mais puro e rígido Metal Negro! Recomendo, em alto e bom som.

Mortuo: Old Memories of The Past (CD, 2015)
Tornhate Records / Metal Hatred / Rock Animal / Pictures From Hell Distro / Impaled Records / Violent Records / Genocídio Records / Metal Rocl Studio Wear / Infernal Rites Discos / Heavy Metal Rock
Nacional

Músicas:
1. In All the Places                
2. Obscure Ancient War                   
3. For Profanation                 
4. Hunting in the Darkness               
5. Road of Evil                     
6. Past I: The End of Hope               
7. Old Memories of the Past             
8. Past II: The Consequence             
9. Devil Eyes             
10. Raise the Dead


Integrantes:
Vox Morbidus - Vocais, guitarras, baixo, bateria, teclados

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08 março, 2017

TORTURIZER: Faceless (EP, 2016)


Resenhado por Ygor Nogueira.

O tão amado "Old School", se depender da paixão dos bangers mais fiéis, nunca morrerá nem deixará de existir. Graças aos deuses antigos! E o nordeste tem uma ligação frutífera com o gênero, sendo percussor de tantos tesouros para nossa alegria.

O Torturizer, um power trio nascido em terras maranhenses é mais uma grande pérola à se destacar. Impondo muita personalidade, eles ganharam espaço e respeito com seu primeiro EP de trabalho, o nada suave "Faceless"!

Lançado em dezembro de 2016, gravado, mixado e masterizado pelo guitarrista Luís Baldez, o disco conta com uma produção independente desfrutando de um bom nível, deixando o equilíbrio entre brutalidade e fácil assimilação para os ouvintes que há esse hora já sentem dores em seus pescoços.

Uma intro mais seis faixas transbordam vitalidade, energia e agressividade sem limites. Uma casada certeira de Thrash Metal e Death Metal dão vida para composições bem estruturadas, fartas, cheias de coesão e fúria. Guitarras cerradas destilando riffs poderosos e cortantes em cima de uma chibatada bruta de bateria, as quatro cordas latentes e em alta evidência e vocais violentos formam uma atmosfera sonora brutal!

"Faceless", "Human Collector" e "Torture Machine" expressam o que essa resenha vem á ressaltar.

O Torturizer acertou uma pedrada violenta em nossos crânios e faz jus à tanta atenção voltada para a banda em "Faceless", que é certo ser item na coleção de inúmeros headbangers.

Torturizer: Faceless (EP, 2016)
Independente - Nacional

Músicas:
1. Bloodthirsty
2. Faceless
3. Human Collector
4. Torture Machine
5. Carnivore
6. Death Emperor
7. Death Lights



Integrantes:
Willian Vieira - Baixo e Vocais
Luís Baldez - Guitarras e Backing vocals
Wilton Vieira - Bateria

Sites Relacionados:
www.sanguefrioproducoes.com/artistas/Torturizer/39

03 março, 2017

ATLANTIS: Hotter Than A Burning Church (EP, 2016)


Resenhado por Ygor Nogueira.

"Hotter Than A Burning Church", segundo EP de trabalho da banda lançado oficialmente, e realmente não dá para negar que o trio de Jaraguá do Sul-SC, Atlantis, tem a corrente sanguínea à bombear fervorosamente a paixão pelas raízes do metal oitentista.

O disco, que ganhou uma edição limitada de K7's e foi lançado no segundo semestre de 2016 pela Sangue Frio Records - arrecadando ótimas turnês ao trio -, mantém sua pegada nas linhas da NWOBHM mesclando um pouco com a violência do Speed Metal, soando sempre com muita naturalidade e fibra. 

Apesar de conter apenas quatro faixas, "Hotter Than A Burning Church" não deixa à desejar, pois as faixas tem em média o tempo mínimo de cinco minutos de duração sem perecer ao enjoo do ouvinte, pois a rítmica do trio dispõe de muito dinamismo e feeling.

* "Hotter Than a Burning Church": Guitarras com riffs grudentos convidando para adentrar ao mosh, apenas um prelúdio do que vem pela frente.
* "Wandering Warrior": Uma aula de variação rítmica, usando e abusando de riffs pegajosos, solos gritantes.
* "Stormbringer & Mournblade": Remete até a impressão daquela pegada do Venom, mas com a personalidade Atlantis de ser. Riffs cerrados e bumbos velozes marcam uma audição agressiva.
* "Mistress Of The Night": Usufrui muito bem de seus 7:14, mostrando a ousadia que o trio tem para experimentar dentro do gênero, fazendo bom uso de riffs, arranjos e rítmica.

Em "Hotter Than A Burning Church", o Atlantis deixa claro que não abrirá mão de suas vertentes, e que a cada lançamento o trio busca sempre lapidar-se mais e mais, buscando cravar seu legado na cena!

Atlantis: Hotter Than A Burning Church (EP, 2016) {Escutar EP, clique aqui}
Sangue Frio Records - Nacional

Músicas:
1- Hotter Than A Burning Church
2- Wandering Warrior
3- Sormbringer & Mournblade
4- Misterss Of The Night


Integrantes:
Tino Barth: Vocal e Guitarra
Jonathan Odorizzi: Baixo
Bruno Eggert: Bateria


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27 janeiro, 2017

ARKONA: Vozrozhdenie (Reissue CD, 2004-2016)


Um texto de Ygor Nogueira.

Em termos leigos, mesmo que de primeiro olhar possa parece uma clássica banda de Folk Metal, o quinteto russo Arkona executa, na verdade, uma mesclagem de Metal Extremo aliados com elementos e conceitos culturais e históricos eslavos, fazendo menções à lendas e mitologia pátria.

Usando de uma técnica elevada, o quinteto deixa o Heavy Metal expandir-se à outros ares, fundindo-se com melodias e harmônias mais rítmicas resultando em composições trabalhadas a dedo, gerando um absurdo de detalhes à serem percebidas somente com vastas audições.

Uma sonoridade intensa, sempre em constante evolução, recheada abundantemente por arranjos e instrumentos mais exóticos como {flautas, apitos, gaita, pandeiro, guitarras acústicas e violões}, que sabe com muita destreza usar de tudo isso para fazer com que sua música ganhe, além de epicidade, um peso absurdo e cativante em todas as composições. O que, apesar das faixas chegarem em media cinco ou seis minutos de duração, possibilita um vício tremendo, sem sequer soar enjoativo. Isso é muito bom!

Indo ao ponto, o que mais parece um novo disco de estúdio, é apenas uma regravação de seu primeiro trabalho lançado em (2004), embalado em digipack luxuoso dispondo de uma trabalho gráfico estupendo, que traz ilustrações que aludem à arte tradicional europeia assinado pelo ilustrador Kris Verwimp.

A regravação permitiu uma boa lapidada nas canções, reforçando a potência individual e coletiva do Arkona e fazendo com que uma nuvem pesada e esmagadora paire ao longo do disco. Uma verdadeira tempestade metálica toma de conta de tudo e a brilhantina mescla de paganismo e metal extremo forja em trabalho final estupendo!

O Arkona pode não ter brindado muitos com um trabalho inédito, mas certamente reforçou a paixão de muitos pela a banda, nos entregando uma diamante esmerado e cheio de requintes. Vale muito aderir!


Arkona - Vozrozhdenie (Reissue CD, 2004-2016)
Shinigami Records - Nacional

Músicas:
01. Коляда
02. Масленица
03. К дому Сварога
04. Чёрные вороны
05. Возрождение
06. Русь
07. Брате славяне
08. Солнцеворот
09. Под мечами
10. По звериным тропам
11. Заложный
12. Зов предков


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12 janeiro, 2017

IN FLAMES: Battles (CD, 2016)


Uma resenha de Ygor Nogueira.

O principal percussor do Death Metal Melódico, coisa que muita gente não sabe, mesmo aqueles que são fãs de longa data, o In Flames, que seguiu remodelando sua sonoridade ao passar dos anos, chega ao seu 12° trabalho de estúdio, o intitulado "Battles".

Gravado no West Valley Studios, em Los Angeles, sob a engenharia de produção de Howard Benson (Sepultura, Motörhead, Sanctuary), com co-produção e mixagem por Mike Plotnikoff (Saxon, Scorpions) e masterizado no Sterling Sound, em Nova York, por Tom Coyne (Deicide, Entombed A.D., Mercyful Fate, Pantera, Testament) "Battles" dispõe de uma produção sonora brilhante e de primeira qualidade. Um lapidação cristalina e elegante pra ninguém botar defeito.

Datado de um pouco mais de peso de que seu antecessor, Siren Charms (14), disco que acabou decepcionando um punhado de gente, "Battles" ousa no experimentalismo e abusa de melodias que soam latentes, energéticas, com riffs grudentos e cerrados em cima de arranjos introspectivos e dosados.

O álbum também dá um grande destaque para o trabalho dos vocais, chamando muita atenção com o encaixe de coros, distribuídos de forma inteligente em meio aos refrões. E vale citar que essa ideia não fora usada anteriormente pelo grupo.

Apesar do Metal Alternativo predominar solidamente, percebemos pitadas do Death Metal Melódico que a banda imperava antes, fazendo relembrar tempos de outrora. Faixas como "Drained", que abre o disco, dita latência e exprime riffs ríspidos, cozinha forte e ótimo uso dos vocais, além de seu refrão grudento e solo cativante, apesar de curto. Não exito em dizer que é a melhor do disco!

"Like Stand" pode, de cara parecer sem brilho, mas se você permitir-se algumas audições da mesma perceberá o que a canção pode oferecer. O feeling come solto, principalmente no refrão, trabalhado em melodia e alternância vocal. "In My Room" não carrega nada de tão especial em seu andamento quebrado, bastante encontrado em bandas do mesmo gênero, mas seu solo em dúvidas chama atenção. 

A faixa-título "Battles" soa bem pesada por seus riffs abafados, com um trabalho vocal que mescla entre o ríspido e o límpido. “Underneath My Skin” e “Save Me” também abusam do peso para proporcionar momentos frenéticos e empolgantes.

Apesar da banda atingir apenas à um público especifico desde sua nova fase, em "Battles" o In Flames conseguiu criar um material sólido e esmerado cuidadosamente para degustação. E sim, aqueles que aderem essa nova fase podem parar para conferir o material sem cautela.

In Flames: Battles (CD, 2016)
Shinigami Records - Nuclear Blast | Nacional

Músicas:
01. Drained 
02. The End 
03. Like Sand 
04. The Truth 
05. In My Room 
06. Before I Fall 
07. Through My Eyes 
08. Battles 
09. Here Until Forever 
10. Underneath My Skin 
11. Wallflower 
12. Save Me
13. Greatest Greed (Bônus da Versão Nacional)
14. Us Against The World (Bônus da Versão Nacional)


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