12 janeiro, 2017

IN FLAMES: Battles (CD, 2016)


Uma resenha de Ygor Nogueira.

O principal percussor do Death Metal Melódico, coisa que muita gente não sabe, mesmo aqueles que são fãs de longa data, o In Flames, que seguiu remodelando sua sonoridade ao passar dos anos, chega ao seu 12° trabalho de estúdio, o intitulado "Battles".

Gravado no West Valley Studios, em Los Angeles, sob a engenharia de produção de Howard Benson (Sepultura, Motörhead, Sanctuary), com co-produção e mixagem por Mike Plotnikoff (Saxon, Scorpions) e masterizado no Sterling Sound, em Nova York, por Tom Coyne (Deicide, Entombed A.D., Mercyful Fate, Pantera, Testament) "Battles" dispõe de uma produção sonora brilhante e de primeira qualidade. Um lapidação cristalina e elegante pra ninguém botar defeito.

Datado de um pouco mais de peso de que seu antecessor, Siren Charms (14), disco que acabou decepcionando um punhado de gente, "Battles" ousa no experimentalismo e abusa de melodias que soam latentes, energéticas, com riffs grudentos e cerrados em cima de arranjos introspectivos e dosados.

O álbum também dá um grande destaque para o trabalho dos vocais, chamando muita atenção com o encaixe de coros, distribuídos de forma inteligente em meio aos refrões. E vale citar que essa ideia não fora usada anteriormente pelo grupo.

Apesar do Metal Alternativo predominar solidamente, percebemos pitadas do Death Metal Melódico que a banda imperava antes, fazendo relembrar tempos de outrora. Faixas como "Drained", que abre o disco, dita latência e exprime riffs ríspidos, cozinha forte e ótimo uso dos vocais, além de seu refrão grudento e solo cativante, apesar de curto. Não exito em dizer que é a melhor do disco!

"Like Stand" pode, de cara parecer sem brilho, mas se você permitir-se algumas audições da mesma perceberá o que a canção pode oferecer. O feeling come solto, principalmente no refrão, trabalhado em melodia e alternância vocal. "In My Room" não carrega nada de tão especial em seu andamento quebrado, bastante encontrado em bandas do mesmo gênero, mas seu solo em dúvidas chama atenção. 

A faixa-título "Battles" soa bem pesada por seus riffs abafados, com um trabalho vocal que mescla entre o ríspido e o límpido. “Underneath My Skin” e “Save Me” também abusam do peso para proporcionar momentos frenéticos e empolgantes.

Apesar da banda atingir apenas à um público especifico desde sua nova fase, em "Battles" o In Flames conseguiu criar um material sólido e esmerado cuidadosamente para degustação. E sim, aqueles que aderem essa nova fase podem parar para conferir o material sem cautela.

In Flames: Battles (CD, 2016)
Shinigami Records - Nuclear Blast | Nacional

Músicas:
01. Drained 
02. The End 
03. Like Sand 
04. The Truth 
05. In My Room 
06. Before I Fall 
07. Through My Eyes 
08. Battles 
09. Here Until Forever 
10. Underneath My Skin 
11. Wallflower 
12. Save Me
13. Greatest Greed (Bônus da Versão Nacional)
14. Us Against The World (Bônus da Versão Nacional)


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