28 julho, 2016

Resenhas: Khrophus: Eyes Of Madness (CD, 2013)

Resenhado por Ygor Nogueira.

Natural de São José, se não o maior, um dos mais importantes nomes do metal em Santa Catarina, Khrophus, nos brindas com seu terceiro full length provando mais uma vez seu mérito em ser um representante tão forte do gênero no país!

Uma bagagem que conta com duas gloriosas turnês europeias passando por festivais renomados e a missão de superar seu registro anterior "Presages" (CD, 2009) , "Eyes Of Madness" (2013) chega ao metalheads mantendo sua fidelidade ao tradicional Death Metal, bruto e demasiadamente pesado.

Produzido pela própria banda e contando com o auxílio de Alexei Leão, na produção, mixagem e masterização feitas no AML Studio (Florianópolis), "Eyes Of Madness" resulta em dez composições matadoras. Todas bem equilibradas, com passagens bem construídas em rítmicas variáveis e elevadas, também com espaço de sobra para o acréscimo de pequenos detalhes e deixando o resultado ainda mais interessante!

Guitarras sendo verdadeiras máquinas a destilar um trabalho magnifico de riffs densos e velozes, onde as palhetadas não cessam; além de solos primorosos, com pegadas firmes, sem falar em uma linha de baixo vibrando à todo momento enquanto a bateria é explorada pedaço por pedaço, "blast-beats" à todo vapor, quebradas bruscas e viradas violentas.

Os poucos mais de trinta minutos de "Eyes Of Madness" tem cada milésimo de segundo bem aproveitado, pois a quebradeira começa com "Smoke Screen" metendo o pé na porta para dá espaço a "Dead Face" e suas inúmeras quebradas de tempo. Nem pense em arrumar fôlego, pois "By the Sun" e "Forbidden Melodies" dão as caras com toda sua insanidade; "Master of Shadows" é um massacre de primeira linha em todos os sentidos, e a poderosa "Chimeras" fechando o disco da forma mais impetuosa possível!

"Eyes Of Madness", certamente é um dos discos mais brutais e violentos do Death Metal mundial, e além de superar seu registro anterior surpreendeu até os hellbangers que acompanham a banda nesses vinte anos de carreira. Menos palavras, mais audição! Confira!

Khrophus - Eyes Of Madness (CD, 2013)
Independente – Nacional

Músicas:
01. Smoke Screen
02. Dead Face
03. By The Sun
04. Interposition
05. Forbidden Melodies
06. The Book Of The Dead
07. Lost Initiations
08. Master Of The Shadows
09. Harvest (Eyes Of Madness)
10. Chimeras



Integrantes:
Alex Pazetto: Vocais e Baixo
Adriano Ribeiro: Guitarra
Carlos Fernandes: Bateria


Sites Relacionados:

www.khrophus.com/site
www.sanguefrioproducoes.com/artistas/Khrophus/30

Resenhas: Bestial: Hellfuckdominium XXI (EP, 2015)

Resenhado por Ygor Nogueira.

Pregando a desgraça desde a década de noventa, fundado na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o atual quarteto BESTIAL é um veterano de guerra no cenário metálico underground e mesmo passado tantos anos eles se mostram cheios de juventude e energia visceral para continuar espalhando caos no mundo!

Somando em sua carreira um split, uma demo e dois álbuns de estúdio, os gaúchos que já dividiram os palcos com grandes ícones do metal como Marduk, Cannibal Corpse, Destruction e Malevolent Creation chegam à mais um profano registro lançado no final de 2015, o EP "Hellfuckdominium XXI".

Vinte anos de carreira não poderiam nos fazer esperar por menos! O EP lançado pela Mutilation Records foi gravado no Studio 1000 (POA), sob a produção de Fábio Lentino que caprichou e captou a violência emanada pelo quarteto fazendo as quatro composições soarem ainda mais cruéis.

As conjurações banhadas nas águas Black/Death, agora ainda mais lapidadas de peso, blasfêmia, profanação e fúria descendem de muita técnica. Velozes e impetuosas, uma rifferama ataca os tímpanos mais acostumados e dilaceram os mais sensíveis, pois simplesmente grudam no crânio e te fazem ensurdecer pela brutalidade contida em "Atomic Blazing Ejaculation", agressiva por natureza; e "Lascivious Possessor" carregada de riffs cortantes e "blast beats" animais da bateria de Jeferson Pereira.

O necro registro "Hellfuckdominium XXI" é um ótimo aperitivo para a espera de mais um full-length de umas das bandas que contribuíram com muita honra para a história do metal negro no nosso país! Vida longa ao Bestial!

Bestial - Hellfuckdominium XXI (EP, 2015)
Mutilation Records - Nacional

Músicas:
01 Bestial Introduction
02 Atomic Blazing Ejaculation
03 Lascivious Possessor
04 Rising Vengeance Flas
05 Warm and Swollen Raw Leather

Integrantes:
Chuckill: Vocais e Baixo
Valex: Guitarra
Ed Storm: Guitarra
Jefferson Pereira: Bateria



Sites Relacionados:

www.facebook.com/BESTIALOFFICIAL
www.sanguefrioproducoes.com/artistas/Bestial/31

27 julho, 2016

Resenhas: Sagrav: The Lynching (EP, 2015)

Resenhado por Ygor Nogueira.

Acreditando no poder da simplicidade ao som, o SAGRAV, com dois anos de existência surgiu com a proposta de tocar metal acima de tudo, mas o que percebemos de cara é que o resultado foi uma sonoridade thrasher de muita garra e feeling.

O trio consegue resgatar em seu EP lançado em 2015, “The Lynching”, a pura essência oitentista que até hoje inspira e instiga bangers apaixonados por essa era carregada de metal e glória.

O disco, gravado no Holy Diver Studios, dispõe de uma qualidade de produção dentro da média feita por Fernando Nicknich, que como todo diamante, sempre dá para lapidar melhor, além de dispor de um conceito bem regional em suas letras.

Uma mórbida introdução e mais faixas recheadas de peso, mesclagem de gêneros e uma temática sanguinária sobre a polêmica do linchamento e queima da Igreja Central da cidade que é o berço desse trio, Chapecó-SC, em outubro de 1950. "Dark Feelings" mostra uma densidade cerrada em todos os intrumentos, enquanto a faixa-título "The Lynching" é o maior destaque aqui, mais frenética, pesada e trabalhando em riffs, solos e feeling. "1310" fechando a bolacha com muita excelência, um instrumental bem dosado de peso e melodia.

O SAGRAV, que certamente está em fase de lançamento para um debut, tem um ótimo trabalho musical à oferecer, com essa sonoridade que apaixona bangers do mundo inteiro. Vale a audição!


Sagrav - The Lynching (EP, 2015)
Independente - Nacional

Músicas:
01 – Intro
02 – Dark Feelings
03 – The Lynching
04 – 1310

Integrantes:
Cristiano Zauza: Vocal e Guitarra
Protásio Vargas: Baixo
José Paulo: Bateria


Sites Relacionados:
www.facebook.com/SagravMetal
www.sanguefrioproducoes.com/artistas/Sagrav/28

07 julho, 2016

Resenhas: Darkship: We Are Lost (CD, 2016)

Resenhado por: Ygor Nogueira.

Algumas bandas são mesmo quase que impossível de rotular, não que rotulo seja algo indispensável nem extremamente descartável, mas é que algumas delas contam com uma capacidade de inovação tão forte que fica mesmo muito difícil de definir.

E entre essas bandas que preferem fugir das definições padrões está o Darkship! O sexteto de Rio Grande do Sul, também com seis anos na ativa, chega a conclusão do seu primeiro full-lenght dando muito o que falar.

O complexo "We Are Lost" cria uma identidade exclusiva por si só. Mesmo sendo taxado como Eletro Modern Metal o disco abrange as mais diversas atmosferas da música; doses de Progressive, Heavy, Gothic, Death e um pouco do universo Pop-eletrônico diluídos com o lirismo do Symphonic Metal resultam na primeira parte de uma trilogia conceitual!

O resultado final é um instrumental impecável e refinado. Um trabalho muito bem arquitetado de rítmicas e melodias, com uma ótima distribuição dos vocais que vão dos melódicos ao gutural, dando vida à composições cheias de personalidade que conquistam com facilidade já na primeira audição.

Ótimos arranjos, tanto das guitarras quanto dos teclados, como também bases sólidas cheias de bons riffs e solos pegados. Também temos a pegada de bateria e baixo que ficam com a responsabilidade de dá a dosagem certa de peso ao som que flui com livre espontaneidade. Mas o que chama ainda mais atenção é o trabalho vocal feito pela dupla Joel Milani e Sílvia Cristina Schneider, a dupla aposta alto na variedade de timbres destilando incontáveis emoções em cada canção. Monstruosamente belo!

A belíssima arte gráfica assinada por Carlos Fides, da Artside Studio, que já trabalhou com NOTURNALL, SHAMAN, ALMAH e etc. . é um colírio aos olhos, assim como a produção sonora cristalina e acima da média arremata mais pontos favoráveis à banda.

O disco todo é aprazível, mas vos deixo recomendações como "Black Tears", "Different Days", "We Are Lost", a gigante e destacada "Prison Of Dreams" - exemplo de variação monstra em tudo, desde o instrumental aos vocais; "II Hearts" com um solo de encher os olhos e "Frozen Feelings" com um Symphonic Eletro Metal muito robusto.

Anote ai, o Darkship nasceu repleto de talento e qualidade, e não demorará muito para um futuro promissor. Que venha as partes II e III!

Darkship – We Are Lost (CD, 2016)
Independente - Nacional

Músicas:
01. The Universe Conspires
02. Black Tears
03. I Can Wait For You
04. Different Days
05. We Are Lost
06. Prison Of Dreams
07. II Hearts
08. You Can Go Back
09. Eternal Pain
10. Frozen Feelings


Integrantes:
Sílvia Cristina Schneider Knob - Vocais
Joel Milani - Vocais
Ismael Borsoi - Guitarras
Rodrigo Schäfer - Baixo
Andrei Kunzler - Teclados
Joel Pagliarini - Bateria


Sites Relacionados:
www.officialdarkship.com
www.metalmedia.com.br/darkship

05 julho, 2016

Resenhas: Demolition: Manipulation for Tragedy (EP, 2016)

Resenhado por Ygor Nogueira.

Quando a paixão pelo metal fala mais alto e isso simplesmente corre por nossas veias 24h por dia, nos 365 dias do ano, não há barreiras que nos faça parar ou abrir mão de nossos feitos. Foi o que aconteceu com esse quarteto oriundo de Governador Valadares (MG).

Já contando com dois videoclipes oficiais e o recente lançamento do seu primeiro EP, o Demolition acaba transitando entre o fim de um ciclo para o começo de outro, mas nunca pensando em tirar o pé do acelerador!

O início desse novo ciclo conta com Thaís Texeira assumindo o front da banda e elevando o Demoliton surpreendentemente em um melhor nível! A ruiva chegou sem receio e trouxe uma dose excelente de ousadia e atitude para o quarteto fazendo com que agora tudo soe ainda mais visceral!

Temos aqui uma linhagem agressiva e impactante de um Thrash puxando um pouco de resquícios do Death Metal, tudo embalado em uma energia incessante e pesada. Um ótima produção fez com que os elementos fossem percebidos separadamente apesar de ser perceptível um trabalho de muita sincronia entre cada músico coletivamente, onde algumas pitadas de modernidade não encobrem a personalidade violenta de suas raízes.

Mesmo com pouco tempo de formação desse novo círculo, as peças encaixam com maestria e o quebra-cabeças se completa com perfeição. Composições carregando fortes temáticas em suas letras sendo despejadas em um rajada de riffs cerrados até o excelente trabalho rítmico de baixo e bateria, a diversidade e a referência que cada músico traz para a banda reflete em uma música agressiva, selvagem e energética!

Sem dúvidas, os vocais da Thaís Texeira deram uma guinada brusca à cima ao Demolition, onde composições como a muito bem trabalhada "Illusion of Fear" com seus solos destruidores e a explosão thrasher de "Manipulation for Tragedy" causam um impacto absurdo e incomum ao ouvinte.

Nas trilhas vermelhas, o Demolition acertou em cheio no que faltava para alavancar-se na prosperidade e as regravações feitas com Thaís Texeira dão aquele gostinho de quero mais, ficando no ar aquela pergunta. .

Quando sai o debut??

Excelente recomeço, fortemente recomendado!

Demolition - Manipulation for Tragedy (EP, 2016)
Independente - Nacional

Músicas:
1. Illusion of Fear
2. Infected Face
3. Influence
4. Manipulation for Tragedy


Integrantes:
Thaís Teixeira - Vocais
Gabriel Vieira - Guitarras
Junior Silveira - Baixo
Wagner Oliveira - Bateria


 


Sites Relacionados:
www.facebook.com/Demolition.thrashmetal

Resenhas: Dfront SA: Do Céu ao Inferno (CD, 2016)


Resenhado por Ygor Nogueira.

Influenciados pelo Hardcore estrangeiro, mais precisamente o nova-iorquino, o quarteto fluminense Dfront SA é mais um representante de peso do metal nacional carioca, e deixa claro que o Rio de Janeiro não vive só de Garota de Ipanema!

Soando como uma porrada violenta ao pé-do-ouvido, o debut "Do Céu Ao Inferno" é a mostra de uma sonoridade absurdamente pesada e violenta, banhada nas fontes do Thrashcore, causando um grande estrago por onde passa.

O disco produzido por Júlio Victor e Natham Klak é composto por dez faixas, uma mesclagem das faixas retiradas dos primeiros EPs "Sem Misericórdia" e "Revolution" que passaram por um remasterização e o acréscimo de cinco composições inéditas - sendo todas elas cantadas língua pátria - foi lançado esse ano pela Black Legion Productions, com distribuição por todo Brasil e para o exterior.

A banda defende suas ideologias e conceitos morais se expressando agressivamente em composições carregadas de anarquismo e rebeldia mantendo a bandeira de protesto empunhada à frente com muito vigor. Guitarras dispondo de riffs mais cerrados, o baixo se mantendo em destaque com graves mais altos e vivos; um trabalho de bateria mais caprichado, porém sempre espancado pelas baquetas de Magno Augusto que usa muito bem toda sua técnica.. enquanto as linhas vocais cheias de raiva e fúria partem daquele gutural mais leve e de fácil assimilação liderando firmemente a patrulha!

A arte feita por Fellipe Lovatini, remete bem o contexto do disco, onde a moeda mostra suas duas faces e cada escolha tem seus prós e contras.

"Terrorismo", "Verdadeira Face", "Vício", "Questão" e a faixa título "Do Céu Ao Inferno" são os destaques responsáveis pela sonoridade furiosa que gruda na mente, estalando pescoços e deixando uma verdadeira estrada de destruição e torcicolos. Recomendado sem moderação, pede "Repeat"!

Dfront SA - Do Céu Ao Inferno (CD, 2016)
Black Legion Productions - Nacional

Músicas:
01 Intro
02 Terrorismo
03 Verdadeira Face
04 Vício
05 Corrupto
06 Medo
07 Questão
08 Eu Não Aguento Mais
09 Mais Um Dia
10 Do Céu Ao Inferno

Integrantes:
Vagner Haenel – Vocal
Nathan Klak – Guitarra
Silvio Augusto – Baixo
Magno Augusto – Bateria

Sites Relacionados:
www.facebook.com/DFRONTSA
www.blacklegionprod.com

04 julho, 2016

Resenhas: Burnkill: Guerra e Destruição (CD, 2016)

Resenhado por Ygor Nogueira.

Mesclando uma sonoridade carrancuda que une thrash, death e um pouco do old school, o quarteto originalmente formado na cidade de Pouso Alegre (MG) adota a linguagem nativa brasileira para executar um personalidade musical pesada, pegada e cheia de questionamentos.

Usando bem temáticas como a guerra, o terror civil e todas as consequências deixadas pelo mesmo, o Burnkill apresenta oficialmente em 2016 seu primeiro full-length, intitulado de "Guerra e Destruição"!

O disco composto de sete faixas com médias entre três e quatro minutos de duração, carrega uma postura de rebeldia e inconformismo sendo transformados em riffs simples, mas que apostam no peso e solos bem executados para garantir muito bate-cabeça. Apesar de pre-maturos, os músicos e o quinteto como um todo, mostram que não estão apenas para tocar por tocar e nem brincar de fazer banda.

Pois, apesar da produção do disco está em níveis medianos e parecer um pouco abafada para o estilo, é possível absorver bem o que esses garotos tem para oferecer. "Corredor da Morte", "Vivendo Uma Ilusão" e "Cadáver do Brasil" são ótimos aperitivos para quem quiser apreciar esse material.

O trabalho em tons de marrom e vermelho é bem chamativo e elaborado de forma simples e cativante, sendo assinado pelo Motion Designer Robson Acácio.

"Guerra e Destruição" mostra que o Burnkill está trilhando o caminho certo e que, com uma lapidada aqui e ali, o grupo pode alcançar novos patamares e arrematar um futuro de ótimos frutos!

Burnkill - "Guerra e Destruição" (CD, 2016)
Independente - Nacional

Músicas:
01 – Corredor da Morte
02 – Vivendo Uma Ilusão
03 – Guerra e Destruição
04 – Repressão
05 – Cadáver do Brasil
06 – Tempestade de Horror
07 – Chega de Mentiras
08 – Sinfonia da Guerra

Integrantes:
Antony Damien: Vocal
Pablo Henrique: Guitarras
Lucas Maia: Guitarras
Jorge Luiz: Baixo
Anderson Lima: Bateria

Sites Relacionados:
www.burnkilloficial.wordpress.com
www.roadie-metal.com/press/burnkill

03 julho, 2016

Resenhas: Roadie Metal: Volume 7 (CD, Coletânea)

Resenhado por Ygor Nogueira.

Falar de Roadie Metal é falar de Gleison Júnior! Como todos sabem de cor, o trabalho que esse queridíssimo senhor vem fazendo em nome do metal brasileiro é algo extraordinário, coisa de amor sem limites. E agora, podemos chamá-lo de o Alemão-Brasileiro!

É, caros hellbangers, são nada mais nada menos que sete coletâneas lançadas até hoje e, diga-se de passagem, uma verdadeira goleada pra encher a rede de muito, mais muito metal de qualidade! E o melhor, é tudo nosso!

O volume sete da coletânea Roadie Metal foi lançado oficialmente nos dias 09 e 16 de Junho, sendo apresentado em dois programas e logo em seguida sendo enviada para os críticos e mídias especializadas por todos os estados do país. Mas, ressalto novamente como fiz em edições passadas que, o que realmente cativa e é muito bom de se vê, é o espaço dado pra essa garotada que vem buscando seu lugar no cenário! Não mendigando favores, mas sim, mostrando todo seu potencial e deixando claro porque merecem está ali.

Dessa vez, contamos com trinta e cinco bandas dos mais variados estados brasileiros; vastas vertentes, cada uma dando o sangue na produção musical de suas composições sempre com um nível excelente de qualidade. Um variedade instigante entre nomes consagrados, outros com um alto nível de respeito e outros novos nomes que não deixam à desejar.

Na primeiro take temos ótimos destaques como Syren e Tropa de Shock dando uma "casadinha" empolgante de Heavy Metal; Underload com aquela baladinha que caberia bem nas rádios; Heryn Dae lembrando um pouco bandas como Blind Guardian; Gravis mandando um metal punk e representando bem Fortaleza-CE e Underhate fechando o pacote com uma chuva e riffs e pedais!

Na segunda parte temos o monstro conceituado Voodoopriest, com Vitor Rodrigues se consagrando um baita de um de vocalista! Baita banda! Monstractor, Forkill e Kryour completam moshpit thrash de insanidade. Handsaw em um death absurdo; Demolition num thrash recheado pelos pedais duplos; o Southern sem igual do Hellmotz; Death Chaos e Heavenly Kingdom.

O design da sétima edição está mais refinado e bonito, com um pack ultrafino e encarte mais elaborado contendo ainda mais informações, Marcelo Nespoli acertou a mão e arrematou uma arte de muito bom grado.

Sempre prezando em apresentar um material de qualidade e contando com uma produção, mixagem e masterização cada vez mais lapidada, a Roadie Metal, continua sendo um dos meios de divulgação essenciais para uma grande parte do nosso cenário e sem dúvidas vem fazendo um trabalho à cada dia à mais excepcional!

Uma iniciativa que merece mérito e respeito!

Disco Um:
01 – Syren: Motordevil (Rio de Janeiro/RJ)
02 – Tropa de Shock: Inside The Madness (São Paulo/SP)
03 – Válvera: Cidade Em Caos (São Paulo/SP)
04 – Dolores Dolores: I Was Wrong (Belo Horizonte/MG)
05 – Underload: Let It Go (Caxias do Sul/RS)
06 – Makinária Rock: Eleição ou Gozação (São Paulo/SP)
07 – Heryn Dae: Heryn Dae (São Francisco do Sul/SC)
08 – Overhead: Overhead (Bauru/SP)
09 – Normandya: Lost Seasons (Angra dos Reis/RJ)
10 – Fenrir’s Scars: Downfall (Campinas/SP)
11 – Blessed In Fire: Blessed In Fire (Salvador/BA)
12 – Apeyron: The Dance of Fire (Belém/PA)
13 – S.I.F.: Puritania (Rio de Janeiro/RJ)
14 – Gravis: Ladrão (Fortaleza/CE)
15 – Vate Cabal: A Extração da Pedra da Loucura (São Vicente/SP)
16 – Underhate: Revolution Day (Brasilia/DF)
17 – Eduardo Lira: Sunrise (Rio de Janeiro/RJ)

Disco Dois:
01 – Voodoopriest: Juggernaut (São Paulo/SP)
02 – Monstractor: The 4th Kind (Rezende/RJ)
03 – Forkill: Let There Be Thrash (Rio de Janeiro/RJ)
04 – Kryour: Chaos of My Dream (São Paulo/SP)
05 – Criminal Brain: Victim (Petrópolis/RJ)
06 – Handsaw: Supreme Being (Curicíca/RJ)
07 – Dying Silence: Sem Concerto (Campinas/SP)
08 – Demolition: Infected Face (Governador Valadares/MG)
09 – Deadliness: Guerreiros do Metal (Itaúna/MG)
10 – Hellmotz: Wielding The Axe (Campo Grande/MS)
11 – Death Chaos: House of Madness (Curitiba/PR)
12 – Melanie Klain: Lavagem Celebral (Mococa/SP)
13 – Psychosane: Road (Ribeirão Preto/SP)
14 – As Do They Fall: Nemesis (Veranópolis/RS)
15 – Dioxina: Sombras (São Paulo/SP)
16 – Heavenly Kingdom: Hungry Misery and Pain (Cubatão/SP)
17 – South Hammer: Harley My Motorcycle (Pelotas/RS)
18 – Crush: Pedrada (Fortaleza/CE)

Sites Relacionados:
www.roadie-metal.com

01 julho, 2016

Resenhas: Dysnomia: Proselyte (CD, 2016)

Resenhado por Ygor Nogueira.

Tem se tornado difícil enumerar a quantidade de bandas que vem superando expectativas e surpreendendo, calando a boca de muita gente que afirma que o metal brasuca morreu nos anos noventa. A verdade é que a massa, a melhor parte da pizza, está no fundo, longe de falsas bajulações por parte dos holofotes bonitinhos das TVs e das rádios!

Mesmo tendo lançado anteriormente uma demo em 2009, e o EP “As Chaos Descends” (2013), apenas agora em 2016 o quarteto paulista apresenta seu primeiro full lenght, o monstruoso "Proselyte". E se você conheceu a banda antes disso, prepare-se para extinguir seus velhos conceitos sobre a mesma e ficar boquiaberto com a nova cara do Dysnomia!

Percebe-se que a banda se lapidou elevadamente e agora abusa da técnica coletiva e individual de cada um para originar uma sonoridade avassaladora. Sob a produção, mixagem e masterização de Gabriel do Vale e da própria banda no Nova Estúdio, o disco mantém sua essência cavalar de brutalidade deixando espaço para que tudo seja assimilado com facilidade, alinhando todos os seus compostos e harmonizando tudo na medida certa.

Muito bem arquitetado, cada pilar desse álbum foi esmerado com maestria. Riffs cerrados e carrancudos que parecem cravar o crânio sendo posteriormente incrementados por solos gordurosos e muito bem executados - agora mais longos e mais presentes. A união das cordas graves com um excelente trabalho de bateria dão uma pegada maciça, enquadrando bem a cozinha rítmica e a brutalidade imperial.

Os vocais de João Jorge são um espetáculo à parte. Mostrando muita competência e fôlego, o vocalista conduz muito bem sua técnica enriquecendo ainda mais as dez composições do disco que, apesar de soar agressivo e denso de cabo à rabo, dispõe de espaço suficiente para o encaixe dosado de melodias e "breakdowns".

O artista Gustavo Sazes, que trabalhou com Morbid Angel, Arch Enemy, Korzus, ficou responsável de trazer a mensagem da banda para o papel e requintou a obra numa belíssima capa e encarte.

Dando uma pedrada na face da sociedade, tanto musical como liricamente com suas letras recheadas de criticas e rebeldia, o bruto e agressivo Dysnomia enraíza-se nos tímpanos dos apreciadores da musica extrema com “Ascension”, “Palingenesis”, “Proselyte”, "Begotten" e "The Storm Arrives" não os deixando pregar o olho nem muito menos parar de estalar o pescoço!

"Proselyte" garantiu seu lugar na lista dos melhores discos do ano!

Dysnomia - Proselyte (CD, 2016)
Independente - Nacional

Músicas:
1. Ascension
2. Palingenesis
3. Proselyte
4. Spiralling into Oblivion
5. Sisyphus
6. Begotten
7. The Storm Arrives
8. Obsolete Humachinery

Integrantes:
João Jorge - Vocais, guitarras
Julio Cambi - Guitarras
Denilson Sarvo - Baixo
Érik Robert - Bateria

Sites Relacionados:
www.facebook.com/dysnomiabr
www.metalmedia.com.br/dysnomia