25 fevereiro, 2016

TRAVO: Banda inicia as atividades oficialmente.

Da direita pra esquerda: Paulo Eduardo / Francisco Jander / George Ventura e Igor Clodomiro.
Formado em Janeiro de 2016, o quarteto oriundo de Fortaleza-CE, TRAVO anuncia o inicio de suas atividades e dá detalhes do seu disco de estreia.

O projeto que começou como uma parceria entre os músicos George Ventura (Vocais) e Igor Clodomiro (Guitarra) surgiu através da reunião entre novos e velhos amigos com o objetivo simples de existir, tocar e registrar música sem se prender a gêneros e subgêneros.

TRAVO, por definição, é incomodo. Pensemos naquela ressaca na qual você não aguenta sentir o cheiro de “certas coisas”, isso é um TRAVO. Todo tipo de indignação e suas variadas reações também...  

O artista Ygor Nogueira, da Noguer Art Design, ficou a cargo da criação da logo da banda.


O TRAVO, que acaba de finalizar as gravações do seu primeiro disco, gravado no estúdio Ruído 111, está nos preparativos finais do videoclipe de estreia que será lançado em parceria com a IR Produções.

A data de lançamento do videoclipe será divulgada em breve.

Mais informações sobre a banda na página oficial do facebook:
https://www.facebook.com/Travo-1674782059476025/

Noticia publicada em 25 de Fevereiro de 2016.


Ygor Nogueira
Editor, Escritor e Designer Gráfico.

12 fevereiro, 2016

Resenhas: Project Black Pantera: Eles Botam Pra Fuder!!!

Resenhado por Ygor Nogueira.

Recentemente o site WikiMetal listou quais os melhores trios de metal. Coincidentemente, eu iria começar a falar do Project Black Pantera, banda formada em Uberaba-MG, que se encaixa facilmente como uma forte candidata à entrar em listagens como essa.

O power trio, fundado em Abril de 2014, mostra que prematuridade não significa nada quando se tem potencial de sobra para criar uma música extremamente pesada e violenta. A mesclagem do Punk Rock, Thrash Metal e do Hardcore alinhados numa base brutal do Crossover raiz cantado visceralmente em língua pátria é o que resume, em palavras, tamanha sonoridade!

O disco autointitulado, que foi lançado em 2015, conta com dez faixas e mais duas bônus, totalizando assim trinta e sete minutos de pura destruição e pancadaria. E engana-se quem acha que essa força está somente na música. As letras também são outro ponto fortíssimo do grupo, que soa como um protesto musical e explosivo contra todo caos e desrespeito, tanto da parte dos nossos governantes políticos quanto do próprio desrespeito da humanidade consigo mesma, citando temas como racismo e homofobia por exemplo.

Produzido, gravado, mixado e masterizado no 106 Studio numa parceria da banda com Ricardo Barbosa, o disco ficou nada mais nada menos que totalmente abrasivo, de grande impacto e absurdamente pesado! Não tem nada de requintes sofisticados, mas o resultado disso foi deixar a banda soando como ela é, fácil de absolver e transparente o suficiente para ser entendida e apreciada sem receio algum.

O trio realmente só tem uma preocupação, soar diferente de qualquer um escutado antes, e conseguem fazer disso uma realidade. Sua música encharcada de raiva e groove é suja, intensa, cheia de técnica e inconformismo. O trabalho de guitarra tem um ótimo nível de complexidade e criatividade em riffs maçantes e elétricos, baixo e bateria formam a estrutura densa e de variação ritmica rascante; os vocais não esbanjam nenhum tipo de virtuosismo, mas são encaixados de forma tão certeira que ficam como a faísca que incendeia todo o resto!

Não é a toa que o Project Black Pantera tenha arrecadado demasiados elogios da imprensa, atingindo não só o Brasil, mas chegando com a melhor recepção possível pela Europa, América do Norte e do Sul, Estados Unidos, França e Chile, pois com tanta autenticidade expelida pelos irmãos Gama é quase um pecado mortal não perceber o vasto potencial do grupo para engajar-se primorosamente na música.

E quando se tem um disco tão homônimo do início ao fim, é mesmo tarefa difícil citar faixas isoladas, por mais que essa frase pareça clichê. Mas é difícil sim! Mas, se você quer provar um pouco de tanta pancadaria e competência naquilo que fazem com muito gosto, prepare seus pescoços e tímpanos para: "Boto Pra Fuder" demonstra claramente para quê esse power trio veio; "Ratatatá" é aquela "musiquinha" de rádio popular, aquela que te dá um mosh insano; "Abre a Roda e Senta o Pé" não precisa dizer mais nada; "Execução Na Av. 38" com aquele Hardcore veloz e denso e "Manifestação" com seus gritos viscerais de raiva e protesto, como conflitos violentos!

Bruto, agressivo e direto, preto no branco como a própria arte do disco remete, sem rodeios e nem receios, o Project Black Pantera é uma grande revelação para nosso cenário que nos brinda à cada dia mais com excelência e saudosismo, e não paga pau para "gringrismo" nenhum! Aqui é feito no Brasil, aqui é BR!

Se na estreia eles botaram pra fuder sem dó e sem cuspe, imagina daqui pra frente! Altamente recomendado.

Project Black Pantera (CD, 2015)
Independente, Nacional

Músicas:
01. Boto Pra Fuder
02. Ratatatá
03. Godzilla
04. Eu Sei
05. Rede Social
06. Abre a Roda e Senta o Pé
07. Execução na Av. 38
08. Manifestação
09. Ressurreição
10. Escravos
11. Manifestation
12. Execução na Av. 38 feat. J. Cole

Integrantes:
Charles Gama: Guitarra e Vocal
Chaene da Gama: Baixo e Vocal
Rodrigo Pancho: Bateria

Sites Relacionados:
www.facebook.com/ProjectBlackPantera
www.roadie-metal.com/press/black-pantera

11 fevereiro, 2016

Resenhas: Jäilbäit: Aprecie com moderação, ou pelo menos tente!

Resenhado por Ygor Nogueira.

Enquanto de um lado temos bandas apaixonadas pela grande fase oitentista do metal, do outro lado temos bandas que arriscam anteceder isso. Fazendo um som fincado nos anos setenta, os alagoanos do Jailbait é a definição de muita energia modelada na forma mais limpa, direta e pesada do Rock n' Roll!

Sim, certamente vai lhe soar bem familiar a sonoridade criada pelo lendário Motôrhead, mas mesmo assim o grupo tem algo que não os deixa soando como uma cópia, e sim e estrutura de base sólida porém um pouco mais temperada.

"We Are The Jäilbäit", que foi lançado em 2014 e produzido por Edu Silva no estúdio Fat Sound, um ano após o início da banda, carrega a forte personalidade do rock em suas raízes, sem exageros nem rodeios, mas bem pegado e dançante.

Composições que transbordam muita versatilidade, riffs cerrados de guitarra, alguns bem grudentos, solos realmente frenéticos e viscerais; baixo marcado e pulsando com a bateria - apesar de seca - muito bem desenvolvida de forma rítmica, ressaltando também o trabalho pegado dos bumbos. Os vocais de Zenitilde Neto soando roucos, porém bem audíveis e à frente também fazem toda a diferença e deixa o disco, ainda mais viciante, com sua velocidade e peso dosados e prontos para te tirar para uma dança!

Se a noite é o próprio inferno, e você está preparado para dançar com o Diabo, as trilhas sonoras que irão marcar esses momentos de forma memorável ficam à cargo das: "We are Jäilbäit", "Going to Wacken", "Jailbait Squad", "Do you wanna be a rockstar?" e "Lone Wolf".

O empolgante, pesado e etílico Jailbait fez uma estreia primorosa no marcado metálico e, torna-se, um excelente representante do gênero no país. O trabalho é muito bem feito e altamente viciante. Aprecie com moderação, ou pelo menos tente!

Músicas:
01 We are Jäilbäit
02 Going to Wacken
03 Take it easy
04 Jailbait Squad
05 Just a Boy
06 Do you wanna be a rockstar?
07 Otaro (Sucker)
08 Born to win
09 Lone Wolf
10 Bäit Blues

Integrantes:
Zenitilde Neto: Vocal
Adailton Junior: Guitarra
Wilson Santos: Baixo
Cleyton Alves: Bateria

Sites Relacionados:
www.facebook.com/jail.band.bait?ref=ts&fref=ts
www.roadie-metal.com/jailbait

01 fevereiro, 2016

Resenhas: Hevora: Tales From a Forgotten Land (CD, 2015)

Resenhado por Ygor Nogueira.

"Tales From a Forgotten Land", disco primogênito gerado após longos e batalhados quinze anos de carreira, é a superação de todos os percalços ao longo do tempo e a afirmação primorosa da qualidade em potencial vinda do quinteto piauiense: Hevora!

A banda que acumula muitos pontos positivos da mídia especializada, além de fãs acivos e devotados ao som, começou a gravação do debut em 2011, levando quatro anos para ser finalizada. Mas valeu muito a pena toda espera!

A bruxa maldita carrega em sua sonoridade o acumulo positivo de muita experiência e capacidade para executar uma mesclagem do Power Metal com o Heavy Metal tradicional, mas também com alguns resquícios do Thrash, Folk e até do Death e do Black Metal. Produzem assim um som fino, elegante e muito pesado.

Tecnicamente bem equilibrado e enrustido numa pegada mais agressiva, mas proporcionando momentos épicos dentro de toda essa misticidade, o disco produzido por Mike Soares (guit. Megaherz), é de muita autenticidade e identidade singular. Tudo soando impar e muito bem colocado, a assimilação de estabilidade muito bem balanceada entre os momentos mais distorcidos e densos, e as melodias mais claras e arranjos meticulosos.

Guitarras cortantes datam o vigor de todas as setes faixas, combinação rítmica vibrante entre baixo e bateria e uma ótima versatilidade vocal, sempre encaixados de modo certeiro, além de contar com as belas orquestrações de teclado que criam climas verdadeiramente épicos.

As letras também levam um pouco de conceito à obra, abordando um pouco da cultura e história regional do PI, o que é bem interessante. A arte de capa e encarte desenvolvidos em tons de sépia, criada pelo artista Luis Felipe Rocha, é cheia de requintes soturnos e magia negra.

Faixas como "Cradle of Heroes", "Injustice Revenge", "The Last Breath of a Brave", e a longa "Tales from a Forgotten Land/Blood, Lust and Damnation", contando com a participação da cantora Luana Campos, são exemplos suficientes para que todo o brilho e comprometimento dos músicos com esse trabalho é excelente, dinâmico, enérgico e com muita energia.

"Tales From a Forgotten Land" é uma estreia com raça e uma longa estrada pela frente. Aos amantes do gênero, vale a pena adquirir e conferir de perto!

Músicas:
1. Cradle of Heroes
2. Memories of a Bloodshed
3. Injustice Revenge
4. The Damned from the River
5. The Last Breath of a Brave
6. Rage of the Old Monk
7. Tales from a Forgotten Land/Blood, Lust and Damnation

Integrantes:
Allan Cleypton - Vocais
Carlos Del Prestes - Guitarras
Júnior Vieira - Guitarras
Leandro Sales - Teclados
Cláudio Luz - Baixo
Ivan Martins - Bateria

Sites Relacionados:
www.facebook.com/hevoraband