26 novembro, 2015

Resenhas: Panzer: O Tanque de Guerra Brasileiro!

Resenhado por Ygor Nogueira.

Nosso país sempre foi um produtor nato em termos de metal. De fato, o Brasil nos brinda desde os primórdios, a cada minuto, com uma leva extensa de bandas com um potencial técnico e sonoro altíssimo.

Por sorte, nós temos o nosso próprio tanque de guerra do metal. O tão bom e original PANZER, fundado em 1991 e chegando ao seu terceiro álbum, abusa de sua fórmula cavalar para fazer metal e simplesmente deu vida à um dos melhores discos nacionais lançados em 2013.

"Honor", que contou com a  produção sonora, mixagem e masterização de Henrique Baboom, e co-produção de André Pars, é uma mesclagem insanamente pesada de thrash, groove e stoner metal com muito feeling e altamente forte por completo.

Tirando o fôlego de qualquer ouvinte, o disco é a demasia de energia e agressividade. O peso é dinamitado sem piedade, riffs vigorosos e cheios de maestria são balas certeiras em todas as 12 faixas, além de um encaixe preciso de harmonia, melodia e execução de bons solos. O baixo mostra-se muito vivo e destacando bem seus momentos mais graves, enquanto a bateria é uma demonstração de eficiência com viradas muito bem executadas, conduções violentas nos pedais duplos e uma pegada rítmica precisa e muito bem variada.

Na linha de frente está a brutalidade vocal de Rafinha Moreira, o músico mostra muita dicção e rispidez numa base gutural consistente e bem cadenciada.

O metralhamento musical desse disco é completo, mas vale ressaltar que tenham zelo pelos tímpanos ao tocar: "The Last Man on Earth" a mais bruta porradaria que mostra logo que aqui não tem pra conversa. "Heretic" uma faixa mais oitentista com riffs e solos mais cravados e uma ótima variação rítmica em geral; "Intruders" é aquela lembrança "Panteresca", peso medido em cheio e vocal à lá Anselmo e uma estrutura bem interessante dos solos. A clássica "Rising", lançada anteriormente em 2012, é o destaque do conjunto em si, muito bem lapidada com devida maestria e técnica vocal latente; "Burden of Proof" com sua temática de justiça e honra; enquanto "Alma Escancarada" encerra o disco com muito pancadaria cantada em língua nativa, o que não muda nada, pois a agressividade e peso continuam comendo solto.

E de quebra, os fãs ainda são brindados com uma Jam Seasion feita com Baboom, num trechinho de "War Pigs" do Black Sabbath.

Toda essa qualidade sonora é refletida, também, na parte visual. Rodrigo Balan (da Metal Media Management), em parceria com Graseffi, fizeram uma produção gráfica de alto nível, usando os tons de cinza, sendo bem distribuídos em todo o projeto de design e encarte. Ultra fino!

O resultado de um trabalho duro e de seguimento intenso é um álbum completamente homogêneo e autêntico, pois fica claro - individual e coletivamente - a criatividade massiva dos músicos sendo destilada abusivamente em cada composição. "Honor" traz o nosso tanque de guerra mais poderoso ainda e reafirma o porque gigante Panzer é tão respeitado no nosso cenário!

Músicas:
01. The Morning After
02. The Last Man on Earth
03. Heretic   
04. Intruders
05. Rising
06. Savior
07. I Wanna Make You Pay
08. Burden of Proof
09. Victim of Choices
10. Hastening to Death
11. Mind's Slavery
12. Alma Escancarada

Integrantes:
Rafinha Moreira – Vocais
André Pars – Guitarras
Rafael DM – Baixo
Edson Graseffi – Bateria

Sites Relacionados:
www.panzermetal.com.br
www.metalmedia.com.br/panzer

21 novembro, 2015

Resenhas: Dancing Flame: Carnival of Dreams (CD, 2014)

Resenhado por: Ygor Nogueira.

A década de 80 é, de fato, uma das maiores inspirações para muitas bandas no mundo todo, fazendo com que boa parte dessas bandas inspirem-se e transpirem o "oitentismo" em sua sonoridade.

O Dancing Flame, quinteto oriundo de Volta Redonda-RJ e em atividade desde 1995, mescla seu som entre o Hard Rock e o Heavy Metal, com traços vibrantes do metal tradicional.

"Carnival of Dreams" que foi produzido pelo próprio quinteto e gravado nos estúdios E.M.E., Solaira, e Electric Experience, com mixagem feita por Diogo Macedo (no E.M.E. Estúdio) e masterizado por U.E. Nastasi (nos Sterling Sound Studios, EUA) é o segundo full-length da banda, um disco melhor estruturado e coeso em muitos aspectos.

A música do grupo ganhou uma nova roupagem, de muita qualidade técnica e sonora. Soando claro e muito bem definido, dando destaques individuais à cada instrumento e mantendo o equilíbrio entre peso e leveza, sendo de fácil assimilação e compreensão.

A nítida influência da NWOBHM é refletida num "HardHeavy'n'Roll" agradabilíssimo, cheio de arranjos, melodias requintadas, riffs lapidados e solos bélicos e burilados, baixo presente e de ótimo destaque com um trabalho acentuado de bateria. Tudo isso gera uma música empolgante e encaixada, refrões grudentos e instigantes, composições polidas e sem parecer algo de praste.

Não dá para deixar passar o trabalho primoroso de Adriano Oliveira, linhas vocais com timbres excelentes, equilibrados e com muita intensidade dando vida para todas as composições.

A capa contou a belíssima ilustração assinada pelo artista Mark Wikinson, que já trabalhou com grandes nomes como Iron Maiden e Judas Priest, e a estrutura de design e encarte ficou à cargo do brasileiro Jobert Melo dando uma sugestão do que se pode encontrar nesse disco.

E quando se tem um trabalho bem feito, facilmente encontra-se grandes destaques como: a pegada vibrante de "Dreamweaver", com riffs pegajosos e solos elétricos; "Follow The Sun", que conta com participação especial de Mark Boals (ex-Yngwie Malmsteen e atual Ring of Fire) é aquela baladinha melosa e de refrão contagiante, o baixo é muito bem trabalhado na faixa; "Ronnie" é aquele Hard mais cru (homenageando o grande mestre Dio) com rítmica variada e dosada certeiramente. A melódica "Don´t Let Me Down" lembra muito aqueles hits de rádio que a gente escuta na madrugada num programa de flashback; "Warrior's Path" é aquele hino de guerra cantado nas batalhas sangrentas e cheias de glória, e fechando o disco temos "Life is Like a Wheel" com seus riffs abafados e arranjos mais tênues.

O Dancing Flame mostra com toda sua experiência que é uma das melhores bandas do gênero e que possui mérito para atenção, é aquisição na certa.

Músicas:
01. Carnival of Flames (Intro)
02. Dreamweaver
03. Follow the Sun
04. Ronnie
05. Higher Place
06. Don't Let Me Down
07. Runaway Soul
08. Fortress of Belief
09. Dry My Tears
10. Warrior's Path
11. The Highest Hill
12. Queen or Clown?
13. Kalash
14. Your Heart Must Be Strong
15. Life is Like a Wheel

Integrantes:
Adriano Oliveira - Vocais
Emerson Mello - Guitarras
Glaydson Moreira - Guitarras
Rafael Muniz - Baixo
Bruno Martini - Baterista

Sites Relacionados:
www.dancingflameband.com

13 novembro, 2015

Resenhas: Division Hell: Brutalidade Uniforme.

Resenhado por Ygor Nogueira.

Death Metal. Um gênero que tem nos saudado ao longo dos anos com qualidade e eficiência, enquanto consagra e reafirma seus grandes nomes, revela e destaca seus mais recentes filhos.

O Division Hell, quarteto curitibano que completa cinco anos de existência, é mais um desses filhos prodígios. Se você pôde conferir o EP "Apokaliptika" (2011), e certamente se surpreendeu com o que escutou, prepare seus tímpanos, pois o que era bom ficou ainda melhor!

"Bleeding Hate", o primeiro full-length da banda e mais um lançamento "fuderoso" da Black Legion Productions, gravado no estúdio Clínica Pro Music (PR) e produzido por Urbor e Murillo da Rós, que também ficou à cargo da mixagem e masterização, produção essa que carrega uma sonoridade brutal e muito bem lapidada fazendo tudo soar com clareza, mas mantendo intacto o peso latejante do grupo.

O disco abusa do potencial da banda, e mostra muita qualidade sonora e uma técnica devastadora para fazer death metal. Os músicos se mostram afiados e coesos fazendo um som pesado, veloz e empolgante, a abrasividade de cada riff é matadora e bem burilada fazendo com que cada faixa do debut seja um "amassa-crânio". As composições são bem trabalhadas, minuciosamente, e chegam a ganhar alguns requintes do metal moderno, flertando um pouco com o thrash e o black, mas sem perder a fúria e agressividade.

O fato é que temos um trabalho refinado, com peso em potencial. O equilíbrio harmônico misturado a versatilidade rítmica faz com que tudo se encaixe perfeitamente, desde o fincar das guitarras com seus riffs agressivos e solos primorosos, a dosagem limpa e marcante do baixo, uma bateria centrada e com marcação precisa, aos timbres vocais explorados com muita maestria e insanidade, guturais firmados e destruidores.

Mex Guillen, da Inblooddesign, assinou sua arte fazendo uma bélico design de capa e encarte.

Senhor de verdadeiros massacres sonoros como "The Fable Of Salvation", "Army Of The Dead", "World Khaos", "Holy Lies" e a própria faixa-título, "Bleeding Hate" possui uma identidade animal onde a brutalidade impera uniforme. Tudo aqui beira o absurdo. Entre os melhores de 2015!

Division Hell - Bleeding Hate (2015)
(Black Legion Productions - Nacional)

01. Army Of The Dead
02. The Fable Of Salvation
03. World Khaos
04. Bleeding Hate
05. The Last Words
06. Holy Lies
07. Bleak
08. Waiting For The Exact Time
09. Crossing The Line

Integrantes:
Ubour: Vocal e Guitarra
Renato Rieche: Guitarra
Hernan Borges: Baixo e Backing Vocal
Eduardo Oliveira: Bateria

Sites Relacionados:
www.facebook.com/DivisionHellBrazil
www.blacklegionprod.com/?page_id=5328

10 novembro, 2015

Resenhas: Castifas: Black Metal Sem Espaço Para Bajulações.

Resenhado por Ygor Nogueira.

O metal em si nos presenteou e muito esse ano com uma lista extensa de lançamentos, revelações e retorno de grandes nomes à ativa. Tudo isso enriquece e encorpa o cenário, que enquanto à isso, só tem a agradecer.

Os veteranos cariocas da horda de black metal, Castifas, passando dos vinte anos de carreira, arregaçam as mangas e vêm à tona em 2015 apresentando seu segundo disco.

“Bloodlust and Hate”, disco sucessor de "Journey Through the Darkness Path" (2009) é o filho mais novo do grupo, sendo lançado pela Black Legion Productions em parceria com os selos Mutilation Records, Impaled Records e Burnin Groove.

O disco que supera seis anos de luta e algumas mudanças na formação da banda, foi gravado no Pereira Estúdio em Duque de Caxias/RJ, contando com a produção de Rodrigo Bissoli que também encarregou-se da mixagem e masterização juntamente com Wallace Mello. Yuri D’Ávila ficou responsável pelo arte gráfica do disco, trabalhando em um layou simples, porém chamativo e alinhado ao som.

“Bloodlust and Hate”, é em sua composição, carregado de letras que abordam sobre ocultismo, paganismo e satanismo, tudo isso mergulhado nos sentimentos de ódio e fúria. A morbidez e a densidade continuam a predominar na combustão sonora do quarteto, um disco moldado em uma atmosfera obscura e sólida de ponta à ponta.

A sonoridade que também absorve algumas coisas da velha escola de bandas do black metal norueguês e dispensa toda e qualquer pitada de modernidade, data em sua essência, um disco cheio de riffs brutos e ríspidos, e agora bem mais gélidos e trabalhados. Os vocais aparecem bem mais polídos que antes, - o resultado de uma boa evolução - soando mais graves, porém mantendo aqueles gritos agonizantes e rasgados. O baixo aparece mais desenvolto e potente, enquanto a bateria continua a espancar violentamente usando mais diversidade e técnica.

A faixa-título “Bloodlust and Hate” soa mais vagarosa e agre, tendo seus momentos mais velozes do meio pro fim. "A World of Bones" apresenta-se com mais variação rítmica e vocais um pouco mais trabalhados e alternados, enquanto "Screams and Torment" foca-se em um trabalho mais técnico e encaixado de bateria. “Into the Cerimonial Sodom”, “The Mystic and Occult Son of the Moon” e “The Wicked Master of Souls” são regravações de canções presentes em “Journey Through the Darkness Path”, (disco de estréia citado antes) que ganharam uma nova roupagem, mas com suas origens sendo mantidas.

Coeso e com uma excelente estrutura, apesar de soar azedo e atípico aos mais exigentes, esse segundo trabalho mostra uma banda repaginada mas sem deixar de fazer o que sabem de melhor: black metal profano e ríspido, mantendo suas raízes mais fortes do que nunca. O Castifas dispensa falsas bajulações e mostra que sabe muito bem traçar seu caminho e um futuro regado de bons frutos!

Bloodlust and Hate (CD, 2015)
(Black Legion Production - Nacional)

01. Bloodlust and Hate
02. A World of Bones
03. Screams and Torment
04. Kingdom of Satan
05. Lucifer My Master
06. Into the Cerimonial Sodom
07. The Mystic and Occult Son of the Moon
08. The Wicked Master of Souls

Integrantes:
Hoertel Infernum – Vocais
Deathcult – Guitarras
Nuctemeron – Baixo, guitarras
Lord Anti-Christ – Bateria

Sites Relacionados:
www.facebook.com/CastifasOfficial
www.blacklegionprod.com

06 novembro, 2015

Resenhas: Camus: Heavy Metal Machine (EP, 2014)

Resenhado por Ygor Nogueira.

Adeptos ao tradicionalismo de um Heavy Metal com influências britânicas e americanas, à lá linhas oitentistas, os pernambucanos do Camus executam um som limpo, forte e enérgico.

"Heavy Metal Machine", o EP lançado pela Black Legion Productions, em 2014, foi gravado no Mr. Prog Studios, e contou com a produção de Neneu Lucena que encarregou-se de deixar o disco transparente. Cristalino, a sonoridade foi nivelada de forma em que exatamente tudo aqui ficasse claro e em bom som.

Riffs abafados e grudentos encorpam uma musicalidade dançante e feroz, aquela pegada raçuda estilo PURPLE e SAXON, também banhada em alguns momentos pelo aço e a cerveja do thrash, bem estilo METALLICA, mas isso não encobre a autenticidade desse trio.

Um ponto forte da banda são as orquestrações de solos excelentes e pegados, muito bem construídos e executados chegando até à certos momentos de feeling. Os vocais fazem aquela linhagem mais seca e limpa, sempre predominantes do estilo, encaixando-se muito bem em cada nota enquanto o baixo marca-se grave e destacado em todo o disco, complementado pela técnica firme de bateria.

Misael Faustino responsabilizou-se por absorver a música do trio e exprimi-la em sua arte, que mescla a proposta da banda aos anos 80.

Apesar do formato pequeno (EP), tudo aqui foi trabalhado com grande afinco eliminando pontos negativos e também o individualismo. O disco é pesado por igual em suas  harmonias cheia de rítmica e precisão. O Camus deu seu recado a cara limpa, que abraça o heavy metal com unhas e dentes e que está mais do que preparado para fincar seu nome em meio aos grandes.

Que venha logo um full-length!

Clamus - Heavy Metal Machine (EP, 2014) ➤
(Black Legion Production - Nacional)

01. Rise of a New World
02. Dreams and Shadows
03. Heavy Metal Machine
04. The Loser
05. False Convictions

Integrantes:
Thiago Souza – Vocais e Baixo
Jones Johnson – Guitarras
Marcelo Dias – Bateria

Sites Relacionados:
www.facebook.com/CamusOfficial
www.blacklegionprod.com/?page_id=4763

05 novembro, 2015

Resenhas: Empire Of Souls: Si Vis Pacem, Para Bellum (EP, 2015)

Resenhado por Ygor Nogueira.

Não sei se tudo anda meio ao avesso ou se a bruxa está solta mundo à fora, mas a verdade é que enquanto tem bandas encerrando a carreira precocemente, outras tem nos brindado com retornos inesperados.

Em meio a tantos brindes, quem nos saúda dessa vez é o lendário quinteto oriundo de Santos-SP, Empire Of Souls, com um trabalho singelo, porém robusto e elegante.

O quinteto que coleciona em sua bagagem mais de vinte anos no nosso cenário, e tem em sua discografia as demos "Mr. Fear" (1996), "Mystic Lands" (1998), "Triumph of Death" (2000) e o full-length "Revenge Circle" (2003), retoma sua atividades e lança seu mais novo material de inéditas.

Trata-se do EP: "Si Vis Pacem, Para Bellum". Gravado, mixado e masterizado no O Beco Estúdio, pelas mãos de Ivan Peliciocci (baixista do Vulcano), quebra o longo hiato de onze anos e põe o grupo de volta ao posto de forma honrosa.

Carregado de uma sonoridade agressiva e brutal, o curto "Se deseja a paz, prepare-se para a guerra" é temperado por melodias sombrias, riffs ríspidos de guitarra com um banho de solos violentos e mais pomposos. O contrabaixo aparece pulsante enquanto o trabalho bem executado de bateria cria um plano de fundo pesadíssimo e bem a postos de técnica e precisão. Tudo isso fica ainda mais enriquecido quando os vocais insanos de Mario César saem atropelando e esfarelando crânios, variando com bastante técnica entre guturais gordurosos e viscerais rasgantes e insanos.

"To Become Maker" é empurrada a seco goela à baixo. Velocidade mediana, trabalhos vocais mais extensos e variados acompanhado pela violência dos bumbos e marcação do contrabaixo enquanto as guitarras soam como motosserras da morte.

"Lycanthropic Duality" tem mais densidade e diversidade, trabalhando mais os andamentos rítmicos e soando um pouco mais soturna.

O design elegante da capa, - que diga-se de passagem, é digna de debut -, ficou na responsabilidade do artista Alan Luis com montagem feita por Renata Abad mesclam bem o elo entre música e arte. O EP ainda tem um bônus de presente para os fãs, o videoclipe oficial para a faixa "To Become Maker", todo feito com cenas de apresentações ao vivo e contando com legendas em português.

"Si Vis Pacem, Para Bellum", mostra que a Empire Of Souls está de volta com energia de sobra para continuar destilando metal negro de qualidade até a última gota! Trajados de muita rispídez, o quinteto mostra-se bastante entrosado e com suas lâminas afiadas para continuar dilacerando tímpanos com sua sonoridade áspera e brutal.

"Si Vis Pacem, Para Bellum" (EP, 2015)
(Black Legions Production - Nacional)

1. To Become Maker
2. Lycanthropic Duality

Integrantes:
Mário César - Vocais
Cléber Juca - Guitarras
André Henrique - Guitarras
Christian Bacci - Baixo
Paulo Ferramenta - Bateria

Sites Relacionados:
www.facebook.com/EmpireOfSouls
www.blacklegionprod.com

Resenhas: Roadie Metal: Volume 5.

Resenhado por Ygor Nogueira.

Temos mesmo que dá graças e ter orgulho de existirem pessoas, assim como muitos que tenho sorte em conhecer, que não abrem mão de apoiar e enriquecer o nosso cenário metálico. Verdadeiros guerreiros que travam muitas batalhas e abrem muitas oportunidades, para si e para os demais, com conquistas feitas com dedicação, amor e um árduo trabalho.

Tendo recentemente seu site oficial inaugurado - alavancando ainda mais sua estrutura de apoio - e já preparando sua próxima edição (isso mesmo, você não leu errado), a Roadie Metal chega a sua coletânea oficial: "Vol. 5"!

Gleison Júnior, idealizador dessa iniciativa e - que, como todos sabem tem sua distribuição totalmente gratuita -, também chamado por muitos como "O filantropo do metal", deixa mais do que claro com seu empunho à bandeira underground que ele não brinca na hora de honrar seu trabalho.

Muito competente, dessa vez ele nos brinda em seu "Vol. 5" com um repertório insano de 32 bandas, 15 em cada disco. Continuando a manter uma produção eclética, a coletânea varia dentro da diversidade de gêneros trazendo estilos desde o dançante Hard Rock ao destruídor Metal Extremo. A compilação também traz bandas que cantam em lingua nativa e Female Metal Vocals, e é justamente esse ecléticismo que não deixa que o material apresentado soe enjoativo, agradando assim todos os amantes do metal!

A produção continua a ganhar mais investimento, algo que foi sendo conquistado e percebido no decorrer de cada edição lançada, e certamente está em um nível mais encorpado e limpo, o que faz com que absorvamos toda sonoridade e entendamos de forma ímpar o que cada banda tem à oferecer.

O artista Marcelo Nespoli deixou sua marca novamente assinalando e ficando responsável pela elaboração da capa e encarte. "O Volume 5" é mesmo um canhão de bandas que cospe metal para todos os lados.

O trabalho transparente e honesto feito pelo apresentador e radialista está consolidado e agora conta com distribuição para fora do país, como por exemplo nos EUA e em Portugal. Ou seja, a intenção aqui não é somente aprimorar, mas sim expandir-se o mais longe e depressa possível. Quem sabe seja questão de tempo para que o nome Roadie Metal alcance os quatro polos do mundo.

Lembrando que essa iniciativa é um meio de divulgação fortíssima, não apenas para o programa, mais para todas as bandas que compõem cada um dos cinco volumes já lançados, tendo a oportunidade de espalhar seu som em longa escala e de maneira gratuita. E o mais importante, sem perder a qualidade!

Os destaques dessa coletânea são:
* CD 1
Vivalma, Tellus Terror, Cavera, Rotten Pieces, Lascia e Morgaroth.
* CD 2
Krucipha, Hollow, Maquinários, Individual, Vômitos & Náuseas, Outlanders, Codmorse, Catástrofe, e Valfenda.

Esperamos que a ousadia desse projeto continua à todo vapor em prol de nosso cenário, que vem arrecadando inúmeros elogios e bons frutos com o que tem sido feito, e que sem

sombra de dúvidas tornou-se uma latente ferramenta de apoio pelas mãos de Gleison Júnior - A Voz do Rock!

O programa Roadie Metal vai ao ar todas as quintas-feiras, das 20:30h às 23:00h, ao vivo no link a seguir: www.canalfelicidade.com e agora também tem novidades atualizadas

diariamente em seu site oficial. Acesse agora e confira: www.roadie-metal.com

Tracklist:

CD – 01

01 – Vivalma – Prodhome
02 – Shallrise – Simply For Nothing
03 – Tellus Terror – 3rd Rock From the Sun
04 – Cavera – More Lies
05 – Sunroad – Into the City Lies
06 – Magnética – Inflamáveis
07 – The Goths – Strange Way of Living
08 – Rotten Pieces – Rot in Pieces
09 – Lascia – Trapped
10 – Marcus Mausan Rock Band – Last Train to Rio Largo
11 – DxLxM – Zumbis
12 – Banda 80 Rock – Nem tudo esta perdido
13 – Velho Corvo – Pé na estrada
14 – Aronne – Sherazad
15 – Morgaroth – Panzer Division War
16 – Adimi – Tão Iguais

CD – 02

01 – Krucipha – Pulse
02 – Hollow – Destruction of the Mass
03 – Maquinários – Um Grito na Noite
04 – Balba – Skin to Skin
05 – Aronne – Mephisto
06 – Individual – Every Man for Himself
07 – Half Bridge – Karma
08 – Esffera C4 – Sempre João
09 – Vômitos & Náuseas – Mergulho no Caos
10 – 50 Point – Chorume
11 – Outlanders – Kretaceous
12 – Codmorse – Sign the Hell
13 – Catastrofe – Holocausto
14 – Deadfall – Illusion
15 – Valfenda – Another Dimension
16 -Intersect 4E – Reféns

04 novembro, 2015

Resenhas: Land Of Tears: Um Resultado Esplêndido!

Resenhado por Ygor Nogueira.

Na hora de produzir algo de qualidade é mais do que certo que a experiência faça toda diferença, uma verdade absoluta para qualquer ocasião. E quando o quesito é esse, eis que os cariocas do Land Of Tears dão uma verdadeira aula no mundo do metal.

O primeiro álbum do quarteto fluminense, o intitulado "The Ancient Ages of Mankind", mostra com muita maestria, toda técnica e maturidade acumulada e consagrada em quatorze anos de carreira. Moldando sua própria identidade, "The Ancient Ages of Mankind" foi gravado no HCS Studios (RJ) tendo a produção, mixagem e masterização de Marco Anvito juntamente com a banda. O resultado foi mesmo esplêndido! Uma produção que destaca todos os pontos vitalícios de forma ímpar, ressaltando cada detalhe com muita clareza mas em nenhum momento deixando de ser regrado à peso. Uma qualidade altíssima, sem deixar a desejar.

O trabalho é esculpido numa base madura de Death Metal, acrescentando doses de Doom e Black. A estrutura dessas nuances fogem do tradicionalismo dos três gêneros, e de forma criativa, abrange uma musicalidade evoluída e equilibrada, fritando cérebros à todo custo. Os músicos exploram bastante a variação rítmica, mas sempre mantendo-se focados na agressividade de seu som, ponderando e alternando muito bem entre todos os lados.

O clima épico que é sentido nas nove faixas dá ao disco tamanha elegância homogênea. São riffs carregados e bem nivelados entre a dupla de guitarras, que faz um ótimo trabalho coletivo, soando sempre pegado, forte, preciso e dono de solos monstruosos. O contrabaixo parece mais nervoso e vívido, enquanto a bateria aparece mais complexa e incrementada com viradas violentas, jogos de pratos muito bem elaborados e bumbos sempre firmes e incansáveis. Robson Night Arrow mostra grande evolução, pois seus vocais estão soando mais técnicos, mas continuando com aqueles guturais rasgados e brutais.

"Old Legends" é um show de variações rítmicas surpreendentemente bem trabalhada em todos os momentos, seja na rifferama insana, nas quebradas bruscas, ou em seu solo ríspido. "Cerberus" apresenta-se como o ponto mais furioso desse disco, com riffs e vocais insanos ela é carrega um death metal mais bruto e veloz. "The Ancient Ages of Makind" a faixa-título do álbum é mesmo um clássico; mais cadenciada, ela carrega muita harmonia em sua composição remetendo um clima sombrio. O vibrantismo nórdico de "Mega Alexandros" soando como um plano de fundo para uma batalha épica; enquanto "Omega Legions" encerra o disco com seu massacre sonoro de velocidade e fúria.

A capa assinada pelo artista Antônio Sabá, contando com o design de Rodolfo Ferreira, da Obsidian Design Digital Art, é um trabalho belíssimo à parte, que honra a temática épica e mitológica subtraída da antiguidade europeia e suas culturas.

O lançamento que ficou sob às mãos de Black Legions Productions, e que teve a distribuição no Norte e Nordeste pela Rising Records, e no Sul e Sudeste pela Impaled Records, foi um acumulo de boas críticas da mídia especializada e com certeza um dos melhores discos de 2014.

"The Ancient Ages of Mankind" é o marco da consolidação do Land of Tears ao mundo.
Cuspindo ódio e agressividade de maneira inteligente!

"The Ancient Ages of Mankind" (CD, 2015)
(Black Legion Productions - Nacional)

01. Sons of Eternity
02. The Colossus of Rhodes
03. Old Legends
04. Cerberus
05. The Ancient Ages of Makind
06. Forbidden God
07. Mega Alexandros
08. Pentekontoros
09. Omega Legions

Integrantes:
Robson Souto – Vocais e Guitarras
Leandro Xsa – Guitarras
Sérgio Vianna – Baixo
Orion Gobath – Bateria

Sites Relacionados:
www.facebook.com/L.O.T.Brazil
www.landoftearslegion.com
www.blacklegionprod.com/?page_id=2451